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Novamente Geografando

Este blog recolhe e organiza informação relacionada com Geografia... e pode ajudar alunos que às vezes andam por aí "desesperados"!

Novamente Geografando

Este blog recolhe e organiza informação relacionada com Geografia... e pode ajudar alunos que às vezes andam por aí "desesperados"!

 

PROPOSTA DE CORRECÇÃO DO 9º TESTE DE GEOGRAFIA –10º Ano
Maio de 2009
I
A
1-       A resposta deve referir o Tejo ou o Guadiana, ou outros considerados relevantes. ----------------------- 5
2-       A resposta deve referir a redução do caudal que origina falta de água para rega e abastecimento público e as inundações. ------------------------------- 10
3-       A resposta deve referir a ocorrência de precipitação irregular que origina caudais irregulares e as diferenças no escoamento devidas ao tipo de rocha, área da bacia hidrográfica, declive, florestação, barragens, assim como outros factores considerados relevantes. --------------------------- 15
 
 
B
1- A resposta deve referir o Douro e o Minho. ------------------------------------- 10
1.1- A resposta deve referir os seguintes aspectos: ocorrem quantidades elevadas de precipitação e o relevo é acidentado nas áreas envolventes a estas bacias, a rede hidrográfica é extensa, no caso do Douro. ---------- 10
2- A resposta deve referir Mira e Sado. -------------------------------------- 10
2.1- A resposta deve referir os seguintes aspectos: a secura do clima, o relevo plano e de baixa altitude e a rede pouco extensa (do Mira principalmente). ---------- 10
3- A resposta deve referir dois dos seguintes factores: a desflorestação, impermeabilização do solo, extracção de inertes, assoreamento do leito dos rios, captação de água para consumo, ou outros considerados relevantes. ---------- 10
4- A resposta deve referir o Douro, o Tejo, o Guadina, o Minho e o Lima. -----------15
5.1- A resposta deve referir um dos seguintes aspectos: troca intensa de informação sobre os caudais e qualidade da água; coordenação na gestão das situações extremas (cheias/secas) ou outros considerados relevantes.
5.2- A resposta deve referir um dos seguintes aspectos: capacidade de resposta à dependência da produção de hidroelectricidade (para grandes cidades); a necessidade de sustentar áreas agrícolas de regadio e desenvolvimento de actividades turísticas e fluviais ou outros considerados relevantes. -----15
 
 
C
1- A resposta deve referir: 1- Douro, 2 – Vouga, 3 – Mondego, 4 – Tejo e 5 – Guadiana. --------------------15
2- A resposta deve referir que a regularidade intra-anual é fraca pois no Sul há estiagem absoluta que pode durar os meses de Verão. ---------------------- 10
3- A resposta deve referir que são bacias internacionais e por isso têm de ser geridas conjuntamente com Espanha para evitar problemas extremos (secas e cheias). ------15
 
 
II
1- A resposta deve referir a litologia e os quantitativos de precipitação, ou outros considerados relevantes. ---------------------------------------------------- 10
2- A resposta deve referir a salinização. --------------------------------------------- 10
3- A resposta deve referir que o aumento da população conduz ao esgotamento dos aquíferos e à poluição destes pelos efluentes domésticos. -------------15
4- A resposta deve referir que a precipitação é irregular o que conduz à maior necessidade de regar; a água utilizada para a rega é proveniente, principalmente, de albufeiras construídas em rios que têm caudal irregular (em parte devido à precipitação irregular) logo há pouca água disponível para regar. Assim como outros aspectos considerados relevantes. ---------------15
TOTAL = 200

 

GEOGRAFIA
 
Teste de avaliação – 10º Ano – Turma LH2
Nome: _____________________________________________ Nº ___
 
Leia atentamente o enunciado do teste e responda com clareza e rigor
às perguntas apresentadas.
 
I
 
A - A frase seguinte expõe uma das características dos rios portugueses.
As oscilações do nível de água dos rios portugueses contam-se entre as maiores conhecidas no Globo.
H. Lautensach, Portugal
 
1-       Exemplifique um rio em que estes fenómenos sejam frequentes.
2-       Enumere duas consequências destas oscilações.
3-       Justifique as oscilações de nível dos rios portugueses.
 
 
B - Os rios são cursos de água permanentes, que ocupam um espaço próprio – o leito. Este pode variar, ao longo de um ano hidrológico, entre o leito de inundação e o leito de estiagem.
 
Observe os documentos.
 
1- Identifique os dois rios com maior caudal médio.
1.1- Justifique a sua resposta.
2- Identifique os dois rios com menor caudal médio.
2.1- Justifique a sua resposta.
3- Refira dois factores humanos responsáveis pela variação do caudal médio dos rios portugueses.
 
4- Identifique os rios ibéricos do conjunto apresentado no quadro.
 
5- Enumere uma vantagem, da cooperação entre Portugal e Espanha, na gestão coordenada dos seus recursos hídricos, a nível:
5.1- Ambiental;
5.2- Socioeconómico.
 
C - A figura seguinte representa as principais bacias hidrográficas, em Portugal Continental.
 Fonte: Instituto da Água. 2005
 
 
 
 
1- Identifique as cinco bacias hidrográficas assinaladas no mapa da figura 3.
 
 
 
2- Classifique a regularidade intra-anual dos rios portugueses.
 
 
 
3- Justifique o facto de a gestão das bacias hidrográficas dos três maiores rios portugueses ser um problema que ultrapassa a dimensão nacional.
 
 
 
 
 
Figura 3 – Portugal Continental – Bacias hidrográfica
 
 
II
O texto seguinte põe em evidência alguns problemas dos recursos hídricos no nosso país.
 
1-Refira dois factores que afectam a distribuição dos recursos hídricos subterrâneos, em Portugal Continental.
 
2-Mencione o principal problema resultante da sobreexploração dos aquíferos em regiões litorais, como sucede no Algarve.
 
3-Explique por que razão o rápido aumento da população na áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto pode estar na origem de problemas de abastecimento público de água.
 
4-Explique de que modo o regime pluviométrico afecta, em Portugal continental, a água disponível para a agricultura.

Aqui está mais um resumo da matéria que encontrei aqui.

 

 

Geografia
 
As disponibilidades hídricas: A rede hidrográfica portuguesa
 
Rede Hidrográfica: Conjunto formado por um rio principal e por todos os cursos de água que para ele afluem.
 
Bacia Hidrográfica: É a área constituída por terras cujas águas escorrem para um rio e seus afluentes.
 
Disponibilidade Hídrica: Consiste no conjunto de recursos hídricos existentes num dado lugar.
 
Apesar de ser um país pequeno e de conter um clima predominantemente mediterrânico que faz com que haja uma grande irregularidade na precipitação, Portugal possui uma rede hidrográfica bem desenvolvida e com uma grande disponibilidade hídrica.
 
Em relação à distribuição da precipitação, existe um maior desenvolvimento na região norte e noroeste de Portugal continental.
 
Rede Hidrográfica de Portugal
 
As disponibilidades hídricas variam essencialmente devido às quantidades de precipitação, pelo que, em termos gerais, podemos dizer que existe uma diminuição no sentido norte-sul, com a passagem de rios com regimes regulares de tipo oceânico (Minho ou Douro) para rios de regime irregular ou torrencial (Guadiana), que, no período seco estival quase chegam a desaparecer, tal é a diminuição do caudal
 
Período seco estival: Período que regista uma diminuição do caudal como consequência da ausência de precipitação e do aumento da evaporação (devido ao aumento da temperatura). Em muitos casos, pode chegar mesmo a desaparecer.
 
Bacias hidrográficas (maiores):
1-Tejo
2-Douro
3-Guadiana

 


Os factores que interferem na variação dos caudais

 

A natureza da rocha ou permeabilidade da mesma
Provoca uma maior ou menor capacidade de infiltração das águas, interferindo por conseguinte, com os caudais dos cursos de água.
A vegetação
Evita uma escorrência mais forte, diminuindo assim, a probabilidade de cheias.
A acção do Homem
Obstrui linhas de água (construções desordenadas), impermeabiliza o solo (processo urbanizações) e destrói a cobertura vegetal (actividades do Homem).

 
Os tipos de vale de um curso de água
 
A interferência do relevo na variação dos caudais reside na diferença dos declives. Assim, o curso de água passa por três fases bem distintas:
 
Fase Jovem
Curso superior, o rio executa uma acção de desgaste, vale em garganta, declive acentuado.
Fase Adulta
Curso médio, o rio executa uma acção de transporte, vale mais aberto, declive diminui.
Fase Idosa
Curso inferior, o rio executa uma acção de acumulação, vale muito largo, declive quase nulo.
 
As necessidades de armazenamento das águas superficiais
 
As lagoas podem ter origens diversificadas, nomeadamente:
-glaciar (Serra da Estrela)
-fluvial (Óbidos)
-vulcânica (São Miguel)
 
Causas para a construção de albufeiras:
-produção de energia hidroeléctrica
-abastecimento de água para uso doméstico
-abastecimento de água para a actividade agrícola
-reservas hídricas
-regularização dos caudais
-aproveitamento para fins turísticos
 
Águas Subterrâneas
 
São bastante importantes pois têm mais qualidade do que a água dos rios e lagos.
 
Como se formam?
 
Têm origem na infiltração da água nas áreas de rochas porosas e de fissuras. Estas vão-ase acumulando em profundidade, formando autênticos reservatórios, denominados aquíferos.
 
Portugal apesar de não ter conhecimentos aprofundados relativos a este recurso, possui já uma produtividade aquífera assinalável.
 
Em termos económicos, representa um sector em expansão, com produções actuais de águas de mesa, minerais e termais.
 
Distribuição das águas subterrâneas
 
É bastante desigual em Portugal, devido à natureza da rocha. Assim, é na região do centro litoral (maciço calcário) que se registam os maiores aquíferos subterrâneos do país, enquanto é no norte e em todo o interior (maciço antigo, rochas duras – granito e xisto) que as reservas se apresentam menos importantes.
 
A gestão dos recursos hídricos: as actividades humanas e a quantidade e qualidade da água.
 
Actualmente, existe uma crescente contaminação dos cursos de água devido à actividade industrial e agrícola e aos esgotos domésticos, que provocam uma grande quantidade de efluentes (emissão localizada de líquidos, geralmente esgotos).
 
Actividades que estão na base da produção de efluentes que contaminam a água:
-poluição das águas subterrâneas (devido à agricultura intensiva)
-indústria (responsável por muitos dos poluentes existentes na água)
-pecuária
-actividade mineira
-produção energética
-crescimento urbano
-esgotos domésticos
 
Ultimamente, para inverter esta situação têm sido criadas Estações de tratamento de esgotos industriais e domésticos, de forma a preservar um dos maiores recursos do nosso planeta.
 
Os riscos da gestão dos recursos hídricos
 
As ETAR
 
Água residual: água procedente de usos domésticos, comerciais ou industriais, pelo que se encontra poluída.
 
As estações de tratamento de águas residuais (ETAR) têm como objectivo diminuir a quantidade de matéria poluente da água.
 
A ETAR em Portugal tem actualmente uma boa cobertura. Pensa-se que 50% das águas residuais tratadas, a produzir pelas ETAR municipais portuguesas seria suficiente para cobrir pelo menos 10% das necessidades de água para a agricultura, sem recorrer ao armazenamento sazonal.
 
O consumo racional de água na actividade industrial apresenta duas vertentes de grande importância:
-Utilização de tecnologias modernas menos exigentes em água (tecnologias secas)
-Reciclagem das suas águas residuais, com a instalação de sistemas de tratamento e de reutilização.
 
Medidas para melhor gestão dos recursos hídricos

Agricultura
Técnicas modernas de transporte de água e de irrigação que evitam grandes perdas líquidas
Transporte de água
As condutas fechadas evitam a perda de água por evaporação
Rega
A irrigação controlada permite um aproveitamento racional da água
Águas residuais
Tratamento nas ETAR
Actividades domésticas
Campanhas que visem evitar consumos de água desnecessários

 
A gestão das águas e os acordos internacionais
As medidas de controlo da qualidade das águas
 
Pode ser de diversos tipos e estendem-se a várias áreas de intervenção. Assim podem ser:
 

Nível do ambiente
Implementação das ETAR
Nível do abastecimento de água à população
Alargamento dos sistemas intermunicipais
Nível do ordenamento do território
Implementação do POA (Plano de ordenamento das bacias hidrográficas que consiste na legislação que regulamenta o ordenamento e o uso do território que se inclui numa bacia hidrográfica)
Nível da legislação
Penalização de empresas que contaminam os recursos hídrico
Nível da educação ambiental
Formações de consciência cívica

 
 
 
 
 
 
 
Os Recursos Marítimos
 
Corrente marítima: Fluxo circular de água nas grandes bacias oceânicas do mundo, produzido pelos efeitos combinados dos ventos dominantes e da rotação da terra.
 
Factores responsáveis pela diversidade das correntes marítimas:
-temperatura
-salinidade
-ventos dominantes
 
 
 
Mecanismo das marés
 
As marés são igualmente um elemento muito importante dos oceanos. Elas resultam numa subida e numa descida das águas oceânicas, devido à atracção gravitacional combinada do sol e da lua. Assim:

Marés Vivas
Verificam-se quando a atracção do sol se associa à da Lua, dando lugar a marés fortes
Marés Mortas
Verificam-se quando a atracção do sol se opõe à da Lua, dando origem a marés mortas

 
É por acção sobretudo das ondas que os oceanos constituem importantes agentes modeladores da costa litoral, uma vez que por acção das mesmas vão transformando profundamente a paisagem costeira, a abrasão marinha*:
 
*Abrasão marinha: É o processo de desgaste da superfície terrestre provocado pelo embate de fragmentos de rocha transportados pelas ondas.
 
Processo Erosivo
 
1ª Fase
Como se aproxima uma onda, o ar comprime-se pelo que a rocha rebenta abrindo fendas
 
 
2ª Fase
Qualquer zona de arriba é instável, recuando paralelamente à linha de costa. Como há o processo de recuo das arribas, não devem ser feitas construções nas mesmas
 
 
3ª Fase
 
As potencialidades do litoral
 
Factores que explicam o factor atractivo das regiões litorais:
-carácter mais suave do clima (acção amenizadora do oceano)
-recursos económicos (actividade piscatória ou extracção do sal)
-trocas comerciais (contactos com outros povos)
-turismo litoral
-aquicultura
-exploração de energias alternativas
 
A costa
 
Tipos de costa:
Alta: É escarpada e rochosa, designando-se por arriba ou falésia
 
Características
-altitudes elevadas
-grande inclinação
-o mar exerce uma elevada acção erosiva
-Podem-se formar pequenas praias de seixos ou calhaus
 
Baixa: É arenosa e baixa, designando-se por praia
 
Características
-É o resultado de milhões de anos de erosão da costa alta
-Habitualmente existem dunas
-Pouca inclinação
-Praias com areia fina
 
Arribas:
Vivas: Quando a falésia é atingida pela água do mar
Mortas: Quando as águas do mar já não as conseguem alcançar, nem mesmo durante a maré alta
 
Restinga: Banco de areia estreito que se projecta para fora de uma curva de costa (concha S. Martinho)
 
A costa portuguesa
 
No caso da costa portuguesa, esta mostra-se diversa e em constante modificação, em resultado de vários factores como:
-Natureza da rocha
-Movimentos das águas oceânicas (ondas, correntes marítimas e marés)
-Acção dos rios
-Características dos fundos marinhos
-Acção do Homem (devido às suas actividades)
 
No entanto, o tipo de rocha e a sua resistência à abrasão marinha são os factores principais que determinam as características da rocha portuguesa. Assim:
-Quando a rocha é dura do tipo granito, xisto ou calcário, predomina a costa alta, rochosa e formada por arribas.
-Quando predominam rochas brandas do tipo areia ou argila, então a costa apresenta-se baixa e arenosa (com a existência de praias).
 
Tipos particulares de rocha em Portugal
-Concha de S. Martinho do Porto
-Tômbolo de Peniche – resulta da acumulação de sedimentos decorrente do choque de duas correntes marítimas de sentido contrário
-Ria de Aveiro – resulta da acumulação de sedimentos por parte do rio Vouga, associada a um cordão arenoso (restinga) resultante da acumulação de areias em consequência da deriva norte-sul
-Ria Formosa – resulta da acumulação de sedimentos resultantes da erosão no sector ocidental que são transportados pela corrente marítima e acumulados neste local devido à pouca profundidade formando-se pequenas barras, ilhas e cordões arenosos
 
A plataforma continental
 
É formada pelo prolongamento dos continentes por debaixo dos oceanos: a composição e o tipo de rochas são idênticos aos existentes nas áreas costeiras.
 
Assume-se como um local favorável à existência de recursos piscatórios dado conjugar vários factores como:
-maior agitação das águas (maior oxigenação)
-menor teor de salinidade
-pouca profundidade (maior luminosidade que favorece o desenvolvimento do plâncton)
-riqueza em nutrientes
 
Plataforma continental portuguesa
 
É relativamente estreita, variando entre os 30 e os cerca de 60 km, apresentando a sua maior extensão ao lado do Cabo da Roca, em Cascais.
 
Nos arquipélagos, devido à sua constituição vulcânica, a extensão da plataforma continental é quase desprezível.
 
A actividade piscatória: Principais áreas de pesca
 
Importância da pesca– actividade antiquíssima; actividade económica fundamental para a alimentação humana e emprego (na exploração e nas actividades a montante e a jusante como a construção/reparação de navios de pesca, fabrico de artes e apetrechos de pesca, transformação, transporte e comercialização do pescado, bem como na administração, fiscalização, ensino e investigação pesqueira).
 
Os oceanos onde se registam mais capturas são o Atlântico e o Pacifico.
 
Maiores frotas de pesca:
-Reino Unido
-Japão
-Rússia
-Espanha
 
Actualmente pelo facto de Portugal estar inserido na UE, e de estar sujeito às politicas desta, possui uma das frotas mais pequenas dos países membros. E também tem vindo a conhecer grandes dificuldades na obtenção de licenças para pescar nestes locais.
 
Os Tipos de Pesca

Local e costeira
Realizada junto à costa e com utilização de pequenas embarcações e técnicas tradicionais
Do alto
Realizada longe da costa por períodos de cerca de oito dias, utilizando já um conjunto de técnicas modernas e embarcações maiores
De longa distância
Praticada com barcos de grande tonelagem e providos de meios bastante sofisticados como radar, sonar (para a detecção dos bancos de pesca) e processos de conservação e de transformação do pescado em mar alto (navios-fábrica)

Técnicas Utilizadas
 
Arrasto
Técnica bastante eficiente mas gravemente predatória por capturar indivíduos jovens e pôr em causa a preservação das espécies
Cerco
Utilizado na captura de cardumes superficiais de peixe
Deriva
Praticada mais próxima da costa por embarcações mais pequenas e, por isso, com reduzidas capturas
 
A Frota Portuguesa
 
Embora Portugal tenha grande tradição na pesca, está a atravessar um período de crise devido:
-à frota estar envelhecida e vocacionada apenas para a pesca costeira (mesmo apresentando alguma modernização sofre os efeitos da grande concorrência internacional)
 
Medidas para inverter esta situação
-modernização da frota (navios tecnologicamente bem apetrechados que permitem aumentar a produtividade)
-apetrechamento (navios com maior volume quem permitem a actividade pesqueira em locais mais longiquos e com maiores stocks)
-formação profissional
-qualificação da mão-de-obra
 
As infra-estruturas portuárias portuguesas
 
Necessitam de melhoramento e modernização.
 
Factores que provocam esta situação:
-pequena dimensão da plataforma continental
-grande superfície de águas profundas
-antiguidade da frota pesqueira
-baixa qualificação da mão-de-obra
-fraca modernização
 
Factores que influenciam a origem da localização de muitos portos de mar:
-A configuração da linha de costa, aproveitando locais abrigados entre arribas ou em estuários, rias ou outras águas interiores
-A direcção dos ventos, procurando locais abrigados e pouco afectados pela nortada
-Correntes marítimas
 
Principais portos de pesca:
-Olhão
-Matosinhos
-Lisboa
-Peniche
 
As lotas e a rede de conservação e refrigeração do pescado também revelam profundas carências e contribuem para as dificuldades com que este sector se debate.
 
A qualificação da mão-de-obra portuguesa
 
Causas:
-Más condições de trabalho
-Um sistema de remunerações pouco aliciante
-Insegurança
-Quebra da tradição familiar
-Outras alternativas de emprego (construção civil ou sector da hotelaria)
 
O decréscimo do número de formados em pesca deve-se a:
-irregularidade da quantidade pescada
-fraco interesse pela população activa jovem
-condições menos aliciantes de trabalho
-gradual desadequação das propostas oferecidas pelas escolas de pesca
-recessão do mercado de emprego
-instabilidade económica do sector
 
Medidas para inverter esta tendência:
-Fomentar formações iniciais mais atractivas na aquicultura
-Promover acções de formação
-Certificar competências
-Experiência de profissionais do sector para a formação
-Reconversão de activos do sector
-Formação à distância
-Criação de unidade móveis de ensino, de modo a facilitar o acesso dos activos à formação
-Estabelecimento de protocolos com escolas do ensino básico
 
Os problemas que se colocam à actividade piscatória
-A diminuição das quotas de pesca (quantidade limite de pesca para uma determinada espécie imposta à frota de um país)
-A redução da frota portuguesa
-A redução do número de activos
-A diminuição das quantidades de capturas
-A diminuição do valor do pescado e o desequilíbrio da balança comercial
 
A gestão do espaço marítimo
 
Dos perigos que afectam os oceanos, destacam-se:
-Contaminação nuclear
-Marés negras
-Subida do nível médio das águas do mar

As consequências serão:
-agravamento da erosão das praias
-salinização
-possibilidade de submersão
-poluição do mar
 
Medidas para protecção do mar
 
Podem ser tomadas em três níveis:
-internacional
-nacional
-local
 
Nível Internacional
-Promoção de conferências internacionais
-Constituição de comissões mundiais
 
Nível Nacional
-Cariz sanitário (diminuição da poluição das águas)
-Politicas de ordenamento do território
-Actividade turística (praias com bandeira azul)
-Implementação de programas de educação ambiental
 
Nível Municipal
-Existência de planos de ordenamento municipal
 
A rentabilização do litoral e dos recursos marítimos
 
Zona Económica Exclusiva (ZEE): Faixa marítima, actualmente com largura média de 200 milhas, sobre a qual os países costeiros têm os direitos de exploração, conservação e administração dos recursos.
 
Potencialidades económicas oferecidas pelo litoral
-Actividade piscatória
-Extracção de sal
-Aquicultura
-Exploração de recursos do mar
-Sector energético (energia eólica e das marés)
-Sector do turismo
 

 

No seguimento do post com o resumo da matéria dos Recursos Hídricos deixo agora a continuação com o resumo dos Recursos Marítimos.

 

Tudo foi encontrado aqui.

 

 

Recursos Marítimos
 
Morfologia submarina
-      Plataforma continental – vai até cerca de 200 metros de profundidade. Constitui a área morfológica do oceano que mais influência recebe das áreas emersas (detritos minerais e orgânicos são continuamente ‘vertidos’ nela, originando uma significativa cobertura sedimentar);
-      Talude continental, área de forte declive e que efectua a transição entre a plataforma continental e as áreas mais profundas e extensas;
-      Zonas abissais;
-      Montanhas submarinas
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig 1 O fundo marinho
 
 
 
 
 
 
AS POTENCIALIDADES DO LITORAL
 
Linha de Costa é a linha de contacto entre a terra e o mar, ao nível atingido pela maré mais alta, em período de calma atmosférica.
 
As paisagens litorais são dinâmicas e estão em constante alteração, devido:
 
- aos movimentos tectónicos e às variações climáticas, que se reflectem nas oscilações do nível do mar:
Em Portugal encontramos áreas litorais emersas, em resultadoda regressão marinha ( recuo das águas do mar ) – formou-se a chamada Costa de emersão.
 
 - a influência das águas oceânicas
O mar exerce uma acção modeladora na linha de costa, através de processos de desgaste (abrasão marinha), transporte e acumulação.
A abrasão marinha é resultante, fundamentalmente, da acção das ondas e marés, enquanto que o transporte e a acumulação/sedimentação.
 – O movimento contínuo da água sobre o litoral, bem como o material rochoso que o mar transporta e a compressão do ar nas fendas das rochas no momento da rebentação, vai provocando um desgaste mais ou menos acelerado da costa. Esta acção pode ser favorecida pelas correntes marítimas, pela quantidade de materiais transportados pelas ondas, pela velocidade, direcção dos ventos, dureza, coesão e estratificação das rochas.
 
Praia da Ursa Sintra
 
O Homem interfere na erosão costeira. A extracção de areias, a construção de barragens nos principais rios dada a diminuição de sedimentos que atingem o litoral, a construção de esporões, a urbanização crescente no litoral, a destruição dos sistemas dunares têm efeitos prejudiciais sobre o litoral e acentuam a erosão marinha.
 
A linha de costa de Portugal continental apresenta um traçado quase rectilíneo, pouco recortado, ou seja, com poucas reentrâncias e saliências.
O litoral português é dominado fundamentalmente por dois tipos de costa:
- Costa de arriba – é uma costa talhada em afloramentos rochosos de elevado grau de dureza. Pode ser alta, rochosa e escarpada ou igualmente rochosa mas ais baixa. Pode ser acompanhada por pequenas extensões de areia , muitas vezes só visíveis na maré baixa.
- Costa de praia – costa baixa e arenosa, frequentemente associada a sistemas dunares.
    
Fig.2 - Costa de arriba: Cabo S. Vicente        Fig. 3 Costa de Praia : Torreira
 

As Arribas em Portugal
“No Norte do país, no Minho e Douro Litoral, as arribas fósseis são talhadas em rochas granitoides do Maçiço Antigo, são altas e recuadas da linha de costa. Porém localmente esse mesmo rebordo alto e escarpado aproxima-se do mar e é batido por ele , funcionando como arriba viva. É o caso do promontório de Montedor a Sul de Afife, um dos pontos importantes da costa portuguesa, porque o seu farol é um dos centros de circunferência que, com 200 milhas de raio, limita a Zona Económica Exclusiva (ZEE). A partir dai para sul até Espinho as arribas são baixas até 5-6m de altura..
Para sul no Litoral Centro, as arribas aparecem para sul do cabo Mondego. Os cabos Mondego, Carvoeiro, Roca, Raso e Espichel são talhados em calcários duros. A Costa Vicentina (Cabo de Sines ao Cabo de S. Vicente) está talhada em rochas duras do Maciço Antigo.
A costa do Barlavento Algarvio (Cabo de S. Vicente à Quarteira) é talhada em calcários.
Na costa do Sotavento Algarvio ( Quarteira a Vila Real de Sto António as arribas recuadas , quase todas talhadas em rochas arenosas e areniticas, são, formas mortas e/ ou fossilizadas frente às quais se desenvolveram ilhotas e cordões arenosos do sistema lagunar da “ria” Formosa.
 
Praias e sistema dunares em Portugal
Cerca de 645 Km da costa continental portuguesa é constituída por praias, estreitas e rectilíneas ou em forma de enseada ( arco) ora encostadas a arribas, a cordões litorais e/ ou sistemas dunares ou ainda a paredões. 
As arribas são formas frequentes em toda a costa continental, vivas, mortas ou fósseis.

Como a acção erosiva do mar se dá essencialmente na base das arribas, a parte superior deixa de ter apoio e cai desencadeando o recuo progressivo da arriba.
A repetição continua deste processo forma uma superfície levemente inclinada para o mar denominada de plataforma de abrasão. A plataforma de abrasão fica progressivamente mais larga, devido ao recuo das arribas, por isso as ondas e as marés atingem a base com menos intensidade, sendo predominante a acção de acumulação. A partir de certa altura, o mar já não atinge a arriba e dá origem à arriba morta. Com o passar do tempo há a “colonização” pela vegetação passando a arriba fóssil.
 
 
 
 
 
Fig. 4 - Arriba Fóssil Costa da Caparica
Fig. 5 Evolução de uma arriba                                               Fig. 6 - Acção de desgaste do mar
 
Acção do mar sobre a linha de costa
 
Abrasão marinha – os materiais, como areias e fragmentos rochosos, transportados pela força dos movimentos das ondas exercem uma intensa acção erosiva.
 
Recuo da arriba
O progressivo recuo da arriba leva ao alargamento da plataforma de abrasão, que, associado à sua inclinação, faz com que as ondas atinjam a base da arriba com menor intensidade e com menor capacidade erosiva assim, a certa altura, o mar deixa de conseguir atingir a arriba surgindo arriba fóssil ou morta.
 
Costa de emersão – surge no norte litoral de Portugal dado que a área do litoral que imergiu devido ao recuo das águas do mar dando origem a pequenas reentrâncias e algumas praias. A costa apesar de ser constituída por rochas duras a linha de contacto com o mar apresenta-se predominantemente baixa.
 
Cabos e localização dos principais portos
Ao longo da costa portuguesa encontram-se alguns cabos, que constituem saliências talhadas em informações rochosas de maior resistência geralmente em áreas de costa alta e rochosa. Tal como os estuários, os cabos constituem protecções naturais que permitem a instalação de portos marítimos, abrigando-os dos ventos que sopram de oeste e de noroeste e protegendo-os das correntes marítimas superficiais de sentido norte/sul. Assim os portos portugueses localizam-se geralmente no flanco sol dos cabos.
Apesar da extensa costa portuguesa, não existem em Portugal boas condições naturais para a instalação de portos marítimos dado que a costa é pouco recortada e pouco abrigada dos ventos e muito batida pelas ondas. Por isso, originou a construção de portos artificiais, como o de Leixões, Viana do Castelo …
 
Principais acidentes de costa
 
Existem ao longo da costa alguns acidentes associados a reentrâncias e saliências.
Fig. 7 Os principais acidentes de costa
 
Os processos fluviais
Os rios debitam no mar grandes quantidades de água mas também detritos minerais e orgânicos diversos. Em rios suficientemente caudalosos e quando a força das marés não é significativo, estes materiais depositam-se no fundo da plataforma continental; em situações de menor força do rio a deposição dá-se na secção terminal do mesmo, originando o assoreamento progressivo que conduz, com frequência, à subdivisão do curso de água em vários braços – há condições para a formação de um delta; em situações intermédias, pode o rio fazer os detritos ao mar mas as ondas e as correntes promovem a fixação destes junto á costa.
 
Transgressão – subida do nível do mar, que se traduz num avanço da linha de costa sobre o continente. (opõe-se ao termo:)
Regressão – (descida do nível do mar, com o consequente recuo deste). A designação “ria” aplica-se a costas de submersão, em que o mar ocupa actualmente espaços que outrora eram vales fluviais.
 
Haff- delta de Aveiro
 
Delta – forma de desembocadura de um rio em que a carga de depósitos é significativa, ultrapassando a da remoção provocada pelas ondas e marés. Estes depósitos acumulam-se, assim, junto á foz, levando frequentemente o rio a subdividir-se em vários braços.
 
A “ria“de Aveiro resultou da regressão marinha e do assoreamento conjugado do rio Vouga e do mar numa antiga reentrância do litoral - golfo.
Os sedimentos arrancados do litoral rochoso a Norte, foram arrastados pela corrente marítima (Deriva Norte-Sul) dando origem a um cordão arenoso. À medida que este cordão se ia estendendo, foi-se construindo um outro, agora de Sul para Norte. À medida que estes cordões avançaram isolaram as águas marinhas, formando uma laguna onde o rio Vouga e alguns afluentes passaram a desaguar e depositar os aluviões dando origem a pequenas ilhotas arenosas.
O assoreamento (acumulação de sedimentos) acabou por aproximar os dois cordões, fazendo-se actualmente a comunicação entre a água da laguna e do oceano por uma barra artificial que o Homem tem constantemente de desassorear.
 
Fig. 8 Halff-delta de Aveiro
 
Concha de São Martinho
A concha de São Martinho é uma pequena baia que resultou da acumulação de sedimentos num antigo golfo cujas dimensões foram sendo reduzidas.
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 9 Concha de S. Martinho
 
Tômbolo
 
Tômbolo de Peniche é um istmo que formou devido á acumulação de sedimentos arenosos transportados pelas correntes marítimas. Este uniu a pequena ilha ao continente.
 
Fig. 10 Tômbolo de Peniche
 
Estuários do Tejo e Sado
 
Os estuários são áreas da foz dos rios que desaguam directamente no mar e onde é importante a influência das correntes e das marés, (havendo assim uma mistura de água doce com água salgada).
 
Os estuários do Tejo e do Sado são de grandes dimensões e assumem uma grande importância no contexto nacional. A parte montante do estuário apresenta vários canais e ilhas; a jusante o estuário alarga e é rodeado de sapais, onde se situa a Reserva Natural. As suas dimensões favorecem a variedade e diversidade da fauna e da flora, apresentando condições particulares para a desova e crescimento de espécies de peixe e mariscos, habitat de aves aquáticas e outra fauna selvagem. Em termos económicos, os estuários permitem o desenvolvimento de instalações portuárias essenciais ao desenvolvimento do sector das pescas e dos transportes.
 
       
 
Fig 11 Estuário do Tejo
Lido de Faro
O Lido de Faro localizado no Sotavento Algarvio, resultou da acumulação de sedimentos que foram arrastados por uma corrente de sentido W-E, originando um conjunto de restingas e ilhotas separadas por braços de mar.
A Costa de Faro tem uma configuração diferente da Costa de Aveiro, mas em ambas as regiões foram favorecidas por factores como as reentrâncias costeiras, as correntes marítimas, as águas pouco profundas e uma costa alta, próxima. A costa de arriba tacada pela erosão forneceu grandes quantidades de detritos que as correntes e os ventos as marés foram transportando e depositaram nas águas baixas e abrigadas.
 
Fig 12 Lido de Faro
 
Plataforma Continental
 
Plataformas Continentais são superfícies pouco inclinadas que prolongam o continente sob o oceano e cuja profundidade não ultrapassa os 200 metros.
A extensão da plataforma varia entre alguns quilómetros e mais de mil e fornece cerca de 70% do total das pescas marinhas mundiais.
As plataformas continentais são, no oceano, as áreas mais sujeitas à exploração, o que faz com que devam ser bem conhecidas e bem geridas.
 
A Plataforma continental Portuguesa só em alguns locais ultrapassa os 70 Km de extensão: para Norte da Nazaré apresenta-se quase sempre paralela à linha de costa e com uma extensão variável entre os 35 Km na foz do rio Minho e mais de 60 Km no cabo Mondego; entre a Nazaré e o rio Sado forma um promontório limitado a Norte pelo canhão da Nazaré e a Sul pelos canhões do Tejo e do Sado atingindo neste promontório a extensão máxima de cerca de 70 Km.
 
Ao longo das costas do Alentejo e do Algarve a plataforma apresenta um paralelismo com a linha de costa , estreitando para cerca de 20 Km e atingindo apenas 8 Km ao largo de Santa Maria.
A plataforma continental é relativamente estreita ao longo do litoral de Portugal Continental e é quase inexistente nas Regiões Autónomas devido á origem vulcânica.
 
A grande riqueza piscatória das plataformas continentais resulta:
  • da pouca profundidade das águas, permitindo uma melhor penetração da luz, indispensável ao desenvolvimento do fitoplâncton ,
  • da grande agitação das águas, o que as torna ricas em oxigénio;
  • da afluência das águas dos continentes sobretudo dos rios, as quais transportam grandes quantidades de matéria orgânica e inorgânica;
  • da menor salinidade , devido à agitação das águas e de receberem águas continentais.
 
Correntes Marítimas
 
As correntes marítimas deslocam grandes quantidades de energia que influenciam os litorais dos continentes, quanto à precipitação, à temperação e até à quantidade de pescado.
As grandes correntes apresentam várias ramificações, quentes ou frias, conforme a latitude a que se formam.
A costa portuguesa é influenciada por uma ramificação da corrente do Golfo (deriva Norte-Sul) – corrente portuguesa.
A sudoeste do território encontramos a corrente fria das Canárias que favorece a existência de pescado.
 
·     O upwelling é o fenómeno que resulta do facto dos ventos (nortada – vento marítimo frequente na costa ocidental portuguesa que sopra do quadrante norte, especialmente no Verão) afastam as águas costeiras para o largo originando correntes ascendentes de compensação, substituindo as que foram afastadas pelo vento, que trazem águas profundas mais frias e agitadas. Este fenómeno faz também ascender à superfície grandes quantidades de nutrientes atraindo assim os cardumes.
 
 

Potencialidades do litoral
Linha de costa
Plataforma continental
Correntes marítimas
-      Costa de arriba
-      Costa de praia
-      Acção do mar sobre a linha de costa
-      Recuo das arribas
-      Acidentes do litoral
Maior quantidade e diversidade da fauna marinha
Em Portugal
Relativamente estreito no Continente
Quase inexistente nas Regiões Antónomas
Condições favoráveis à existência de pescado
Em Portugal
Correntes de Portugal
Fenómeno de upwelling de Verão
Corrente fria das canárias
Influencia a actividade piscatória
Influência na localização dos principais portos marítimos

Recursos Marítimos
 
Morfologia submarina
-      Plataforma continental – vai até cerca de 200 metros de profundidade. Constitui a área morfológica do oceano que mais influência recebe das áreas emersas (detritos minerais e orgânicos são continuamente ‘vertidos’ nela, originando uma significativa cobertura sedimentar);
-      Talude continental, área de forte declive e que efectua a transição entre a plataforma continental e as áreas mais profundas e extensas;
-      Zonas abissais;
-      Montanhas submarinas
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig 1 O fundo marinho
 
 
 
 
 
 
AS POTENCIALIDADES DO LITORAL
 
Linha de Costa é a linha de contacto entre a terra e o mar, ao nível atingido pela maré mais alta, em período de calma atmosférica.
 
As paisagens litorais são dinâmicas e estão em constante alteração, devido:
 
- aos movimentos tectónicos e às variações climáticas, que se reflectem nas oscilações do nível do mar:
Em Portugal encontramos áreas litorais emersas, em resultadoda regressão marinha ( recuo das águas do mar ) – formou-se a chamada Costa de emersão.
 
 - a influência das águas oceânicas
O mar exerce uma acção modeladora na linha de costa, através de processos de desgaste (abrasão marinha), transporte e acumulação.
A abrasão marinha é resultante, fundamentalmente, da acção das ondas e marés, enquanto que o transporte e a acumulação/sedimentação.
 – O movimento contínuo da água sobre o litoral, bem como o material rochoso que o mar transporta e a compressão do ar nas fendas das rochas no momento da rebentação, vai provocando um desgaste mais ou menos acelerado da costa. Esta acção pode ser favorecida pelas correntes marítimas, pela quantidade de materiais transportados pelas ondas, pela velocidade, direcção dos ventos, dureza, coesão e estratificação das rochas.
 
Praia da Ursa Sintra
 
O Homem interfere na erosão costeira. A extracção de areias, a construção de barragens nos principais rios dada a diminuição de sedimentos que atingem o litoral, a construção de esporões, a urbanização crescente no litoral, a destruição dos sistemas dunares têm efeitos prejudiciais sobre o litoral e acentuam a erosão marinha.
 
A linha de costa de Portugal continental apresenta um traçado quase rectilíneo, pouco recortado, ou seja, com poucas reentrâncias e saliências.
O litoral português é dominado fundamentalmente por dois tipos de costa:
- Costa de arriba – é uma costa talhada em afloramentos rochosos de elevado grau de dureza. Pode ser alta, rochosa e escarpada ou igualmente rochosa mas ais baixa. Pode ser acompanhada por pequenas extensões de areia , muitas vezes só visíveis na maré baixa.
- Costa de praia – costa baixa e arenosa, frequentemente associada a sistemas dunares.
    
Fig.2 - Costa de arriba: Cabo S. Vicente        Fig. 3 Costa de Praia : Torreira
 

As Arribas em Portugal
“No Norte do país, no Minho e Douro Litoral, as arribas fósseis são talhadas em rochas granitoides do Maçiço Antigo, são altas e recuadas da linha de costa. Porém localmente esse mesmo rebordo alto e escarpado aproxima-se do mar e é batido por ele , funcionando como arriba viva. É o caso do promontório de Montedor a Sul de Afife, um dos pontos importantes da costa portuguesa, porque o seu farol é um dos centros de circunferência que, com 200 milhas de raio, limita a Zona Económica Exclusiva (ZEE). A partir dai para sul até Espinho as arribas são baixas até 5-6m de altura..
Para sul no Litoral Centro, as arribas aparecem para sul do cabo Mondego. Os cabos Mondego, Carvoeiro, Roca, Raso e Espichel são talhados em calcários duros. A Costa Vicentina (Cabo de Sines ao Cabo de S. Vicente) está talhada em rochas duras do Maciço Antigo.
A costa do Barlavento Algarvio (Cabo de S. Vicente à Quarteira) é talhada em calcários.
Na costa do Sotavento Algarvio ( Quarteira a Vila Real de Sto António as arribas recuadas , quase todas talhadas em rochas arenosas e areniticas, são, formas mortas e/ ou fossilizadas frente às quais se desenvolveram ilhotas e cordões arenosos do sistema lagunar da “ria” Formosa.
 
Praias e sistema dunares em Portugal
Cerca de 645 Km da costa continental portuguesa é constituída por praias, estreitas e rectilíneas ou em forma de enseada ( arco) ora encostadas a arribas, a cordões litorais e/ ou sistemas dunares ou ainda a paredões. 
As arribas são formas frequentes em toda a costa continental, vivas, mortas ou fósseis.

Como a acção erosiva do mar se dá essencialmente na base das arribas, a parte superior deixa de ter apoio e cai desencadeando o recuo progressivo da arriba.
A repetição continua deste processo forma uma superfície levemente inclinada para o mar denominada de plataforma de abrasão. A plataforma de abrasão fica progressivamente mais larga, devido ao recuo das arribas, por isso as ondas e as marés atingem a base com menos intensidade, sendo predominante a acção de acumulação. A partir de certa altura, o mar já não atinge a arriba e dá origem à arriba morta. Com o passar do tempo há a “colonização” pela vegetação passando a arriba fóssil.
 
 
 
 
 
Fig. 4 - Arriba Fóssil Costa da Caparica
Fig. 5 Evolução de uma arriba                                               Fig. 6 - Acção de desgaste do mar
 
Acção do mar sobre a linha de costa
 
Abrasão marinha – os materiais, como areias e fragmentos rochosos, transportados pela força dos movimentos das ondas exercem uma intensa acção erosiva.
 
Recuo da arriba
O progressivo recuo da arriba leva ao alargamento da plataforma de abrasão, que, associado à sua inclinação, faz com que as ondas atinjam a base da arriba com menor intensidade e com menor capacidade erosiva assim, a certa altura, o mar deixa de conseguir atingir a arriba surgindo arriba fóssil ou morta.
 
Costa de emersão – surge no norte litoral de Portugal dado que a área do litoral que imergiu devido ao recuo das águas do mar dando origem a pequenas reentrâncias e algumas praias. A costa apesar de ser constituída por rochas duras a linha de contacto com o mar apresenta-se predominantemente baixa.
 
Cabos e localização dos principais portos
Ao longo da costa portuguesa encontram-se alguns cabos, que constituem saliências talhadas em informações rochosas de maior resistência geralmente em áreas de costa alta e rochosa. Tal como os estuários, os cabos constituem protecções naturais que permitem a instalação de portos marítimos, abrigando-os dos ventos que sopram de oeste e de noroeste e protegendo-os das correntes marítimas superficiais de sentido norte/sul. Assim os portos portugueses localizam-se geralmente no flanco sol dos cabos.
Apesar da extensa costa portuguesa, não existem em Portugal boas condições naturais para a instalação de portos marítimos dado que a costa é pouco recortada e pouco abrigada dos ventos e muito batida pelas ondas. Por isso, originou a construção de portos artificiais, como o de Leixões, Viana do Castelo …
 
Principais acidentes de costa
 
Existem ao longo da costa alguns acidentes associados a reentrâncias e saliências.
Fig. 7 Os principais acidentes de costa
 
Os processos fluviais
Os rios debitam no mar grandes quantidades de água mas também detritos minerais e orgânicos diversos. Em rios suficientemente caudalosos e quando a força das marés não é significativo, estes materiais depositam-se no fundo da plataforma continental; em situações de menor força do rio a deposição dá-se na secção terminal do mesmo, originando o assoreamento progressivo que conduz, com frequência, à subdivisão do curso de água em vários braços – há condições para a formação de um delta; em situações intermédias, pode o rio fazer os detritos ao mar mas as ondas e as correntes promovem a fixação destes junto á costa.
 
Transgressão – subida do nível do mar, que se traduz num avanço da linha de costa sobre o continente. (opõe-se ao termo:)
Regressão – (descida do nível do mar, com o consequente recuo deste). A designação “ria” aplica-se a costas de submersão, em que o mar ocupa actualmente espaços que outrora eram vales fluviais.
 
Haff- delta de Aveiro
 
Delta – forma de desembocadura de um rio em que a carga de depósitos é significativa, ultrapassando a da remoção provocada pelas ondas e marés. Estes depósitos acumulam-se, assim, junto á foz, levando frequentemente o rio a subdividir-se em vários braços.
 
A “ria“de Aveiro resultou da regressão marinha e do assoreamento conjugado do rio Vouga e do mar numa antiga reentrância do litoral - golfo.
Os sedimentos arrancados do litoral rochoso a Norte, foram arrastados pela corrente marítima (Deriva Norte-Sul) dando origem a um cordão arenoso. À medida que este cordão se ia estendendo, foi-se construindo um outro, agora de Sul para Norte. À medida que estes cordões avançaram isolaram as águas marinhas, formando uma laguna onde o rio Vouga e alguns afluentes passaram a desaguar e depositar os aluviões dando origem a pequenas ilhotas arenosas.
O assoreamento (acumulação de sedimentos) acabou por aproximar os dois cordões, fazendo-se actualmente a comunicação entre a água da laguna e do oceano por uma barra artificial que o Homem tem constantemente de desassorear.
 
Fig. 8 Halff-delta de Aveiro
 
Concha de São Martinho
A concha de São Martinho é uma pequena baia que resultou da acumulação de sedimentos num antigo golfo cujas dimensões foram sendo reduzidas.
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 9 Concha de S. Martinho
 
Tômbolo
 
Tômbolo de Peniche é um istmo que formou devido á acumulação de sedimentos arenosos transportados pelas correntes marítimas. Este uniu a pequena ilha ao continente.
 
Fig. 10 Tômbolo de Peniche
 
Estuários do Tejo e Sado
 
Os estuários são áreas da foz dos rios que desaguam directamente no mar e onde é importante a influência das correntes e das marés, (havendo assim uma mistura de água doce com água salgada).
 
Os estuários do Tejo e do Sado são de grandes dimensões e assumem uma grande importância no contexto nacional. A parte montante do estuário apresenta vários canais e ilhas; a jusante o estuário alarga e é rodeado de sapais, onde se situa a Reserva Natural. As suas dimensões favorecem a variedade e diversidade da fauna e da flora, apresentando condições particulares para a desova e crescimento de espécies de peixe e mariscos, habitat de aves aquáticas e outra fauna selvagem. Em termos económicos, os estuários permitem o desenvolvimento de instalações portuárias essenciais ao desenvolvimento do sector das pescas e dos transportes.
 
       
 
Fig 11 Estuário do Tejo
Lido de Faro
O Lido de Faro localizado no Sotavento Algarvio, resultou da acumulação de sedimentos que foram arrastados por uma corrente de sentido W-E, originando um conjunto de restingas e ilhotas separadas por braços de mar.
A Costa de Faro tem uma configuração diferente da Costa de Aveiro, mas em ambas as regiões foram favorecidas por factores como as reentrâncias costeiras, as correntes marítimas, as águas pouco profundas e uma costa alta, próxima. A costa de arriba tacada pela erosão forneceu grandes quantidades de detritos que as correntes e os ventos as marés foram transportando e depositaram nas águas baixas e abrigadas.
 
Fig 12 Lido de Faro
 
Plataforma Continental
 
Plataformas Continentais são superfícies pouco inclinadas que prolongam o continente sob o oceano e cuja profundidade não ultrapassa os 200 metros.
A extensão da plataforma varia entre alguns quilómetros e mais de mil e fornece cerca de 70% do total das pescas marinhas mundiais.
As plataformas continentais são, no oceano, as áreas mais sujeitas à exploração, o que faz com que devam ser bem conhecidas e bem geridas.
 
A Plataforma continental Portuguesa só em alguns locais ultrapassa os 70 Km de extensão: para Norte da Nazaré apresenta-se quase sempre paralela à linha de costa e com uma extensão variável entre os 35 Km na foz do rio Minho e mais de 60 Km no cabo Mondego; entre a Nazaré e o rio Sado forma um promontório limitado a Norte pelo canhão da Nazaré e a Sul pelos canhões do Tejo e do Sado atingindo neste promontório a extensão máxima de cerca de 70 Km.
 
Ao longo das costas do Alentejo e do Algarve a plataforma apresenta um paralelismo com a linha de costa , estreitando para cerca de 20 Km e atingindo apenas 8 Km ao largo de Santa Maria.
A plataforma continental é relativamente estreita ao longo do litoral de Portugal Continental e é quase inexistente nas Regiões Autónomas devido á origem vulcânica.
 
A grande riqueza piscatória das plataformas continentais resulta:
  • da pouca profundidade das águas, permitindo uma melhor penetração da luz, indispensável ao desenvolvimento do fitoplâncton ,
  • da grande agitação das águas, o que as torna ricas em oxigénio;
  • da afluência das águas dos continentes sobretudo dos rios, as quais transportam grandes quantidades de matéria orgânica e inorgânica;
  • da menor salinidade , devido à agitação das águas e de receberem águas continentais.
 
Correntes Marítimas
 
As correntes marítimas deslocam grandes quantidades de energia que influenciam os litorais dos continentes, quanto à precipitação, à temperação e até à quantidade de pescado.
As grandes correntes apresentam várias ramificações, quentes ou frias, conforme a latitude a que se formam.
A costa portuguesa é influenciada por uma ramificação da corrente do Golfo (deriva Norte-Sul) – corrente portuguesa.
A sudoeste do território encontramos a corrente fria das Canárias que favorece a existência de pescado.
 
·     O upwelling é o fenómeno que resulta do facto dos ventos (nortada – vento marítimo frequente na costa ocidental portuguesa que sopra do quadrante norte, especialmente no Verão) afastam as águas costeiras para o largo originando correntes ascendentes de compensação, substituindo as que foram afastadas pelo vento, que trazem águas profundas mais frias e agitadas. Este fenómeno faz também ascender à superfície grandes quantidades de nutrientes atraindo assim os cardumes.

Potencialidades do litoral
Linha de costa
Plataforma continental
Correntes marítimas
-      Costa de arriba
-      Costa de praia
-      Acção do mar sobre a linha de costa
-      Recuo das arribas
-      Acidentes do litoral
Maior quantidade e diversidade da fauna marinha
Em Portugal
Relativamente estreito no Continente
Quase inexistente nas Regiões Antónomas
Condições favoráveis à existência de pescado
Em Portugal
Correntes de Portugal
Fenómeno de upwelling de Verão
Corrente fria das canárias
Influencia a actividade piscatória
Influência na localização dos principais portos marítimos

 

 

Temos andado a falar sobre pesca (8º e 10 ano) e sobre a sustentabilidade e as medidas que cada um pode/deve tomar, aqui está um link curioso para consultarem.

 

A Greenpeace disponibilizou mais uma vez o ranking de supermercados quanto às políticas de compra dos principais grupos de distribuição alimentar para revelar quem tem feito um esforço para oferecer produtos de peixe sustentável aos consumidores.

 

A organização refere no seu site que:

 

"É de realçar que embora já tenham sido dados alguns passos fundamentais para melhorar a oferta de peixe sustentável, a maioria das grandes superfícies ainda vende espécies de peixe presentes na Lista Vermelha da Greenpeace. Estas espécies estão ameaçadas pela pesca excessiva e/ou são capturadas por métodos que destroem o ecossistema marinho, razão pela qual é indispensável continuar a trabalhar com os supermercados para proteger os recursos marinhos dos nossos oceanos e assegurar o futuro da indústria da pesca."

 

Não deixem de tomar uma atitude nestes assuntos e contribuam para que o Mundo de amanhã seja melhor.

 

 www.greenpeace.pt

 

 

1- Das seguintes afirmações diz quais as frases falsas e quais as verdadeiras; depois transforma as frases falsas em verdadeiras, sem usar a negativa:
 
___a) As principais finalidades da criação de gado são a obtenção de carne, leite e lã.
 
___b) A pecuária diz-se extensiva quando se tem um grande número de animais permanentemente estabulados.
 
___c) A pecuária moderna destina-se ao auto-consumo.
 
___d) A pecuária intensiva é um tipo de pecuária tradicional.
 
___e) A agricultura ocupa uma maior área do que a pecuária.
 
 
 
2- Atenta no quadro que se segue:

Tipo de pesca A
Tipo de pesca B
Praticada:
·       próximo da costa
·       por tripulações reduzidas
·       com embarcações de pequena tonelagem
·       com equipamento pouco sofisticado
Praticada:
·       a grandes distâncias da costa
·       por tripulações numerosas
·       com embarcações de grande tonelagem
·       com equipamento moderno (radar, radiotransmissor, progressos de refrigeração)
Capturas:
·       reduzida
Capturas:
·       grandes quantidades
Destino do pescado:
·       venda nas lotas e auto consumo
Destino do pescado:
·       abastecimento de grandes mercados e de indústrias conserveiras

 
2.1-     Refere a designação que se dá a cada um dos tipos de pesca caracterizados no quadro 1.

A –
B –

 
2.2- Indica uma região onde a pesca do tipo A é praticada pelos portugueses.
 
2.3- Refere dois países a nível mundial que praticam a pesca do tipo B.
  
2.4- Refere uma consequência ambiental resultante da utilização exagerada de técnicas avançadas na pesca.
 
2.5- Apresenta uma solução que minimize a consequência que referiste na questão anterior.
 

 

2- Relaciona a informação da coluna I com as práticas agrícolas da coluna II.

Coluna I
 
Coluna II
1. Protege as culturas das condições climatéricas.
2. Aumenta a fertilidade do solo.
3. Garante o fornecimento de água às culturas.
4. Aumenta a produtividade.
5. Permite o cultivo em regiões de declive.
6. Combater pragas.
 
A. Socalcos
B. Pesticidas
C. Estufas
D. Adubo químico
E. Rega
F. Utilização de máquinas

 

1-
2-
3-
4-
5-
6-

3- Observa as seguintes figuras (A a E).
 
 
 
 
 
3.1- Relaciona cada uma das frases com a(s) respectiva(s) figura(s):
a) policultura;
b) cultivo de uma só cultura;
c) trabalho essencialmente manual;
d) sistema intensivo;
e) latifúndio;
f)   criação de gado em regime extensivo

 

I – A gestão do espaço marítimo
 
Lê o texto da página 236.
1-      Porque há uma necessidade primordial de controlar eficazmente a ZEE?
2-      Refere os aspectos que cabem a Portugal controlar em toda a sua ZEE.
3-      O nosso país depara-se com algumas dificuldades nesse controlo, quais são?
4-      Refere as consequências de um controlo ineficaz.
5-      A poluição das águas nacionais é um dos problemas mais difíceis de resolver.
5.1- Refere as causas da poluição marítima.
5.2- Os incidentes com navios na nossa ZEE são relativamente frequentes. Aponta as suas consequências.
 
6-      Os recursos do oceano são escassos…
6.1- Apresenta os factores responsáveis pela diminuição dos stoks piscatórios.
6.2- Refere as medidas que poderão facilitar a renovação dos stoks piscatórios nas águas nacionais.
 
7-      A progressiva degradação do litoral está associado à crescente urbanização das áreas costeiras e ao crescimento do turismo balnear.
 
7.1- Refere os problemas que essa pressão crescente tem causado.
8-      O litoral tem recuado cada vez mais devido à erosão.
8.1- Refere as causas desse recuo.
8.2- Explica importância das dunas na protecção do litoral.
 
 
 
II – A rentabilização do litoral e dos recursos marítimos
 
 
No sector das pescas:
1-      Refere as medidas que poderão conduzir a uma melhor gestão e controlo da ZEE, bem como a rentabilização deste sector.
 
 
Na protecção das áreas costeiras:
1-      Refere as medidas que poderão prevenir/minimizar os acidentes marítimos.
 
 
 
No ordenamento da orla costeira:
1- Identifica os problemas que a elevada pressão sobre o litoral tem originado.
2- Para tentar solucionar esses problemas surgiu os POOC.
2.1- Define POOC.
2.2- Explica a sua importância.
2.3- Identifica os seus objectivos.
2.4- Refere a sua área de incidência.
2.5- Menciona os troços em que ficou dividida a costa portuguesa.
2.6- Enumera as obras e intervenções prioritárias definidas nos POOC.
2.7- Indica exemplos de cada medida.

Ao navegar por este mundo que é a Net deparei-me com uns resumos da matéria que me pareceram ter algum interesse. Como sei que são muito preguiçosos para acederem a links deixo aqui o texto. 

Desconheço quem os disponibilizou, contudo se quiserem consultar na integra fica aqui.

 

As disponibilidades hídricas
 
-         De toda a água existente, apenas uma pequena parte pode ser utilizada directamente para o consumo humano, constituindo os recursos hídricos disponíveis. Estes englobam as águas superficiaisrios, lagos e albufeiras – e as águas subterrâneas, que se encontram até 800 metros de profundidade.
-         As disponibilidades hídricas, quer superficiais quer subterrâneas, dependem essencialmente das quantidades de precipitação e de evapotranspiração
 
Balanço hidrológico
 
Para que se possam avaliar os recursos hídricos renováveis é fundamental analisarem-se as várias componentes do balanço hidrológico.
-         Precipitação : representa os “ganhos” de água que irão alimentar o escoamento superficial e a infiltração;
-         Evapotranspiração – representa as “perdas” de água para a atmosfera a partir da evaporação da águas dos rios, lagos, albufeiras e solo e da transpiração das plantas.

Bacia hidrográfica – área drenada por um curso de água ou por um sistema interligado de cursos de água
Rede hidrográfica – sistema constituído pelo rio principal e seus afluentes e subafluentes.
(distinção) : rede hidrográfica é constituída pelo rio principal e pelos seus tributários, bacia hidrográfica é toda a área drenada que recebe a influência desses rios.
 
 

 
 
 
 
 
 


 

Perguntas:
  1. Caracteriza o regime dos rios de Portugal Continental. Justifica a resposta.
Os rios portugueses apresentam um regime que depende essencialmente da variação temporal da precipitação e acompanha, de perto, os contrastes regionais na distribuição das chuvas, ou seja, o comportamento dos rios é muito irregular, com uma estiagem (acentuada redução do escoamento <25% do caudal médio) mais ou menos prolongada provocada pela existência de uma estação quente e seca e com caudais de cheia que podem atingir valores surpreendentes.
As bacias hidrográficas do noroeste (Minho, Lima e Cávado), são muito produtivos, com escoamento mais regular e uma estiagem que, em média, dura três meses. As bacias do sul (Sado, Guadiana, Mira e Ribeiras do Algarve) são as menos produtivas, apresentam uma grande irregularidade de escoamento e uma estiagem mais severa que pode durar até seis meses.
Na ilha da madeira, a rede hidrográfica apresenta uma distribuição radial: as primeiras ribeiras nascem na parte central, correm em todas as direcções e desaguam no mar. A exiguidade das bacias hidrográficas, aliadas aos grandes desníveis e fortes declives gerais, marcam a extrema irregularidade e cheias muito repentinas no seu regime hidrológico.
Nos Açores, as bacias hidrográficas, em consequência da dimensão territorial do arquipélago, são de pequena extensão que, juntamente com o declive das vertentes e a desflorestação de vastas áreas contribuem para o regime torrencial das ribeiras, havendo um elevado risco de cheias.
 
  1. Explica a seguinte afirmação: “No norte os rios apresentam um caudal mais elevado e o seu regime caracteriza-se pela ocorrência de cheias”
O norte de Portugal apresenta maior densidade de cursos de água e estes envolvem maiores volumes de escoamento. As condições climáticas do local influencia a abundância de água numa determinada bacia hidrográfica.
 
  1. Relaciona a ocorrência de cheias com as estações de ano.
Na Primavera e no Verão, ocorre menos cheias, pois é um período mais seco e quente, menos propício às chuvas. No Outono ou no inverno, a estiagem é menor e há mais cheias, pois é um período mais húmido e frio com ocorrência de chuvas a longo prazo.
 
Rios de Portugal
 

Conceito
Definição
Regime
Variação do caudal do rio ao longo do ano.
Rápidos ou cataratas
Secção rochosa de um rio onde as águas correm a grande velocidade.
Caudal
Volume de água que passa numa secção do rio durante uma unidade de tempo.
Erosão
Acção de desgaste, transporte e acumulação exercida por um rio.
Leito
Zona por onde ocorre um rio.
Foz
Secção onde o rio desagua

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A acção do Homem sobre os recursos de água
 
Construção de barragens – na época do ano em que os valores da precipitação são muito elevados e permite a retenção de água nas albufeiras visando atenuar a ocorrência de cheias. No período de Verão quando a precipitação é escassa impede que o leito seque completamente possibilitando a manutenção de um escoamento mínimo.
 
* A acção do Homem pode ser negativa intensificando as consequências das cheias.
-         Constrói edifícios sobre as linhas de água, impede a infiltração de água do solo através, por exemplo, das pavimentações das ruas, destrói a cobertura vegetal, aumentando o escoamento superficial.
 
 
Aspectos positivos da construção de barragens:
·       Garantem o armazenamento de água em albufeiras;
·       Podem ser utilizadas na produção de energia hidroeléctrica;
·       Minimizam as inundações;
·       Garantem o caudal ecológico;
·       Garantem o abastecimento de águas às populações;
·       Permitem uma regularização do caudal;
·       Minimizam os problemas de escassez de água
 
Aspectos negativos da construção de barragens:
·       São obras muito dispendiosas;
·       Podem provocar a inundação de terrenos agrícolas;
·       Podem provocar a submersão de aldeias;
·       Provocam alterações na fauna e na flora ribeirinhas fluviais;
·       Geram deterioração da qualidade da água.
 
 
Recursos Hídricos subterrâneos
 
As águas subterrâneas resultam da infiltração da água proveniente:
-         Da precipitação;
-         Dos cursos de água, lagos e albufeiras;
-         Da rega;
-         Das águas residuais urbanas.
 
·       A precipitação que ocorre sobre a superfície infiltra-se parcialmente ou na totalidade, no solo, até atingir uma camada impermeável, quer pela acção da gravidade, quer pela capilaridade, dando origem à formação dos aquíferos. A existência de aquíferos, as suas características e dimensões estão directamente relacionadas com o grau de maior ou menor permeabilidade da rocha.
 
·       Os aquíferos são importante reservatórios de água subterrânea que, em relação à água superficial tem a vantagem de :
-      Estarem mais protegidas da poluição (melhor qualidade da água);
-      Não se reduzirem devido à deposição de detritos;
-      Não estão sujeitos à evaporação;
-      Não exigem encargos de conservação.
 
Os usos e a gestão dos recursos hídricos
 
A agricultura é ainda o grande consumidor de água subterrânea, essa elevada utilização de água deve-se á actividade agrícola de regadio. Esta coloca problemas sobre estes recursos, como a contaminação dos aquíferos devido ao regadio estar associada à grande utilização de adubos e ainda devido a mais de 80% da área de regadio é de natureza privada.
 
 
 
 

PROBLEMAS NA UTILIZAÇÃO DA ÁGUA
Consumo excessivo
Diminuição das reservas
Poluição
Salinização
Alterações climáticas
Desflorestação
Efluentes
·       Domésticos
·       Industriais
·       Agro-pecuários
 
Eutrofização*
*enriquecimento excessivo da água em matérias nutritivas. Geram a absorção exagerada de oxigénio e a consequente asfixia desse meio aquático.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As disponibilidades hídricas
 
 


 

            Inventariadas como                                                                            Na
                          
                                                                                              Utilização dos recursos hídricos
          Águas                   Águas                                          
      Subterrâneas          Superficiais
                                                                                                             Evidenciam-se
 
Apresentam em Portugal uma                                                    problemas na utilização
 


 

                                                                                           Ao nível
Irregularidade na distribuição                                                   
                                                                                        Quantidade                        Qualidade
Acrescida na dependência das                                                
                                                                                   Passa pela                                Passa pela                                                
                                                                                  racionalização                          protecção e
                                                                                   dos recursos                              controlo
 
     Bacias hidrográficas                                            Garantir o                         Drenar e tratar                      
      Luso-espanholas                                                     abastecimento                 as águas residuais
 
                                                                            Utilizar a água                          Controlar a
                                                                              com maior eficiência              qualidade da água
 
 
 Implicam a reflexão sobre a gestão dos recursos hídricos
 
 


 

          Planear a utilização da água                                                 Potencializar os recursos
 
                    Integração na                                                                         actividades de
               política-comunitária                                                                   recreio e lazer
 


 

            protecção e conservação e                                                      navegação turística
          comercial dos meios hídricos
                                                                                                     actividades biogenéticas
            cooperação luso-espanhola
                                                                                                  extracção de inertes
A gestão dos recursos hídricos é um processo complexo, que implica um planeamento cuidadoso e uma coordenação de esforços a nível local, nacional e internacional.
 
·       Plano Nacional da água (PNA) – Foram criadas 10 regiões Hidrológicas
·       Planos da Bacia Hidrográfica (PBH)
 
Estes planos são instrumentos de planeamento que permitirão:
·       Melhor conhecimento das disponibilidades e potencialidades hídricas;
·       Melhor distribuição e utilização da água;
·       Protecção, conservação e requalificação dos recursos hídricos;
·       Estabelecimento de um quadro estável de relacionamento com Espanha;
·       Gestão dos recursos hídricos em articulação com os restantes sectores de ordenamento do território.
 
A importância das albufeiras origina a elaboração de planos específicos:
-      Planos de Ordenamento das Albufeiras de Águas Públicas (POAAP). Estes compreendem uma área na qual se integra o plano de água e a zona envolvente de protecção.

 

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