Em meados da década passada, o advogado João Tomás e família decidiram trocar o caos de Lisboa pelo silêncio das Penhas Douradas, um local que já visitavam há vários anos, durante as suas caminhadas, e onde decidiram investir no turismo de natureza.
“Gostamos muito da serra, da natureza e de percursos pedestres. Foi isso que nos motivou para dar o primeiro passo”, explicou ao Economia Verde João Tomás.
O local escolhido para reconstruir foi um antigo hotel e sanatório centenário que, em tempos, ardeu, permanecendo em ruínas durante a maior parte do século XX. Depois de obras, o casal abriu a Casa das Penhas Douradas em 2006, então com nove quartos. Três anos depois, em 2009, o hotel fecha novamente, tendo reaberto em 2010 com dois novos edifícios e o dobro dos alojamentos.
Hoje, a Casa das Penhas Douradas é um espaço contemporâneo, inspirado na arquitectura típica da região e utilizando materiais com a madeira e a cortiça. “A cortiça é um três em um: faz isolamento térmico, acústico e revestimento. É um produto que aguenta o frio, chuva e neve. Não lhe acontece nada… a não ser debotar, uma vez que é um produto natural”, explicou ao Economia Verde Paulo Estrada, sócio-gerente da Sofalca.
A cortiça é também usada no interior do hotel, numa decoração dominada, porém, pela madeira de bétula.
Mas a Casa das Penhas Douradas não fica por aqui. A família Tomás comprou e revitalizou uma antiga fábrica de manteigas, que produz um tecido de lã artesanal – o burel. As peças são vendidas no hotel e numa loja lisboeta, juntamente com produtos alimentares da região. Descubra a Casa das Penhas Douradas do episódio 153 do Economia Verde.
in: Green Savers