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Novamente Geografando

Este blog recolhe e organiza informação relacionada com Geografia... e pode ajudar alunos que às vezes andam por aí "desesperados"!

Novamente Geografando

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O “REVERSO DA MEDALHA” NA CIDADE!

Longe vai o tempo em que viver na cidade era o sonho de qualquer um...

 

Com a Revolução Industrial, as cidades tornaram-se atractivas devido à falta de trabalho no campo para ocupar uma população rural cada vez mais numerosa.

Actualmente, apesar de continuarem a ter alguns aspectos atractivos, as grandes cidades, devido à saturação do espaço, apresentam um conjunto de problemas muito diversos:

·   o alojamento — a necessidade de construção de edifícios em grande número faz subir o preço dos terrenos, o que encarece o preço da habitação. Deste modo, a capacidade económica das pessoas determina a área da cidade onde fixam residência. Nos países em desenvolvimento, a falta alojamentos leva ao aparecimento dos bairros de lata, normalmente na periferia das cidades;

·   os transportes — a grande mobilidade no interior e na periferia da cidade, bem como o grande número de veículos em circulação, gera situações de congestionamento de tráfego, que aumentam o tempo das deslocações, a poluição e o stress dos condutores;

·   o abastecimento de água, energia, alimentos — nos países desenvolvidos, de forma geral, as infra-estruturas e as redes de abastecimento garantem a satisfação da população. Nos países em desenvolvimento isso nem sempre acontece;

·   esgotos, poluição e lixo — os fumos, os esgotos e o lixo produzido continuamente nas cidades sobrecarregam a atmosfera, o solo e as águas de produtos que muitas vezes não são absorvidos pela Natureza, o que contribui para a diminuição da qualidade do ambiente;

·   solidão, insegurança e criminalidade — a coabitação na cidade, no bairro e até no prédio de pessoas que praticamente não se conhecem; a falta de emprego; a idade avançada e a falta de companhia para alguns idosos pode explicar que na cidade, mais que na aldeia, estes problemas se façam sentir. O aumento dos sem-abrigo e dos assaltos são a prova disso.

São estes problemas que explicam que, nos países desenvolvidos, o êxodo urbano comece a ter algum significado e o êxodo rural esteja a perder importância.

 

 

 

UM ESFORÇO PARA INVERTER A SITUAÇÃO

É urgente resolver ou minorar os problemas das cidades!

 

Nos países desenvolvidos onde:

·   primeiro se fizeram sentir os problemas das cidades;

·   existem mais recursos económicos e técnicos;

estão a ser feitos esforços para controlar o crescimento das cidades e alguns dos seus problemas, através da:

·   organização da expansão da cidade — os poderes públicos procuram através do planeamento urbano, organizar a cidade, garantindo uma distribuição equilibrada dos vários equipamentos (espaços verdes, transportes, serviços sociais...), promovendo a recuperação dos núcleos antigos e procurando que a qualidade ambiental seja preservada;

Planeamento urbano: conjunto de acções, compiladas em vários documentos, que constituem o plano e que procuram localizar as pessoas e as actividades de uma forma organizada.

·   construção de bairros sociais — em muitas cidades existem bairros degradados, quer na periferia, ocupados por população vinda do campo, quer no centro, onde vivem predominantemente pessoas idosas. Os ocupantes destes bairros, de fraco poder económico, não podem suportar rendas de casa elevadas. Para resolver esta situação, os poderes públicos constroem bairros sociais modo a proporcionarem rendas mais modestas;

·   construção de ETAR e de aterros sanitários — para evitar que os esgotos e os lixos contaminem os cursos de água e os solos, as cidades tendem a estar equipadas:

— com estações de tratamento, onde a água dos esgotos, depois de estes serem sujeitos a diferentes transformações, pode ser reutilizada, por exemplo. para rega;

— com espaços devidamente equipados para fazer a selecção dos lixos e permitir, quando é possível, a sua reciclagem ou reutilização;

·   organização dos espaços de circulação — no sentido de diminuir o tráfego e facilitar a circulação das pessoas na cidade, é cada vez mais frequente:

— a existência de ruas pedonais no centro e nas áreas históricas da cidade, onde é interdito o trânsito de veículos;

— a diversificação do transporte público - autocarro, metropolitano, metro de superfície, para tentar romper com o ciclo vicioso do transporte urbano.

·   combate à pobreza e à marginalidade — o desemprego, a falta de apoio da família, a desintegração social, mais frequente nos grupos de imigrantes, gera problemas sociais muito graves, que muitas vezes são combatidos por organizações não governamentais que actuam movidas apenas pela solidariedade;

 

Como andam por aí um grupo de jovens sem saber o que fazer à vida. Hoje que é antevéspera de teste, aqui fica um conselho:

 

"Uma vida só se justifica pelo esforço, mesmo desafortunado, de melhor compreender. E melhor compreender é melhor aderir. Quanto mais eu compreendo, mais amo, pois tudo o que se compreende está certo"

 in O Despertar dos Mágicos

O SOSSEGO OU A AGITAÇÃO?

Viver na cidade ou no campo não é bem a mesma coisa!

 

As diferentes características do espaço urbano e do espaço rural decorrem:

  • da forma como o espaço é ocupado pelos grupos humanos. De forma contínua na cidade ou de forma descontínua no campo;
  • das actividades desenvolvidas em cada um deles. Domina o sector terciário na cidade e o sector primário no campo.

Por estes motivos, a cidade e o campo proporcionam às pessoas diferentes oportunidades, que nos permitem distinguir o modo de vida rural do modo de urbano.

Modo de vida: conjunto de hábitos que caracterizam as diferentes vertentes da vida do indivíduo ou do grupo — profissão, tempos livres, vida familiar...

Enquanto no campo, duma forma geral:

  • o persistem muitas ocupações, com horários de trabalho mais ou menos flexíveis há pouca oferta de ocupação de tempos livres;
  • valoriza-se a tradição: os trajes, os pratos típicos, as festas populares...;
  • todas as pessoas se conhecem e entreajudam em caso de necessidade;
  • o ambiente é sossegado e há pouca poluição sonora e visual;
  • as deslocações das pessoas são curtas, o ritmo de vida é calmo.

 

Na cidade, normalmente:

  • a esmagadora maioria das pessoas cumpre horários de trabalho muito rígidos; a oferta de actividades de ocupação de tempos livres é muito diversificada;
  • não há um conjunto de valores comuns, mas uma grande diversidade de hábitos. Aceita-se a diversidade, valoriza-se o que é moderno;
  • cada um sente os seus problemas. As relações entre as pessoas são pouco familiares;
  • as ruas estão repletas de painéis publicitários e a intensa circulação automóvel deteriora a qualidade do ar;
  • as pessoas têm uma grande mobilidade dentro, de e para a cidade; o ritmo de vida é agitado.

Actualmente, nos países desenvolvidos, este contraste está um pouco atenuado, porque:

  • o desenvolvimento dos transportes facilita as deslocações diárias entre a cidade e campo;
  • a existência, em muitas aldeias, de infra-estruturas e equipamentos oferece muitas das comodidades próprias da cidade;
  • os meios de comunicação social difundem novos hábitos e valores.

Estas condições permitem a adopção pelos rurais do modo de vida urbano e motivam muitos urbanos a residir no campo — é a rurbanização.

Urbano: indivíduo que vive na cidade; o que diz respeito à cidade.

Rurbanização: instalação de equipamentos e actividades próprios dos centros urbanos, em aglomerados de pequenas dimensões localizados no espaço rural envolvente, que leva alguns urbanos a mudar a sua residência da cidade para o campo.

 

 

O clima dos Açores depende da posição do arquipélago no contexto da circulação atmosférica e oceânica do Atlântico Norte. A Região situa-se na zona de transição entre as massas de ar quentes e húmidas com origem sub-tropical e as massas de ar com características mais frescas e secas de proveniência sub-polar. A latitude das ilhas é demasiado elevada para permitir a acção directa da circulação tropical, mas o o suficiente para receber as influências imediatas das correntes polares.
As condições climáticas dominantes resultam, pois, dos gradientes de pressão que condicionam esta faixa oceânica, ou seja, das perturbações das baixas sub-polares e da evolução da cintura de altas pressões sub-tropicais. Das células anticiclónicas salienta-se o Anticiclone dos Açores: a sua posição, intensidade, orientação e desenvolvimento, condicionam a variação sazonal do clima insular (BETTENCOURT, 1979; AZEVEDO, 1996).
No Verão, a sua deslocação para Norte, afasta a Frente Polar para latitudes mais elevadas, enquanto no Inverno, a sua localização a Sul do arquipélago faz descer a Frente Polar, sujeitando as ilhas à instabilidade das correntes de Oeste, com a passagem de ondulações frontais. A regularidade térmica e a elevada humidade que caracteriza o clima dos Açores, podem ser explicados pelo efeito moderador da massa oceânica envolvente.

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