Os 2.300 locais insubstituíveis da vida selvagem
Uma equipa internacional de cientistas acabou de concluir uma lista de locais insubstituíveis para a sobrevivência da vida selvagem, um documento que engloba mais de 2.300 habitats únicos e que pode ajudar Governos e ONG a tornar as actuais reservas e parques naturais em lugares mais eficientes.
Na lista, Portugal está representado por cinco locais, todos eles na ilha da Madeira: três ligados à floresta Laurissilva (na foto), o Maciço Montanhoso Central da Ilha da Madeira e o Parque Natural da Madeira.
“As áreas protegidas só podem desempenhar o seu papel na redução da perda da biodiversidade se foram geridas de forma eficiente”, explicou Simon Stuart, presidente da Internacional Union for Conservation os Nature’s Species Survival Comission. “Dadas as limitações dos orçamentos dos conservadores, os Governos deveriam prestar especial atenção à gestão da eficiência das áreas insubstituíveis”.
Na lista, Angola e Moçambique estão representados, cada um, por seis locais, e o Brasil tem 247 locais identificados.
O estudo revela 2.178 áreas protegidas e 192 locais propostos, estando as regiões colocadas por ordem de importância na preservação da vida selvagem. A lista tem ainda 78 “locais extremamente insubstituíveis”, que detêm a maioria da população de cerca de 600 espécies de aves, anfíbios e mamíferos.
Veja a lista final do projecto e, abaixo, alguns dos locais mais importantes para a biodiversidade global.
1.Parque Nacional de Manú. Peru
2.Refúgio Ildlife do Havai, Estados Unidos
3.Western Ghats, Índia
4.Parque Nacional Khao Sok, Tailândia
5.Parque Nacional e Natural da Sierra Nevada de Santa Marta
6.Reserva de biosfera Sian Ka’an, México
7.Reserva Natural Tsingy de Bemaraha, Madagáscar
8.Alpes Apuanos, Itália
9.Parque National da Gronelândia Nordeste, Dinamarca
10.Parque Nacional Tsavo East, Quénia
Foto: Porto Bay Trade / Creative Commons