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Novamente Geografando

Este blog recolhe e organiza informação relacionada com Geografia... e pode ajudar alunos que às vezes andam por aí "desesperados"!

Novamente Geografando

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Grande Porto: quem reciclar vai ter descontos em bens e serviços

 

Lipor, empresa que gere a recolha e reciclagem de lixo em oito concelhos do Grande Porto, vai premiar os utilizadores dos ecocentros da Formiga (Ermesinde) e Cal (Gondomar) com um cartão que troca o depósito de resíduos por pontos que dão direito a descontos em bens e serviços.

Segundo o jornal Público, o projecto chama-se Ecoshop e será alargado às empresas que utilizam a Linha Ecofone para recolha, ao domicílio, de material para reciclagem.

Este projecto-piloto tem como parceira a Sociedade Ponto Verde e poderá, inclusive, incluir descontos em combustíveis. No entanto, e de acordo com o gestor da iniciativa, Emanuel Monteiro, as parcerias comerciais ainda não estão fechadas.

O cartão vai começar a ser entregue ainda este mês e funciona de forma simples: quem depositar três quilos de papel num ecocentro terá oito pontos no cartão, por exemplo. O valor de cada depósito está especificado no regulamento, aqui. No documento está também especificado o tipo de material que pode ser depositado: baterias, embalagens contaminadas, entulho, esferovite, lâmpadas, madeira, óleos alimentares e minerais, papel e cartão, pilhas, plásticos, roupa, resíduos de equipamentos eléctricos, sucatas, tinteiros e toners, vidro e restos de verdes.

Em troca dos pontos, várias empresas aceitaram dar benefícios aos melhores recicladores. Há quatro categorias, de acordo com consciência ambiental: até 250, 500, mil e acima de 5.000 pontos. Os melhores recicladores podem ganhar um tablet ou smartphone.

De acordo com Emanuel Monteiro, estas parcerias podem incluir a área do retalho e serviços, como oficinas de reparação automóvel.

Para já, o projecto vai durar um ano. Depois deste período experimental, será avaliada a sua pertinência e continuidade. A ideia para este projecto nasceu de um concurso interno.

 

Foto: Blog Mais Jovem

Novo comboio entre Lisboa e Braga custa menos €7

 

Desde 15 de dezembro de 2013 que existem dez ligações sem transbordos entre Braga e Lisboa. Segundo oMenos Um Carro, o novo comboio vai demorar mais 30 minutos do que o Alfa Pendular entre a cidade do Minho e a capital, mas será €7 mais barato.

O novo horário de Inverno da CP reforça as ligações entre Braga e Lisboa com mais um comboio diário em cada sentido, inaugurando assim um serviço Intercidades entre as duas cidades.

Até agora a cidade estava ligada a Lisboa pelo serviço Alfa Pendular – com quatro comboios em cada sentido – que fazem a viagem em 3 horas e 25 minutos (menos dois minutos no sentido inverso). O Intercidades ligará Santa Apolónia a Braga em 3 horas e 55 minutos, mais meia hora do que o Alfa Pendular, mas servirá, em compensação, mais estações da Linha do Norte.

Além de ser mais barato (€25,80 de Lisboa a Braga em 2.ª classe, contra €32,80 do Alfa), o Intercidades vai permitir que se possa viajar sem transbordos do Minho para Espinho, Pampilhosa, Alfarelos, Pombal, Entroncamento, Santarém e Vila Franca Xira. Até agora, quem quisesse viajar desde estas estações para Braga, Nine ou Famalicão, só o podia fazer com uma mudança de comboio em Campanhã.

Tal como os pendulares, os Intercidades estão também dotados de cafetaria, embora, neste caso, não sirvam refeições ao lugar.

 

Leia mais dados sobre este novo serviço no Menos Um Carro.

 

Foto: Ermesinde,  Jorge Lopes (jsepol) / Creative Commons

Londres tem o estacionamento mais caro do mundo (com LISTA)

 

A cidade de Londres é a mais cara do mundo no que toca a estacionar o carro, de acordo com um estudo do site parkatmyhouse.com. Assim, estacionar em Londres custa, em média, €50 por dia (R$ 150).

Segundo o site, há locais de Londres que cobram até €90 (R$ 285) pelo estacionamento diário, bem mais que cidades como Nova Iorque, Sydney ou Tóquio. Recorde ainda que, para entrarem em Londres, os motoristas têm ainda de pagar uma taxa de congestionamento diária de €11,8 (R$ 37,9).

Estes valores não se repetem nas outras grandes cidades britânicas. Em Birmingham, a média diária de estacionamento é de €11,8 (R$ 37,9) e em Manchester é de €14,2 (R$ 45,4).

Os dados – comerciais e residenciais – afirmam ainda que a capital inglesa tem ainda o lugar de estacionamento mais caro do mundo: um lugar num parque privado em Mayfair foi vendido €350 mil (R$ 1,1 milhões) em Agosto passado.

“Os preços em Londres são de loucos. Não admira que Boris [Johnson, mayor de Londres) deixe o carro em casa”, explicou Anthony Eskinazi, fundador do site.

A cidade tem também os preços de táxi e transportes públicos mais caros do mundo, de acordo com dados da BBC.

 

Veja a lista das cidades mais caras para estacionar – e os respectivos valores médios por dia.

 

1.Londres – €50 (R$ 150)

2.Tóquio – €45 (R$ 144)

3.Estocolmo – €38 (R$ 121)

4.Zurique – €36 (R$ 117)

5.Sydney – €34,3 (R$ 110)

6.Nova Iorque – €33 (R$ 106)

7.Paris – €30,8 (R$ 98,5)

8.Hong Kong – €29,6 (R$ 94,7)

9.Hamburgo – €22,5 (R$ 72)

10.Bruxelas – €19 (R$ 60)

 

 

Foto:  Matt From London / Creative Commons

 

Portugal pode perder quase metade da população e ficar reduzido a pouco mais de 6 milhões de habitantes. Isto, se nada mudar nas próximas décadas.

A manter-se a atual taxa da natalidade e da imigração, o INE estima que o país chegue a 2060 com 6 milhões e 300 mil habitantes, pouco mais de metade da atual população.

Em causa está ainda a inversão da pirâmide etária. Com o envelhecimento da população, o aumento da esperança de vida, contra a queda nos nascimentos e a imigração crescente dos jovens e da população ativa sem ser compensada pla entrada de estrangeiros no país.

Uma conjuntura que pode custar quase 4 milhões de pessoas ao país e pôr em causa a sustentabilidade do sistema de segurança social. Isto se se confirmarem os piores receios.. Portugal passaria a ter, já daqui a 50 anos, apenas 1 ativo por casa idoso, menos de metade da atual situação.

 

in: http://sicnoticias.sapo.pt/

São Francisco vai proibir água engarrafada

 

Em São Francisco, nos Estados Unidos, a luta contra o plástico está mais forte que nunca. A mais recente acção da cidade para se livrar deste resíduo é a proibição de água engarrafada – em plástico – na cidade.

A proposta prevê uma proibição gradual da venda de garrafas de plástico – a partir dos 600 gramas e pesos inferiores – em toda a cidade. David Chiu, presidente do conselho de supervisores da cidade, explicou que São Francisco tem uma das melhores águas de torneira dos Estados Unidos, pelo que não faz sentido vender-se água engarrafada.

Numa primeira fase, as vendas de água engarrafada serão proibidas em concertos, grandes eventos, parques e roulottes de comida – são mais de 100 locais. Até 2016, a proibição vi alargar-se a toda a cidade.

“Temos acesso a água da reserva de Hetch Hetchy (do parque natural de Yosemite), uma das melhores do país. Não faz sentido termos garrafas de plástico”, explicou Chiu.

A cidade compromete-se também a fazer chegar água limpa a todos os pontos da cidade, como alternativa à água engarrafada.

Desde 2007 que São Francisco proíbe a utilização de dinheiros públicos para comprar água engarrafada, uma iniciativa que levou à poupança de €363 mil (R$ 1,1 milhões). Segundo o Business Insider, a produção de água engarrafada utiliza 17 milhões de barris de petróleo por ano. Curiosamente, a quantidade de água necessária para fazer a embalagem é a mesma que é colocada dentro desta.

Concord, no Massachussets, foi a primeira cidade norte-americana a proibir a venda de garrafas de plástico, em Janeiro. Mas Concord tem 18 mil habitantes, São Francisco tem 4,3 milhões.

 

Foto:  Muffet / Creative Commons

Barómetro da União Europeia destaca a consciência ambiental dos portugueses, mas também o seu desconhecimento e falta de atuação face à perda de biodiversidade.

O relatório intitulado “Eurobarómetro” publicado pela Comissão Europeia em novembro de 2013, reflete a “atitude face à biodiversidade” dos europeus, através de inquéritos a uma amostra representativa da população. Os dados em relação a Portugal sugerem algumas tendências, que tanto têm de curiosidade, como de importância, de onde se destaca a elevada consciência ambiental dos portugueses, mas também a sua desinformação em relação ao tema. 

O relatório realça novamente que a perda de biodiversidade na União Europeia e a nível global tem acelerado nos últimos anos. Cerca de uma em cada quatro espécies encontram-se ameaçadas na UE, e de acordo com a Comissão Europeia, são atualmente alvo de sobrepesca 39% das populações de peixes analisadas no Atlântico, e 88% no Mediterrâneo. Face a este problema, a UE adotou em maio de 2011 uma ambiciosa estratégia para travar a perda de biodiversidade e dos serviços dos ecossistemas no espaço comunitário até 2020.

Incidindo mais concretamente sobre os resultados do “Eurobarómetro”, verifica-se que 43% dos portugueses sabe o significado do termo “biodiversidade” (uma abreviatura para “diversidade biológica”), 38% já ouviu falar mas não sabe o que é, e 19% nunca ouviu falar. Na mesma linha, 39% sentem-se “informados” em relação à perda de biodiversidade, enquanto que e 60% se sentem “não informados”, e 91% revelam interesse em estar melhor informados sobre o tema. 

Os portugueses são o povo europeu que mais importância coloca na “poluição do ar e da água”, “desastres de origem humana” (93%) e “destruição de habitat” (68%) como sendo causas muito relevantes para a perda de biodiversidade. A perda das florestas nativas surge como o problema que os portugueses consideram mais grave em relação ao tema (81% considera este problema muito grave). Isto, relembrando que estamos num contexto em que a recente proposta de alteração da legislação sobre Arborização e Rearborização, abre a porta à liberalização das plantações de eucalipto, e com a nova "Lei das Sementes" em vias de ser aprovada pelo Parlamento Europeu, a proibir a troca de sementes e tornando ilegal a comercialização de espécies autóctones. 

Ainda em relação aos resultados, a consciência ambiental dos portugueses surge novamente em primeiro lugar com 78% dos inquiridos a considerarem que a perda de biodiversidade é um problema grave a nível mundial. No entanto, este número cai para 62% quando se fala à escala europeia, e apenas 55% dos portugueses considera a perda de biodiversidade como um problema sério em Portugal. De referir que em 2010 este valor era de 72%, o que demonstra um acentuado decréscimo da importância que os portugueses dão à perda da biodiversidade no país. Em contraste, Portugal volta a estar em primeiro lugar quando 41% dos inquiridos afirmam já estar a ser afetados pelo problema. 

A verdade é que nem só nas florestas tropicais longínquas a perda de biodiversidade é um problema. Segundo a BirdLife International, 40% das espécies de aves mais comuns na Europa regrediram a nível populacional nos últimos 30 anos, com ênfase para as aves mais dependentes de zonas agrícolas. Em Portugal destacam-se os casos da rola-brava, do picanço-barreteiro, e do picanço-real, casos comprovados a partir dos programas de monitorização realizados pela SPEA. Também no mar existem problemas, sendo as aves marinhas o grupo de aves em declínio mais acentuado a nível mundial, afetado por ameaças como a introdução de espécies invasoras nas colónias de nidificação e capturas acidentais nas artes de pesca. Lembramos que as águas portuguesas são cruciais para espécies de aves em vias de extinção como a pardela-balear, ou as endémicas freira-da-madeira, freira-do-bugio e painho-de-monteiro, que vivem exclusivamente nas águas das nossas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira. 

Em relação às áreas protegidas, apenas 14% dos portugueses sabe o que é a “Rede Natura 2000” (a rede ecológica para o espaço comunitário resultante da aplicação das Diretivas Aves e Habitats), 25% desconhece o seu significado mas está familiarizado com o termo, e 60% nunca ouviu falar. Novamente com tendência para o topo da tabela, os portugueses são o povo que considera mais importante que nas áreas protegidas se promova o ecoturismo (71%), e os usos sustentáveis da área (90%). 

Numa nova demonstração de consciência ambiental, 92% dos portugueses (novamente em primeiro lugar) consideram que é uma obrigação moral parar a perda de biodiversidade. E mesmo no atual contexto socioeconómico, apenas 10% dos portugueses defende que os impactos negativos do desenvolvimento económico nas áreas protegidas são “aceitáveis” pois o desenvolvimento está sempre acima da conservação da Natureza. 

Mas quando as questões estão relacionadas com o quotidiano, o cenário muda. Um pouco abaixo da média europeia (38%), apenas 34% dos portugueses admite que se esforça para travar a perda de biodiversidade. Em 2010, há apenas 3 anos, este valor era de 43%, o que reflete um aumento no relaxamento das metas ambientais a atingir pelo cidadão português para o seu dia-a-dia. 

A SPEA apela a que, mesmo num contexto socioeconómico adverso, os cidadãos continuem a realizar pequenos gestos simbólicos para o bem do planeta que pouco exigem de esforço, como reciclar e reduzir, dar preferência a produtos locais e/ou que respeitem boas praticas ambientais, participar em debates públicos pela sustentabilidade das decisões políticas, e a um maior contacto com a Natureza que nos rodeia, e que ainda é a nossa maior riqueza.

 

Os fundos oceânicos das plataformas continentais ao largo da Austrália, China, América do Norte e África do Sul escondem enormes reservas de água de baixa salinidade, revela um estudo publicado na revista Nature, neste mês de dezembro.

Segundo a equipa liderada por Vincent Post (National Centre for Groundwater Research and Training, Flinders University, Austrália), existem 500 mil quilómetros cúbicos de água doce e salobra em aquíferos preservados em vários locais sob os oceanos.

“O volume desta reserva de água é cem vezes maior que a quantidade que extraímos da sub-superfície da Terra no século passado, desde 1900”, afirmou o investigador australiano ao Gizmag.

Num cenário futuro de cada vez maior escassez de água potável, os investigadores consideram estas reservas podem, potencialmente, vir a ser exploradas para a produção de água de beber, o que justifica que sejam alvo de mais estudos.

Com efeito, o Gizmag, refere que apesar dos elevados custos associados à perfuração dos fundos marinhos para acesso a estas massas de água, em termos energéticos é mais vantajoso explorá-las para produção de água potável do dessalinizar a água do mar, como se faz atualmente.

No entanto, para que tal possa acontecer é imprescindível que estes aquíferos não sejam contaminados pelas atividades de extração de petróleo e de armazenamento de dióxido de carbono (no  contexto do combate às alterações climáticas).

Aceder ao resumo do artigo científico “Offshore fresh groundwater reserves as a global phenomenon” 


Referência bibliográficas:
Post, VEA et al. 2013.  Offshore fresh groundwater reserves as a global phenomenon. Nature, 504:71-78. doi: 10.1038/nature12858

Fontes: http://www.nature.com e http://www.gizmag.com

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