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Novamente Geografando

Este blog recolhe e organiza informação relacionada com Geografia... e pode ajudar alunos que às vezes andam por aí "desesperados"!

Novamente Geografando

Este blog recolhe e organiza informação relacionada com Geografia... e pode ajudar alunos que às vezes andam por aí "desesperados"!

Um jovem designer desenvolveu um sistema de saídas de emergência iluminadas para as redes de pesca e permitir que os peixes menos desenvolvidos possam escapar, evitando o problema do desperdício na actividade.

 

Um designer britânico venceu o prestigiado prémio internacional por ter criado uma rede que permite uma pescarias sustentável, prevenindo que os peixes mais pequenos fiquem retidos nas redes. Dan Watson desenvolveu um sistema baseado numa série de anéis de escape, adaptados às redes de pesca. Estas redes podem ser uma resposta ao problema controverso de desperdício da actividade piscatória, que captura colateralmente os peixes mais pequenos que são deitados fora e que reduz o desenvolvimento das reservas de peixe.

O recém graduado do The Royal College of Art irá receber o prémio James Dyson que reconhece e premeia designs imaginativos que solucionam problemas globais. 

Os anéis de escape permitem construir redes seguras, tendo sido desenvolvido com base no comportamento de escape e na fisiologia dos peixes. Os peixes pequenos e médios em situações de stress nadam para cima, enquanto os peixes grandes nada para baixo. A rede foi desenhada para que os peixes mais desenvolvidos sejam capturados enquanto os mais pequenos têm saídas de emergência iluminadas.

 

Fonte: Guardian

Tente colocar mentalmente todas as suas coisas alinhadas. Alguns podem reunir apenas alguns potes e cobertores, enquanto outros provavelmente não conseguiriam colocar tudo o que possuem num estádio. 

 

O fotógrafo chinês Huang Qingjun explora este tema na sua série de fotos chamada "Jiadang", ou "Coisas de Família".

Durante os últimos 10 anos, Huang tem viajado por comunidades rurais da China e capturado imagens de famílias com seus pertences domésticos cuidadosamente dispostos ao ar livre, geralmente em frente de suas casas. Com este projeto, Huang procura retratar a vida de pessoas que vivem em áreas rurais remotas, longe de grandes cidades onde a riqueza é o fator social mais importante. Suas fotos mostram a simplicidade das necessidades básicas das pessoas: a maioria deles tem algumas cadeiras, gavetas, baldes e vasos. No entanto, também podemos ver o impacto da modernização, pois quase todas as famílias são proprietárias de uma televisão por satélite, um DVD ou um telefone.

Como o fotógrafo diz: "a maioria das pessoas pensou que o que eu estava propondo não era normal. Quando eu expliquei que eu queria tirar uma foto, que envolveria levar tudo para fora de sua casa e arrumá-lo lá fora, tive que dar um monte de explicações. Mas quase todos eles, quando perceberam o que eu estava tentando fazer, entenderam o ponto de vista."

Agora Huang Qingjun está a considerar uma nova abordagem em que apresenta retratos de classes mais altas da China.

 

Website:  huangqingjun.com

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Em apenas quatro décadas, a pesca de arrasto modificou radicalmente o fundo dos oceanos. Esta é a conclusão de um estudo publicado na revista Nature, realizado por investigadores da Universidade de Barcelona.

Uma equipa de investigadores do Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC) da Universidade de Barcelona analisou os efeitos da pesca de arrasto no fundo marinho, no talude continental superior entre 200 a 900 metros. Os resultados demonstram que o arrasto alterou a dinâmica natural dos sedimentos e simplificou a morfologia subaquática original.

Este estudo foi realizado no nordeste da costa da Catalunha, no desfiladeiro submarino de La Fonera, também denominado de Palamos. A equipa utilizou vários equipamentos oceanográficos para medir a suspensão de sedimentos marinhos, causada pelo efeito de arar exercido pelo arrasto.

Os investigadores descobriram que as principais alterações ocorrem em áreas submarinas da atividade da frota de arrasto. As áreas não frequentadas por esta frota mantêm o seu relevo natural, mais irregular.

O arrasto de redes no fundo marinho levanta as finas partículas que formam o sedimento superficial. “Os sedimentos tendem a ficar em suspensão (…) e a mudar para áreas mais profundas, contribuindo para a erosão e remodelação da grande inclinação”, explica Pere Puig pesquisador do CSIC, que trabalha no Instituto de Ciências Marinhas de Barcelona.

Miquel Canals, professor de Geologia Marinha da Universidade de Barcelona, explicou que o arrasto converte ateua as diferenças de relevo dos fundos marinhos, o que é acompanhado de uma redução da rugosidade de fundo", explica Miquel Canals, professor de Geologia Marinha da Universidade de Barcelona.

As consequências deste método pesqueiro são diversas. Enquanto nalguns lugares do mundo, arrasam espécies, como corais de águas frias, “nos fundos sedimentares, algumas espécies comerciais, pelo menos nas nossas águas, não parecem ser afetadas de forma crítica”, referiu Joan Empresa Batista, investigador do Instituto de Ciências do Mar de Barcelona.

 

Para aceder ao resumo do artigo clique aqui.

 

Fonte: www.elmundo.es

 

in: Naturlink

Vão ser distribuídos gratuitamente manuais de boas práticas para evitar a captura acidental de aves e mamíferos marinhos aos pescadores de pesca local e costeira a operar em Portugal Continental. Estes manuais foram produzidos pela equipa do projeto MarPro que envolve diversas instituições nacionais.

Os pescadores que desenvolvem a sua atividade nas águas costeiras de Portugal Continental podem agora contribuir voluntariamente para a redução das capturas acidentais de aves e mamíferos marinhos. Portugal dá, assim, novos passos para a redução das capturas acidentais de aves e mamíferos marinhos com a produção dos primeiros manuais de boas práticas para artes de pesca a operar em águas lusas. Pequenas alterações podem reduzir substancialmente a captura acidental de espécies em perigo, como é o caso da pardela-balear e do bôto.

Os Manuais de Boas Práticas para evitar a captura acidental de aves e mamíferos marinhos vão ser distribuídos gratuitamente a todos os pescadores de pesca local e costeira a operar em Portugal Continental. Os manuais para Cerco, Palangre de fundo, arte de Xávega, Arrasto têm como objetivo incentivar os pescadores a adotarem um conjunto de medidas no sentido de aproximar cada vez mais a pesca nacional de uma atividade sustentável.

Golfinhos, baleias, focas, aves e tartarugas marinhas são espécies não-alvo da pesca, por vezes capturadas acidentalmente e devolvidas ao oceano, mortas ou feridas. Esta captura acidental é um problema global que resulta em desperdício de tempo e dinheiro para as frotas de pesca. Por outro lado é também uma ameaça para a sustentabilidade do ambiente marinho podendo contribuir para odeclínio de algumas espécies, facto que se torna de extrema preocupação quando se tratam de espécies em perigo de extinção.

A captura acidental de aves e mamíferos marinhos em artes de pesca é um  problema real e bem documentado. Em Portugal, e no âmbito do projeto MarPro, co-financiado ao abrigo do programa LIFE+ da União Europeia, investigadores e técnicos especializados estão a testar novas soluções que permitam reduzir o número de capturas acidentais. A compilação e seleção de diversas medidas, de comprovada eficácia noutros locais do mundo, foram adaptadas à realidade portuguesa e estão distribuídas por 5 Manuais de Boas Práticas que poderão ser utilizados pelos pescadores que operam na costa nacional.

O setor da pesca é um elemento chave na diminuição das capturas acidentais de espécies ameaçadas, sendo determinante a cooperação entre organizações de pescadores, investigadores, entidades públicas e não governamentais para a conservação da natureza. Os presentes manuais não são uma imposição legal, visto que soluções aplicadas voluntariamente pelos pescadores têm tendência a perdurar no tempo, produzindo melhores resultados.

Catarina Eira, coordenadora do projecto MarPro refere que “reduzindo as interações entre as pescas, golfinhos e aves marinhas, evitam-se também as perturbações para a própria pesca, seja por danos nas artes de pesca e no pescado capturado, seja pelo tempo acrescido em manobras para libertar os animais presos na rede”. Acrescentando ainda que “para garantir a sua
sustentabilidade, a pesca deve cumprir práticas que evitem a morte acidental de cetáceos e aves marinhas”.

“A implementação dos manuais de boas práticas está em total consonância com a gestão integrada e participada das pescarias, princípios consagrados na nova Política Comum de Pescas e também orientadores da Estratégia Nacional para o Mar” salienta Alexandra Silva, da equipa do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) um dos parceiros no MarPro. “Para manter o equilíbrio é fundamental ter em conta não apenas os recursos alvo da pesca, mas os ecossistemas marinhos no qual se integram; os pescadores têm capacidade de influenciar este equilíbrio e são também os principais interessados em mantê-lo”.

“A Europa é uma das regiões que necessita uma ação urgente” afirma Iván Ramírez, Coordenador do Programa Marinho da Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA). “Apesar de termos factos que confirmam a captura acidental de milhares de aves marinhas todos os anos, tem sido extremamente difícil ter apoio directo da União Europeia e da maioria dos Estados Membros
para ter uma ação eficaz que permita a mitigação da captura acidental de aves marinhas no terreno. Não podemos esperar mais tempo, e esperamos que este importante passo dado em Portugal, contagie os restantes Estados Membros.” 


in: Naturlink

Cratera gigante de gás arde há mais de 40 anos no Turquemenistão (com FOTOS)

 

Na localidade de Derweze, no Turquemenistão, existe uma cratera gigante de gás que arde desde 1971 e continua a intrigar os cientistas.

A cratera, com cerca de 70 metros de diâmetro, foi originalmente um local plano. Porém, em 1971, aquele local foi identificado por um grupo de cientistas soviéticos como uma reserva de petróleo. Um acampamento e uma sonda de perfuração foram então montados perto do local identificado.

Porém, as primeiras prospecções não correram bem e solo por debaixo de uma das sondas abateu-se, criando uma cratera gigante, que segundo os cientistas estava a libertar grandes quantidades de metano, um perigo potencial para os habitantes de Derweze. Os cientistas decidiram então que a maneira mais eficiente para resolver o problema seria queimar o metano, acreditando que a combustão deveria durar apenas alguns dias.

No entanto, mais de quatro décadas depois, a cratera ainda arde e atrai milhares de turistas por ano. Os habitantes de Derweze chamaram-lhe “Porta para o inferno. Os cientistas não conseguem prever até quanto é que a cratera vai continuar a arder, uma vez que não se sabe a quantidade de gás que ainda existe no subsolo.

O deserto de Karakum, onde Derweze fica localizada, tem uma das maiores reservas de gás do planeta e o Turquemenistão espera que a taxa de exportação de gás aumente em cerca de 75 milhões de metros cúbicos durante os próximos 20 anos.

A Alemanha bateu, em julho, o recorde de produção mensal de eletricidade a partir de energia solar. No total, foram produzidos 5,1 TWh, o que corresponde a mais de seis vezes a produção solar térmica e solar fotovoltaica dos EUA em maio, anuncia o sítio Web Clean Technica, com base nos dados da EEX Transparency Platform.

Apesar de os EUA registarem níveis de irradiância solar bastante mais elevados – entre 175-200W/m2 (com exceção do Alasca), por oposição aos menos de 175W/m2 alemães - os EUA apenas produziram 0,764TWh de energia elétrica no  último mês de maio, o mês mais recente para o qual existe informação.

Por outro lado, as últimas Estatísticas Rápidas sobre o aproveitamento das renováveis em Portugal disponibilizadas pela Direcção Geral de Energia e Geologia apontam para uma produção de 0,380 TWh de eletricidade a partir da energia solar em maio de 2013 no território nacional.

Este valor corresponde a uma subida de 5% (0,02 TWh) relativamente ao ano passado. No caso alemão, o incremento na geração de eletricidade usando a energia do sol relativamente a 2012 foi de 42% em julho, refere o Clean Technica.

O sítio Web sobre tecnologias verdes revela ainda que a Alemanha, com uma potência solar instalada de 400 MW per capita, é líder mundial no setor, com a maior parte da eletricidade solar a ser produzida pelos painéis fotovoltaicos domésticos ou instalados nos telhados de pequenas empresas. Em Portugal, a microgeração foi responsável por 39% da energia elétrica produzida a partir da energia solar em maio último, quando potência solar instalada atingiu os 226,6 MW.

Fontescleantechnica.comwww.dgeg.pt e www.treehugger.com

 

in: Naturlink

No mês passado mês foi inaugurada em Londres a maior parede viva da cidade, um extenso jardim vertical que foi concebido para melhorar o ambiente da movimentada capital do Reino Unido através da captura de poluentes e da redução do risco local de inundações, para além de alegrar a paisagem com as cores vibrantes das suas folhas e flores.

A parede de 21 metros de altura é constituída por 16 toneladas de solo que sustêm 10.00 fetos e plantas herbáceas. Foi erguida na lateral do hotel “The Rubens at the Palace“, localizado no bairro de Victoria defronte do palácio de Buckingham, residência oficial da família real britânica na capital do Reino Unido.

A densa vegetação do vasto jardim vertical vai favorecer a qualidade do ar na zona através da captura de poluentes microscópicos como as PM10 que, em quantidades elevadas, provocam problemas respiratórios.

“A parede ajudará a melhorar a saúde respiratória das pessoas que vivem em Victoria e que a visitam ao absorver poluentes, uma importante propriedade da parede, dada a acumulação de dados demonstrando o quão prejudiciais para a saúde humana podem ser as partículas”, afirma Armando Raish, da Treebox, empresa responsável pela instalação do jardim.

Por outro lado, a “The Rubens at the Palace Green Wall” foi concebida para aproveitar a água da chuva que se acumula no telhado do edifico, diminuindo o risco de inundações, que constituem um problema no bairro. Com efeito, a água é encaminhada para dois tanques de armazenamento com uma capacidade de 10.000 litros, sendo depois canalizada através da parede de forma a regar a vegetação.


Por fim, as numerosas plantas com período de floração em diferentes estações do ano, darão um rico colorido à estrutura verde que, para além de ser agradável esteticamente, atrairá animais como aves, borboletas e abelhas.  

“Como resultado da variedade de plantas usadas na sua construção, esperamos que a parede viva do Rubens at the Palace aumente significativamente o número e diversidade de insetos nesta parte de Victoria, ajudando a promover a biodiversidade e devolvendo a natureza a este ambiente urbano”, refere Armando Raish. 

A ideia de construir o impressionante jardim vertical surgiu após um estudo Victoria Business Improvemente District (Victoria BID), uma organização formada por empresas localizadas no bairro, ter identificado a área como local ideal para a criação de um novo espaço verde, é explicado no respetivo website.

Ruth Duston, diretora da Victoria BID, justifica a pertinência da iniciativa com o objetivo de atingir a sustentabilidade da área: “Embora as infraestruturas verdes melhorem inevitavelmente a estética da área, também têm um impacto positivo considerável na sua sustentabilidade a longo prazo”.

 


 

Assista a um vídeo da "edificação" da "The Rubens at the Palace Living Wall" 

Fonteswww.victoriabid.co.uk e www.treehugger.com

 

in: Naturlink

As oito soluções para reduzir a fome no mundo até 2050

 

Um estudo elaborado pelo Instituto de Recursos NaturaisPrograma de Desenvolvimento das Nações UnidasPrograma Ambiental das Nações Unidas (UNEP, na sigla inglesa) e o Banco Mundial revela que o mundo vai precisar, em 2050, de mais 70% de alimentos que os produzidos hoje, de maneira a satisfazer as necessidades de alimentação de uma população mundial que atingirá os 9,6 mil milhões de habitantes.

Além de indicar a crescente necessidade de alimentação, o World Resources Report: Creating a Sustainable Food Future, que foi apresentado na 3ª Conferência para a Agricultura, Alimentação, Segurança de Nutrição e Alterações Climáticas em Joanesburgo, revela que é possível suprir as necessidades alimentares da população e criar, ao mesmo tempo, um ambiente mais saudável através de melhorias na forma de produção e consumo da comida.

“O desperdício de mais de 1,3 mil milhões de toneladas de comida todos os anos, que equivale a cerca de um bilião de dólares (€736 mil milhões), está a gerar grandes perdas económicas para o mundo, ao passo que aumenta a pressão sobre os recursos naturais necessários para alimentar o planeta”, afirma o director-executivo do UNEP, Achim Steiner.

Neste sentido, o relatório indica várias medidas para a redução da fome até 2050, que se destacam em dois grandes grupos: redução do consumo excessivo e a melhoria da produção dos alimentos.

No que concerne à redução do consumo excessivo, caso se reduzisse até 2050 o desperdício de alimentos para metade conseguir-se-ia diminuir em 20% as necessidades de alimentação (1ª solução). A mudança de dieta também poderia ajudar a suprimir as necessidades alimentares (2ª), nomeadamente através da redução do consumo de produtos de origem animal, que pouparia milhares de hectares de floresta, que de outra maneira serão abatidas para o cultivo de plantações. Alcançar um outro nível de reposição da fertilidade (3ª) pode também ajudar a suprimir a fome. Implementar políticas de controlo de natalidade e de educação sexual (4ª) ajudaria a colmatar a necessidade de alimento em cerca de 25% na região da África Subsariana.

Em relação às práticas agrícolas que podem ser melhoradas, o documento destaca a melhoria da gestão da água (5ª) e do solo (6ª), o aperfeiçoamento da produtividade das terras de pastagens (7ª), o uso de terras degradadas, potencializar os agricultores menos rentáveis e evitar deslocações de terrenos agrícolas para locais diferentes (8ª).

“Desde a redução do desperdício de comida à melhoria das práticas agrícolas, alimentar uma população em crescimento requer acções em várias frentes de forma simultânea”, considera o director para a agricultura e serviços ambientais do Banco Mundial, Juergen Voegele.

 

Foto:  fred_v / Creative Commons

Químicos canadianos identificaram um novo gás com efeito de estufa que é sete mil vezes mais potente que o CO2, é comunicado na revista Geophysical Research Letters. A perfluorotributilamina é um composto químico criado para utilização na indústria e que não está regulamentado. Por existir em baixas concentrações na atmosfera não é, para já, um problema mas constitui um alerta para um tipo de químicos industriais cujo impacto no clima desconhecemos e cuja emissão não está a ser controlada.

A perfluorotributilamina, ou PFTBA, é um composto que pertence à classe das perfluoroalquiloaminas e que tem vindo a ser utilizado desde meados do século XX na produção de transístores, por exemplo, informa o jornal britânico The Guardian.

Angela Hong (University of Toronto) e os colegas determinaram a sua concentração atmosférica em Toronto e mediram o seu impacto no clima como gás com efeito de estufa, que se desconhecia.

Os resultados revelaram uma muito baixa concentração atmosférica de PFTBA quando comparada com a de CO2, mais precisamente 0.00018 ppm versus 400 ppm. No entanto, a capacidade do PFTBA aquecer a Terra num período de 100 anos é 7100 vezes superior à do CO2.

Por outro lado, verificou-se que o PFTBA persiste na atmosfera durante 500 anos e não existem mecanismos naturais de absorção como acontece no caso do dióxido de carbono.

“Isto é um aviso para nós de que este gás pode ter um impacto muito grande nas alterações climáticas – se existisse em grandes quantidades, refere Drew Schindell (Goddard Institute for Space Studies), que não participou no estudo. “Como não existe em grandes quantidades agora, não temos de nos preocupar com ele no presente, mas temos de ter a certeza de que não aumenta de forma a contribuir em grande para o aquecimento global".

Por seu lado, Angela Hong afirma: “Individualmente, numa perspetiva climática, a concentração atmosférica de PFTBA não altera de forma significativa o fenómeno das alterações climáticas”. O importante, no entanto, é que “individualmente, cada molécula é potencialmente capaz de afetar o clima, e como tem um período de vida tão longo, apresenta um efeito de longa duração”.

Angela Hong refere que o PFTBA é “toque de despertar” para a necessidade de saber mais sobre os impactos no clima dos químicos usados industrialmente e da sua regulamentação.

“O PFTBA é apenas um exemplo de um químico industrial que é produzido sem que exista legislação de controlo da produção, uso ou emissão”, refere a investigadora que assina o artigo em primeiro lugar. “Não está a ser regulado por nenhum tipo de política climática”.

Aceder ao resumo do artigo científico Perfluorotributylamina: A novel long-lived-greenhouse gas”

Fontes: http://www.guardian.co.uk e http://onlinelibrary.wiley.com

O local mais frio do planeta

 

O local mais frio do planeta situa-se no planalto leste da Antárctida, num cume elevado, onde as temperaturas podem descer até menos 92ºC em várias grutas durante uma noite limpa de inverno.

Os cientistas do National Snow and Ice Data Center fizeram a descoberta enquanto analisavam detalhados mapas da superfície terrestre, que foram elaborados com dados a partir de sensores remotos de satélites, incluindo o sensor MODIS, alocado no satélite Aqua da NASA, e o TIRS, colocado no Landsat 8, um projecto conjunto da NASA e do US Geologial Survey.

Os investigadores analisaram 32 anos de dados provenientes dos diferentes satélites que monitorizam a temperatura da superfície da Antárctida, refere o Live Leak. Este cume fica localizado entre o Monte Arugs e o Monte Fuji. A temperatura mais baixa foi registada em Agosto de 2010, quando os sensores dos satélites registaram temperaturas de menos 93,2 graus Celsius.

Este novo valor é mais baixo vários graus que a antiga temperatura mais baixa registada, de cerca de menos 89,2 graus Celsius. Este valor havia sido registado em 1983 na Estação Russa de Investigação de Vostok, no este da Antárctida.

Embora estes tenham sido as temperaturas mais baixas do planeta registadas pelos sensores dos satélites, os locais permanentemente habitados com as temperaturas mais baixas registadas ficam localizadas no noroeste da Sibéria, onde os valores desceram até cerca de menos 67,8 graus Celsius nas cidades de Verkhoyansk, em 1892, e em Oimekon, em 1933.

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