Esta é uma ficha que quem quiser poderá fazer e entregar até ao final do mês de Janeiro.
Bom trabalho!
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A partir de 1973, inicia-se, na Europa, uma grande crise económica provocada pela subida dos preços do petróleo. Aquela teve como consequência o aumento do desemprego e o decréscimo acentuado dos fluxos migratórios internacionais.
Os países de acolhimento começaram a colocar restrições à entrada de trabalhadores estrangeiros, com o objectivo de reduzir o desemprego dos seus cidadãos. Alguns países, como a França e a Alemanha, dispuseram-se, inclusivamente, a pagar indemnizações aos imigrantes que quisessem sair do país.
Depois deste período de relativa acalmia dos fluxos migratórios, estes voltam a ser significativos a partir de 1990.
Da África do Norte, onde a miséria é uma constante, saem grandes massas populacionais em direcção à Europa. A maioria destas migrações é ilegal (clandestinas).
Também as alterações do sistema político e económico dos países da Europa Central e do Leste têm desencadeado situações de miséria, guerra e repressão. Por sua vez, aquelas provocam um intenso movimento, principalmente, de húngaros, polacos, albaneses, jugoslavos, romenos e búlgaros, em direcção à Europa Ocidental.
ONDA DE ILEGAIS ATINGE O SUL DE ESPANHA
O estreito de Gibraltar, a grande fronteira entre a Africa e a Europa, está a transformar-se num imenso cemitério de imigrantes ilegais. O desejo de muitos jovens marroquinos e argelinos de abandonarem a miséria em que vivem não tem limites. Atravessam as águas turbulentas do estreito de Gibraltar, amontoados em pequenos barcos.
Só em 1996, a polícia espanhola prendeu mais de cinco mil clandestinos e muitos outros naufragaram e ficaram no fundo do mar.
Uma das tragédias ocorreu em Outubro de 1996, quando vinte e sete jovens morreram ao virar-se o barco onde seguiam.
As pequenas embarcações estão preparadas para transportar dez pessoas, mas acabam por transportar três vezes mais, o que constitui um grande perigo.
A tragédia ocorre quando a polícia está à espera na praia, no lado espanhol. Os ilegais terão que regressar a Marrocos e abandonar o sonho de encontrar trabalho em Espanha. E o pior é que todo o sacrifício económico que representa pagar a viagem não lhes terá servido de nada. Atravessar o estreito em barcos pequenos custa entre 375 e 500 euros, uma quantia muito grande para uma economia como a marroquina, em que o ordenado médio não ultrapassa os 250 euros.
Apesar do grande controlo da polícia espanhola, pensa-se que o número de marroquinos ilegalmente estabelecidos em Espanha atinja os 200 mil.
Adaptado de Diário de Notícias
ACTIVIDADES DE SÍNTESE
1- Explica a ocorrência de acentuados movimentos migratórios na Europa, após a II Guerra Mundial.
2- “Os fluxos migratórios para a Europa Ocidental intensificaram-se a partir de 1990.”
2.1- Identifica as razões responsáveis por esta nova vaga de migrações.
2.2- Refere as principais regiões de partida dos migrantes.