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Novamente Geografando

Este blog recolhe e organiza informação relacionada com Geografia... e pode ajudar alunos que às vezes andam por aí "desesperados"!

Novamente Geografando

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Cidade marroquina incentiva jovens a desenharem grafitis com mensagens ambientais

Os grafitis são vistos como um forma de espalhar mensagens anti-sociais ou criticar as autoridades, sendo por isso mal vistos em muitos países, mas em Al-Dusheira, Marrocos, são os próprios responsáveis camarários que incentivam os jovens a desenharem em prédios e muros, como forma de promoverem a sociedade.

De acordo com o Green Prophet, o conselho da cidade pretende, com esta promoção, elevar a participação civil dos mais jovens, ao mesmo tempo que lhes passa várias mensagens sociais e ambientais para estes criarem e retratarem.

Em Junho, conta o agregador, o Dusheriah Associations Forum (Majd) organizou, inclusive, uma competição de murais em grafiti, para celebrar o Dia Mundial do Ambiente. Assim, o município concedeu a estes jovens a possibilidade de desenharem paredes mas estes, em vez de slogans anti-Governo, resolveram espalhar mensagens de celebração da arte, espaços verdes e cultura local.

“Podemos ser filhos de qualquer um, mas as boas maneiras são melhores que a boa linhagem”, podia ler-se num dos murais. “Um bairro limpo é digno dos seus moradores”, avançava outro.

O grafiti não é bem aceite na sociedade árabe – ou outra –, devido à forma como esta arte é encarada: um manifesto contra o status quo. Em Al-Dusheira, porém, ela significa inclusão social e ambiental.

 

in: Green Savers

banco de água_13

Um projecto desenvolvido pela MARS Architects em parceria com o BMW Guggenheim Lab, na Índia, está a ajudar a cidade de Bombaim a reduzir a quantidade de água necessária para a rede pública. O projecto chama-se Waterbench – “banco de água”, em português – e recolhe a água da chuva para irrigar os espaços municipais.

Neste caso, o banco está a ser utilizado para reduzir a quantidade de água da rede pública que é usada na irrigação das praças e outras áreas verdes da cidade.

Feito de polietileno parcialmente reciclado, este mobiliário urbano tem um reservatório interno que se enche totalmente durante a estação chuvosa. O reservatório tem três capacidades de armazenamento: 500 litros, mil litros e 1.800 litros.

Os primeiros bancos já estão espalhados por Bombaim, ainda que numa fase de testes que durará um ano. O objectivo final é instalar estas unidades em todos os parques da cidade, tornando-os independentes em termos de água da rede pública.

O waterbench já foi apresentado na Semana de Design de Pequim, na China, e mais recentemente em Nova Iorque. A cidade norte-americana terá também o seu primeiro banco de água no dia 1 de Dezembro.

in: Green Savers

Demitiram o Robocop. Se um dia ele for criado, o policial ciborgue não terá subúrbios violentos de Detroit para fazer sua ronda. "Em um futuro próximo", a cidade vai fazer algo que nenhuma distopia dos anos 80 previu: diminuir. 

Este ano, Detroit deu início ao espetáculo do descrescimento: fechou escolas, cortou coleta de lixo e oferta de água, gás e esgoto em vários bairros, além de demolir 3 mil casas - em 2011, serão mais 7 mil. No Brasil, ações semelhantes renderiam impeachment - em Robocop 3, por exemplo, geraram revolta popular. Mas, em uma cidade com metade dos habitantes que já teve e um terço do território abandonado, garantiram a reeleição do prefeito. 

Estima-se que mais de 200 cidades médias e grandes nos EUA, na Europa e até no Brasil estão diminuindo, seja pela emigração de indústrias, seja pela redução das atividades que as fizeram crescer. Depois de décadas tentando recriar o passado, agora elas buscam soluções para encarar a nova realidade. Será que menos pode ser mais? 

Em Detroit e outras cidades americanas, a marcha à ré foi acionada pela longa agonia da indústria automotiva. Depois de passar por negação, raiva, negociação e depressão, a cidade finalmente chegou ao último estágio clássico do luto: aceitação. A ideia agora é tornar a cidade vazia mais enxuta, para reduzir o gasto público e melhorar a qualidade de vida de quem ficou. Em vez de continuar a investir em áreas pouco povoadas, o consenso é que se deve concentrar gastos nas áreas consideradas mais viáveis e transformar os bairros fantasmas em parques e fazendas. 

Diminuir para melhorar é o desafio de Flint, também em Michigan, primeira sede da GM - que já teve 79 mil funcionários na região e hoje emprega 8 mil. Os planos incluem reduzir a área urbana em 40% e cobrir o resto de verde. "Vamos criar a nova floresta de Flint, trocar decadência por qualidade de vida", diz Dan Kildee, porta-voz do movimento para reduzir a cidade. "A questão não é se essas cidades estão encolhendo - todas estão -, mas se vamos deixar isso acontecer de uma forma destrutiva ou sustentável." 

Redução global
Na região de Manchester, berço da revolução industrial, a população é metade da de 1930. A queda do Muro de Berlim provocou uma emigração em massa rumo ao Ocidente: na antiga Alemanha Oriental, há mais de 1 milhão de apartamentos abandonados. No Japão, enquanto o inchaço de Tóquio sugere crescimento, a maior parte das cidades encolhe, por causa das taxas de natalidade cada vez menores.

No Brasil, o caso mais emblemático de despovoamento é o de São Caetano, no ABC paulista. Em 1980, a cidade tinha 163 mil habitantes, contra 137 mil em 2006. Apesar de ter uma mão de obra altamente qualificada, assim como em Detroit a região perdeu boa parte de seu parque automotivo para re-giões com impostos e sindicatos mais brandos. "O deslocamento das indústrias para outras localidades desestruturou a economia do maior parque automobilístico do país", explica o professor Sergio Moraes, do Programa de Pós-Graduação em Urbanismo, História e Arquitetura da Cidade na Universidade Federal de Santa Catarina.

Sergio também é membro do Shrinking Cities International Research Network, projeto criado pelo alemão Phillipp Oswalt para analisar o despovoamento das cidades no mundo contemporâneo e que reúne mais de 100 cientistas, arquitetos, artistas e designers. O desafio deles é propor soluções arquitetônicas que ajudem as cidades que encolhem a conviver com seu novo, imprevisto e indesejado tamanho. É péssimo que a sua cidade encolha, claro. "Mas é preciso aceitar o processo como uma via de evolução da cidade, lidar com a situação em vez de negá-la", diz o pesquisador. Nos EUA, já está ocorrendo até uma mudança de terminologia, trocando "cidades que encolheram" por "cidades do tamanho certo". 

Mudar para menor
O trabalho coordenado por Oswalt sugere que o encolhimento de cidades vai continuar e atingir novas áreas nas próximas décadas. 

Se hoje as regiões abandonadas são as suspeitas de sempre, áreas decadentes, como distritos industriais e grandes blocos de apartamentos, mais adiante a desurbanização deve ocorrer até nos hoje valorizados prédios de escritórios. A comunicação móvel e sem fio deve incentivar cada vez mais gente a trabalhar em casa, reduzindo drasticamente a necessidade de espaço em prédios comerciais. Além disso, após uma fase de expansão dos condomínios cada vez mais distantes, deve haver uma reconcentração populacional, gerada pelos custos com transporte e pelas limitações à mobilidade de uma população mais velha. Resta saber como os velhos centros vão receber seus novos moradores. 

Diante dessa realidade, cada município minimizado vai ter de escolher se chora sobre o limão derramado ou se faz uma limonada urbanística. Todas essas cidades têm na mão a chance de se tornarem mais eficientes e sustentáveis. E até de conseguir elevar a qualidade de vida da população, na contramão da crise que fez a cidade encolher. Segundo o arquiteto Dan Pitera, diretor do Detroit Collaborative Design Center na Universidade Detroit Mercy: "Quando uma cidade encolhe, surge uma oportunidade para a mudança".

Como diminuir uma cidade 
Entenda qual o cenário das cidades que encolhem, o que pode ser feito para lidar com a situação e como deve ficar, no futuro, a paisagem urbana nesses locais 

Como está - Bairros abandonados
O que fazer - Demolir bairros fantasmas
Como fica - Mais compacta em torno do centro

Como está - Imóveis depredados e invadidos
O que fazer - Reabitar imóveis nos bairros viáveis
Como fica - Velhos prédios com novos moradores

Como está - Fábricas desativadas
O que fazer - Otimizar a infraestrutura
Como fica - Fábricas convertidas em residências 

Como está - Estradas e pontes pouco usadas e malconservadas
O que fazer - Fechar rodovias em áreas abandonadas
Como fica - Menos viadutos e ênfase no transporte coletivo 

Como está - Menos moradores pagando pelos serviços públicos
O que fazer - Fechar escolas em áreas menos habitadas
Como fica - Mais áreas verdes, reflorestamento de bairros antigos



Para saber mais 
Shrinking Cities International Research Network
www.shrinkingcities.org (em inglês)



in: Super Interessante

As angústias de um agricultor sustentável

 

Toda a gente adora os mercados de agricultura sustentável, mas poucos conhecem os obstáculos com que se deparam os agricultores que ali vendem os seus produtos. Segue-se, por isso, uma história sobre a educação – e as angústias – de um agricultor familiar de Sequatchie, Tennessee, nos Estados Unidos, que se esforça por trabalhar de forma ecológica.

Bill Keener, de 52 anos, opera a Sequatchie Cove Farm, no Tennessee, Estados Unidos, há 20 anos, numa área de 121 hectares, onde vive com a esposa, o filho, a filha, o neto e os sogros. As suas casas são movidas a energia solar, os seus frutos e legumes são orgânicos e as suas vacas e ovelhas pastam de forma holística.

A história de Keener ilustra a forma como é difícil para as pequenas explorações competir com o que é muitas vezes designada de agricultura industrial: as grandes empresas de sementes, as grandes quintas, as grandes instalações de produção de carne e os grandes supermercados que fornecem as grandes quantidades de comida barata às mesas das pessoas.

Keener estudou estética japonesa, filosofia e educação especial – nunca esperou tornar-se agricultor. Mas a oportunidade de criar a sua família numa quinta seduziu-o e rapidamente percebeu que adorava o trabalho. Tem mostrado vontade de experimentar novos mercados e modelos de negócio e, ao longo dos anos, tem produzido vegetais, fruta, cogumelos, galinhas, porcos, vacas e ovelhas.

Uma das primeiras desvantagens competitivas com que se depara é, segundo o Guardian, política: ao contrário dos grandes produtores de soja e milho, Keener não recebe qualquer ajuda do governo. Os subsídios são a razão pela qual os alimentos em cadeias como Walmart ou McDonald’s – seus concorrentes – são tão baratos.

Outro problema que enfrenta, ao contrário das grandes cadeias, é ter de fazer o seu próprio design de produto, marketing, distribuição e atendimento ao cliente. Depois de um dia a ordenhar vacas ou a trabalhar nos campos, Keener ainda tem de responder a emails de clientes e actualizar a página de Facebook da quinta.

Também a venda de produtos como o queijo continua a ser uma luta – os reguladores estaduais e federais são “muito contraditórios”, defende o agricultor.

As organizações sem fins lucrativos, como a Gaining Ground e Crabtree Farms, que promovem os alimentos e as quintas em torno de Chattanooga, estão a tentar ajudar nesta questão. Estima-se que menos de 1% do dinheiro gasto em alimentação na região vá para os agricultores locais – se conseguirem aumentar esse valor para 5%, €74 milhões (R$ 220 milhões) permanecem na economia local.

Como forma de sensibilizar a população, já foram publicados livros de receitas sazonais e guias alimentares locais e criada uma iniciativa que pede às pessoas que gastem 10% do seu orçamento em alimentos de origem local.

Keener louva a crescente rede de comerciantes, distribuidores e restaurantes que promovem a comida local. “A especialização não é má”, diz ele. E, após 20 anos de agricultura, reforça: “Estou cada vez mais onde quero estar”.

 

Foto: Sob licença Creative Commons


in: Green Savers

As chocantes fotos dos resíduos de lixo electrónico em Accra, Gana (com FOTOS)

 

O fotógrafo Michael Ciaglo partilhou recentemente algumas fotos de Agbogbloshie, uma lixeira digital nos arredores de Accra, no Gana. É aqui muito do lixo electrónico é “processado” e destruído – fios, televisões, computadores ou telemóveis.

Nesta lixeira, todos estes componentes electrónicos são queimados e derretidos. Salva-se apenas o metal, que depois é revendido. Todo este processo cria fumos altamente tóxicos, que envenenam os trabalhadores da lixeira e a comunidade local.

Veja as fotos de Ciaglo, absolutamente chocantes, e leia aqui quais os grandes desafios da recolha de resíduos eléctricos e electrónicos.

 

in: Green Savers

Primeiro pavimento solar do mundo instalado nos Estados Unidos

 

A empresa de arquitectura paisagística Studio39 uniu-se aos estudantes do Instituto Solar da Universidade George Washington, nos Estados Unidos, para instalar o primeiro pavimento criador de energia solar do mundo. Os estudantes e os designers instalaram um total de 27 painéis fotovoltaicos duráveis que criam o passeio Solar Walk, gerador de cerca de 400 watts de electricidade.

A produção dos painéis semi translúcidos, semelhantes a placas de acrílico fumado, ficou a cargo da Onyx Solar, especialista em energia fotovoltaica. Os painéis solares foram integrados como uma pequena parte de um passeio público da universidade e tornam, assim, possível caminhar-se por cima deles.

O pavimento fotovoltaico é capaz de produzir um pico de energia de 400 watts, usados para alimentar os 450 LEDs instalados justamente por debaixo do passeio. Este também se conecta a uma treliça alimentada a energia solar projectada pelo Studio39, adianta oInhabitat. Esta estrutura, instalada no final do passeio, cria por sua vez a energia necessária para alimentar o edifício Innovation Hall da universidade.

Espera-se que este projecto pioneiro se estenda a mais passeios do mundo, tornando os típicos aglomerados de cimento em espaços mais eficientes em termos energéticos.

25 Out, 2013

Degelo - Link

Um dos temas que se aborda no 9º ano, em Geografia, e simultaneamente um dos temas mais atuais e preocupantes é o DEGELO. O Ice Care é um blog que trata este assunto. Pretende mostrar ao mundo, em tempo real, os efeitos e consequências do aquecimento global.

http://icecare.blogs.sapo.pt/

Para este projeto foram escolhidos 5 glaciares que estão a ser dramaticamente afectados, com implicações para a sobrevivência das populações locais.

 

ice care 5.png

 

Muito interessante!

 

 

nae: a marca de sapatos portuguesa com filosofia vegan ecológica (com FOTOS)

 

A portuguesa Paula e Alejandro Pérez conheceram-se em Portugal, quando o jovem espanhol veio estudar para Portugal. Casaram-se e, sem qualquer ligação à indústria do calçado, acabaram por fundar a marca nae em 2008, como teste à sua veia de empreendedores.

“A nae é uma marca de sapatos portuguesa nascida em 2008, com uma filosofia vegan e ecológica. Ou seja, os nossos sapatos são fabricados a partir de materiais ecológicos, amigos do ambiente e, claro, sem recorrer a materiais de origem animal”, explicou ao Green Savers Paula Pérez.

Até 2008, a maior ligação dos fundadores da nae aos valores da marca baseava-se no facto de Paula ser vegan e não usar peles. A sua experiência permitiu perceber que existia uma lacuna no mercado. “Não existia nenhuma marca que não utilizasse pele e oferecesse peças com design e qualidade”, recorda Paula.

A nae utiliza sobretudo borracha natural, cortiça, linho e algodão orgânico, para além de microfibras biodegradáveis. Na verdade, e apesar do nicho que os sapatos vegan representam, desde 2008 que a marca aumenta o número de sapatos vendidos. Em 2012, a nae vendeu cerca de 3.500 pares – a facturação foi de €250 mil –, sendo que a expectativa para 2013 é ultrapassar este número.

Presente em nove países – Austrália, Áustria, Canadá, Alemanha, Itália, Holanda, Suécia, Reino Unido e Estados Unidos – a nae está ainda em cinco lojas multimarca em Portugal: duas em Coimbra, em Castelo Branco, Funchal e Batalha.

“Queremos apostar, por um lado, na contínua expansão do mercado internacional, marcando [também] uma maior presença no mercado europeu, onde há mais potencial. Por outro lado, gostaríamos de aumentar a presença nas lojas multimarcas nacionais”, explica Paula.

Acompanhe a nae no Facebook.

Com três pessoas a trabalhar a tempo inteiro, a marca sub-contrata para as áreas de design, transporte, logística e marketing. É nesta última área, aliás, que está um dos grandes desafios da marca: tentar mostrar aos consumidores que existe uma alternativa ao calçado e à indústria convencional, que ainda utiliza produtos de origem animal.

“Queremos responder a uma franja de mercado cada vez mais significativa, que se mostra preocupada com as questões ambientais. A alternativa passa por utilizar outros produtos, mais amigos do ambiente mas que mantenham a qualidade e design  dos modelos”, conclui a responsável.

 

in: Green Savers

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