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Novamente Geografando

Este blog recolhe e organiza informação relacionada com Geografia... e pode ajudar alunos que às vezes andam por aí "desesperados"!

Novamente Geografando

Este blog recolhe e organiza informação relacionada com Geografia... e pode ajudar alunos que às vezes andam por aí "desesperados"!

A discussão sobre a produtividade dos sistemas agrícolas, comparando a agricultura dita convencional com a agricultura biológica, já pouco tem de novo. Os estudos e argumentos que pendem para ambos os lados são muitos, mas mesmo que a agricultura convencional fosse "mais produtiva", a que graves custos isso é feito? 
Este é o assunto do artigo de Cyril Dion publicado há dias no Magazine Kaizen, do qual se apresenta abaixo a tradução de alguns parágrafos (ver também o post "Agroecologia: o futuro da agricultura")


O biológico é realmente menos produtivo do que o convencional?

Imagem obtida no artigo referido

«O argumento está muito bem estabelecido e enraizado nas mentes de todos. Se não mudamos maciçamente para a agricultura biológica na França e em todo o mundo é porque "nós não poderíamos alimentar o mundo."

Nos últimos anos, estudos, contra-estudos, proclamações e desmentidos sucedem-se. A tal ponto que se torna difícil ter uma ideia clara e suster uma posição. Para além de capelas e ideologias, vejamos concretamente o que se passa.
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Assim, num relatório apresentado ao Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas em 8 de março de 2011, Olivier De Schutter, relator especial da ONU para o direito à alimentação , explicou: "As evidências científicas atuais demonstram que métodos os agroecológicos são mais eficazes do que o uso de fertilizantes químicos para estimular a produção alimentar em regiões difíceis onde se concentra a fome. Até ao momento , os projetos agroecológicos em 57 países em desenvolvimento levaram a um aumento no rendimento médio de 80% das colheitas, e com um ganho médio de 116% nos projectos em África. " Isso o leva a concluir que: "A agroecologia pode duplicar a produção de alimentos em regiões inteiras dentro de 10 anos, reduzindo a pobreza rural e contribuindo com soluções para as alterações climáticas." Números que podem surpreender à luz do primeiro estudo citado .
 
Mas Olivier De Schutter está focado em áreas onde frassa a fome (apesar de experiências citadas na França e na Alemanha) e onde o nível de mecanização é bastante reduzido. No mundo inteiro, 28 milhões de agricultores possuem um trator, 25 milhões usam a tração animal e 1250 milhões de agricultores umsam apenas as suas mãos para trabalhar a terra. No entanto, para obter rendimentos tão elevados, a agricultura convencional baseia-se no desempenho tecnológico e energético (combustíveis fósseis maioritariamente), e também agronómicos. A agroecologia, tal como a permacultura, baseiam-se nos serviços prestados pelos ecossistemas, e são muito mais eficazes em contextos onde a mecanização é limitado. E são bem mais pertinentes para lutar contra as alterações climáticas, erosão, poluição da água, dos solos e dos alimentos, e, claro, contra a fome. Num contexto de escassez de petróleo barato, crescimento das dívidas dos agricultores, de fortes constrangimentos ecológicos e de crise económica global, é muito mais realista apostar nestas técnicas, tanto no Norte como no Sul, ao invés de imaginar equipar a totalidade dos agricultores do mundo com tratores, máquinas para a colheita, OGM, fertilizantes e produtos fitofarmacêuticos de todos os tipos ...»
...
 
E depois?
 
Em resumo, a agroecologia e a permacultura já são mais eficientes em pequenas áreas e particularmente relevantes em países pouco mecanizados e onde a segurança alimentar não é garantida. Como agricultura biológica no seu conjunto, elas fornecem uma maior garantia de sustentabilidade e de resiliência a longo prazo. Dadas as limitações que enfrentamos, seria benéfica a difusão destes métodos no nosso país, acompanhada por mudanças estruturais nos circuitos de produção, distribuição e consumo. Poderia perguntar-se por que não fazemos esta mudança de rumo. Talvez porque, como disse Olivier De Schutter "apesar do seu incrível potencial na realização do direito à alimentação, a agroecologia é ainda insuficientemente apoiada por políticas públicas ambiciosas e, portanto, ainda mal ainda ultrapassou a fase experimental". Então, cidadãos, aos jardins!»

Marca britânica cria tendas de campismo coloridas alimentadas a energia solar (com FOTOS)

 

Um antigo apresentador da MTV, Rob Bertucci, criou uma alternativa às tendas de campismo convencionais. O modelo de Bertucci, as Bang Bang Tents, é colorido no exterior e no interior e possui um painel solar integrado que permite carregar equipamentos electrónicos.

A ideia do antigo apresentador surgiu da necessidade que sentia sempre que ia a festivais de verão de encontrar a sua tenda no meio das restantes e de poder carregar o seu telemóvel. As tendas criadas por Bertucci geram electricidade suficiente para alimentar computadores, telemóveis, câmaras e colunas, para permitir aos festivaleiros continuar com a festa noite dentro, refere o Inhabitat.

As Bang Bang Tents foram projectadas num modelo para quatro pessoas e estão disponíveis em seis padrões diferentes. Foram concebidas para possuírem durabilidade e facilidade na montagem e resistem a chuva intensa ou ao calor intenso.

As tendas estão equipadas com um painel solar que pode ser colocado num bolso exterior da tenda. O painel de cinco volts alimenta acumulador de lítio que tem um adaptador USB, que permite carregar dispositivos de baixa voltagem. As tendas estão à venda online, por cerca de €300.

A piscina natural mais perigosa do mundo (com FOTOS)

A piscina natural de Jacob’s Well, em Wimberley, Texas (Estados Unidos) é provavelmente a mais perigosa do mundo. O local é incrivelmente belo e tem atraído milhares de curiosos e mergulhadores ao longo das décadas, mas a sua perigosidade já provocou oito mortes nos últimos anos.

“A água é limpa e os rapazes que vê na foto estão apenas um metro debaixo dela”, explica Carl Griffin, um fotógrafo amador de 56 anos responsável pelas imagens que publicamos nesta notícia.

Segundo Griffin, os mergulhadores adoram explorar o sítio, apesar do risco e das várias tentativas das autoridades em evitar que eles entrem na caverna subaquática.

A boca da nascente tem quatro metros de largura e uma profundidade de aproximadamente dez metros. Depois, ela estende-se e transforma-se numa das maiores grutas subaquáticas do Texas, chegando aos 40 metros de profundidade.

“Para quem não está a mergulhar, esta nascente é muito agradável e pode ser utilizada por todos”, explica Griffin.

 

in: Green Savers

Os 2.300 locais insubstituíveis da vida selvagem (com FOTOS)

Uma equipa internacional de cientistas acabou de concluir uma lista de locais insubstituíveis para a sobrevivência da vida selvagem, um documento que engloba mais de 2.300 habitats únicos e que pode ajudar Governos e ONG a tornar as actuais reservas e parques naturais em lugares mais eficientes.

Na lista, Portugal está representado por cinco locais, todos eles na ilha da Madeira: três ligados à floresta Laurissilva (na foto), o Maciço Montanhoso Central da Ilha da Madeira e o Parque Natural da Madeira.

“As áreas protegidas só podem desempenhar o seu papel na redução da perda da biodiversidade se foram geridas de forma eficiente”, explicou Simon Stuart, presidente da Internacional Union for Conservation os Nature’s Species Survival Comission. “Dadas as limitações dos orçamentos dos conservadores, os Governos deveriam prestar especial atenção à gestão da eficiência das áreas insubstituíveis”.

Na lista, Angola e Moçambique estão representados, cada um, por seis locais, e o Brasil tem 247 locais identificados.

O estudo revela 2.178 áreas protegidas e 192 locais propostos, estando as regiões colocadas por ordem de importância na preservação da vida selvagem. A lista tem ainda 78 “locais extremamente insubstituíveis”, que detêm a maioria da população de cerca de 600 espécies de aves, anfíbios e mamíferos.

 

Veja a lista final do projecto e, abaixo, alguns dos locais mais importantes para a biodiversidade global.

 

1.Parque Nacional de Manú. Peru

2.Refúgio Ildlife do Havai, Estados Unidos

3.Western Ghats, Índia

4.Parque Nacional Khao Sok, Tailândia

5.Parque Nacional e Natural da Sierra Nevada de Santa Marta

6.Reserva de biosfera Sian Ka’an, México

7.Reserva Natural Tsingy de Bemaraha, Madagáscar

8.Alpes Apuanos, Itália

9.Parque National da Gronelândia Nordeste, Dinamarca

10.Parque Nacional Tsavo East, Quénia

 

Foto:  Porto Bay Trade / Creative Commons

Nos últimos 50 anos, a cidade de Londres já aprovou e rejeitou dezenas de planos para alterar as suas ruas e zona central. Muitas deles, que datam desde 1954, propunham a substituição de edifícios históricos por grandes construções de betão, para fins residenciais e comerciais.

Muitos desses planos nunca viram a luz do dia, mas vários artistas britânicos pegaram nesses planos esquecidos e usaram tecnologia digital para criar vistas alternativas da cidade. Esta outra realidade, que poderia ser hoje um pesadelo urbanos, pode ser visitada na exibição daEnglish Heritage.

Muitas destas propostas foram elaboradas entre os anos 50 e 70, quando os edifícios de betão estavam na moda. Felizmente, a maioria dos projectos foram rejeitados – segundo a exposição, porém, há projectos fantásticos que também ficaram para trás.

Segundo os artistas, a zona do Soho poderia ser hoje um conservatório gigante, um edifício com 24 andares e rodeado de canais. Covent Garden, em 1968, esteve perto de se tornar na meca do betão, e a famosa Carnaby Street seria hoje um complexo de campos de ténis.

Outras das ideias levou Sir Leslie Martin, que desenhou o Royal Festival Hall, a propor demolir todos os edifícios victorianos e eduardianos de Parliament Square, incluindo os ministérios do Tesouro, Negócios Estrangeiros e da Guerra.

Os artistas argumentam que Londres foi salva, durante estas décadas, por uma legislação de planeamento urbano muito restrita e activistas empenhados em manter o centro de cidade com a sua arquitectura original.

Na verdade, muitos dos designers e arquitectos londrinos do pós-Segunda Guerra Mundial tentaram mudar o aspecto da cidade nas décadas seguintes, aproveitando a destruição e degradação dos anos 40. Felizmente, e ao contrário do que se passou noutras cidades europeias, o bom senso imperou.

 

Como seria Londres hoje se os mamarrachos de betão fossem aprovados? (com FOTOS)

Recentemente foram colocadas algumas questões para avaliar o "conhecimento geográfico" num teste. Os participantes tiveram de escrever no clocal correto os nomes num mapa político europeu em branco. Infelizmente, eles não se saíram muito bem, mas algumas de suas respostas são hilariantes (ou hilariantemente mal-informados).

Mas não seja tão rápido a julgar americanos - quando Buzzfeed publicou uma pesquisa similar para testar conhecimentos britânicos sobre os 50 estados dos Estados Unidos, eles também não se sairam bem. 

Se por um lado, saber estados de um país é diferente de saber países independentes, por outro lado, alguns estados dos EUA são maiores do que alguns países europeus, e alguns estados dos EUA têm economias maiores do que alguns países europeus.

As lacunas no conhecimento também se justificam pelas realidades históricas e políticas. Muito poucos poderiam identificar corretamente os ex-estados soviéticos ou as nações que compõem a península balcânica. Muitos dos países nessas áreas não têm tido fronteiras estáveis e bem definidas.

Aquilo em que todos nós podemos provavelmente concordar é que há pelo menos alguns americanos que devem tirar o pó do velho atlas ou dos livros de geografia e conferir como é o mundo do outro lado "da lagoa"!

 

O que fica de bom é que pelo menos o nosso país, até há muitos que identificam corretamente!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

24 Abr, 2014

Manifesto de Suzuki

 

Depois do "julgamento" público de David Suzuki, no Canadá, em que foi considerado inocente, chegou a vez de aqui deixar o seu Manifesto do Carbono, em vídeo legendado e em texto (traduzido daqui).

Neste manifesto, David Suzuki acusa as corporações, o governo e os cidadãos do Canadá de crimes contra as futuras gerações.



Manifesto do Carbono de David Suzuki 

«Sou David Suzuki. Estou aqui hoje como um ancião, para além das tentações do dinheiro, fama ou poder! Não tenho uma agenda escondida, venho falar a verdade!

Os seres humanos no mundo natural são muitas vezes demasiado belos para palavras! Passei a maior parte da minha carreira a filmar as maravilhas da natureza e nosso lugar nela. E muitas vezes, as palavras faltaram-me! Aproximando-me do fim da minha vida, espanto-me com o poder, a tecnologia, a riqueza e o consumo que a humanidade adquiriu! E que transformou as nossas vidas, mas ao mesmo tempo, destruindo os sistemas de suporte da vida em que a nossa existência e bem estar dependem: o ar, a água, o solo e os alimentos, atividade fotossintética e biodiversidade.

Agora, os meus netos são a alegria da minha vida, mas eu sei como é incerto o seu futuro, e que todas as ninharias da nossa sociedade de consumo não podem compensar as maravilhosas riquezas e a generosidade da natureza! Mas não é preciso ficar comovido com a beleza do mundo para compreender que dependemos dele completamente para a nossa própria existência. A minha geração pós-guerra e os 'boomers´(geração de 60) que se seguiram viveram como reis e rainhas, numa festa, como se não houvesse amanhã, sem preocupações com o tipo de mundo que iríamos deixar para as crianças. Bem, a festa acabou! 

“Seres humanos e o mundo natural estão em rota de colisão… Se não forem controladas, muitas das nossas práticas correntes colocam em sério risco o futuro que queremos para a sociedade humana… Não restam mais do que uma ou poucas décadas antes que as hipóteses de reverter as ameaças que agora enfrentamos desapareçam, e as perspetivas para a humanidade, diminuam drasticamente… É necessária uma grande mudança na nossa administração da terra e da vida na terra, se se quer evitar um enorme sofrimento humano, a nossa casa comum neste planeta não pode ser irremediavelmente mutilado.”

Essas palavras são de um Aviso de Cientistas do Mundo à Humanidade, de novembro de 1992, há mais de duas décadas. Foi assinado por mais de 1700 cientistas seniores, de 71 países, e incluiu mais de metade de todos os vencedores de prémios Nobel.

Desde esse aviso dos cientistas, estudos científicos atrás de estudos científicos, documentaram o estado perigoso da atmosfera, dos oceanos, das florestas, da extinção de espécies, poluição tóxica, e consequências imprevistas de novas e poderosas tecnologias.

Agora, estamos à beira de um precipício, que nós próprios cavamos. Em menos de cem anos, conseguimos perder de vista a nossa dependência absoluta da natureza, e a responsabilidade de não deixar desmoronar a nossa casa. Congratulamo-nos com o crescimento, a expansão, os avanços tecnológicos e os lucros, e vivemos na ilusão de que a nossa criatividade nos permitirá manter a economia a crescer sem limite.

O Canadá anda perto da linha da frente quando se trata de crescimento e lucro no mundo. E a tirania da crença de que a economia é o que mais importa para o país transformou-nos até um ponto em que dificilmente nos conseguimos reconhecer. George Monbiot escreveu: "O Canadá, um país decente, culto e liberal, foi transformado num petro-estado delinquente." Eu acredito que isto é o que somos, um país que, apesar de tudo o que a ciência nos diz, e apesar do que as mudanças no clima nos dizem, está determinado a espremer todas as gotas de petróleo do solo, para agarrar o último dos lucros, para alimentar um vício que sabemos que está a destruir o futuro das novas gerações.

Governos e corporações (empresas multinacionais) não estão apenas a falhar-nos, eles são as forças motrizes que nos estão a levar ao limite, ignorando deliberadamente as consequências e cometendo, assim, o que só pode ser chamado de crime intergeracional. As consequências das suas ações - e inações - vão-se repercutir por gerações. A cegueira voluntária é uma ofensa condenável, assim como a negligência criminosa, mas um crime intergeracional é um conceito tão recente que ainda temos de desenvolver os mecanismos legais para agir. Aqueles a quem chamam os nossos líderes, devem ser responsabilizados. 

E esta responsabilidade deve-se estender a todos os cidadãos do Canadá. Nós falhamos às nossas crianças e ao nosso planeta, por causa do nosso medo da mudança e do nosso medo do futuro.
Eu acuso as corporações, incluindo os sectores automóvel, energia, farmacêutica, química e agrícola: de colocarem o lucro e o crescimento antes de tudo o resto, incluindo da sobrevivência e saúde da sociedade. De que o seu lobbyng corporativo está a tornar a agenda do país vergonhosa.
Eu acuso os políticos canadianos de crimes intergeracionais. As suas ações afetarão os nossos netos e os netos deles.

Eu acuso as corporações canadianas e o governo de atividades imorais, com consequências devastadoras para as nações mais pobres e vulneráveis do globo.

Eu acuso os políticos do Canadá e os seus cidadãos de cegueira voluntária, de falharem em estar informados de assuntos críticos que têm o poder de influenciar, e de falharem em agir quando estão conscientes de crises ecológicas evitáveis.

Se o meu país se recusa a me exonerar, então ele é culpado por não conseguir defender a acusação alegada, de liberdade de expressão. Se as minhas palavras forem consideradas traição, então que seja!

Com o meu Manifesto do Carbono, eu pretendo parar estes crimes

1 - Acabar com os combustíveis fósseis como a principal fonte de energia. Durante uma geração, devem ser mantidos no solo. Isso significa que a exploração e os subsídios para a indústria de combustíveis fósseis acaba agora.

2 - Salvar os maiores sumidouros de carbono da terra: a floresta boreal do Canadá e os nossos oceanos devem ser protegidos.

3 - 70% da nossa energia tem de ser de origem renovável no prazo de uma geração.

4 - Um imposto sobre o carbono de 150 dólares por tonelada, começa agora.

5 - Os cientistas do clima do Canadá devem poder partilhar as suas descobertas sem censura e sem interferência de interesses políticos e corporativos.

Ofereço-vos este manifesto - compromisso

Os seres humanos tornaram-se tão poderosos que estão a alterar as propriedades biológicas, químicas e físicas do planeta numa escala geológica. Devemos olhar para o futuro, e a ciência, em vez da política ou da economia, deve ser o nosso guia.

Eu sei que a nossa dependência dos combustíveis fósseis tem de acabar.

Eu sei que serão necessárias enormes mudanças para nós sobrevivermos como espécie, ainda mais para prosperar numa crise global convergente em torno do clima, alimentação, água, combustível e economia.

Comprometo-me a parar a epidemia de culpa à volta da crise climática e a reconhecer a minha própria responsabilidade.

A maneira como vivo a minha vida é parte do problema.

Acredito que precisamos de uma nova visão para o futuro como canadianos e como seres humanos
Eu declaro que estou pronto para implementar a mudança.

Quero ser parte da solução, não parte do problema.

Eu estou com o Manifesto do Carbono.

Este é o nosso caminho para a frente!»

Fonte: Tradução do "Suzuki´s Manifesto", Canadá, outubro de 2013

Crise: carvão vai continuar a ser a principal fonte de energia na Polónia

 

O carvão é o combustível de eleição da Polónia, quer seja para responder à procura energética como para impulsionar a economia. E assim deverá continuar pelas próximas décadas, uma vez que o Governo está a pressionar as companhias eléctricas para que renovem as suas unidades de produção energética.

Desta forma, a Polónia deverá continuar a ser o “enfant terrible” da Europa, no que concerne às emissões de gases com efeitos de estufa. Mas, surpreendentemente, a Polónia aposta no carvão para atender às exigências climáticas impostas pela União Europeia.

A produção de energia através da combustão de carvão, nomeadamente de lenhite e antracite, é uma forma barata de produção de energia e a Polónia tem reservas abundantes. Apesar de ser uma forma barata de produção de energia, as emissões de dióxido de carbono resultantes da combustão do carvão são elevadas.

As políticas ambientais europeias ditaram que a Polónia deve reduzir a emissões de gases com efeito de estufa em 14%, assim como aumentar a produção de energia a partir de fontes energéticas renováveis. Porém, a Polónia acredita que pode cumprir com os requisitos europeus tornando as centrais de combustão de carvão vais verdes e menos poluentes, refere o Financial Times (FT).

Um dos planos do Governo para reduzir a dependência do carvão era a construção de duas centrais nucleares, mas a crise económica fez com que o Governo relegasse para segundo plano a sua construção.

 

Centrais serão substituídas… algumas

Em vez disso, para continuar a responder às exigências energéticas, através de baixos custos de produção, e para continuar a impulsionar a economia, o Governo polaco prevê que as centrais termoeléctricas existentes – metade das existentes tem mais de 30 anos – sejam substituídas nos próximos anos por novas centrais, mais eficientes e menos poluentes, podendo assim responder às exigências europeias para as emissões de gases. Na verdade, se estas novas centrais forem menos poluentes, a Polónia pode reduzir as emissões em cerca de um terço, de acordo com Krzysztof Kilian, antigo presidente executivo da PGE, a maior companhia energética da Polónia, refere o FT.

A PGE tem já em curso a construção de duas novas centrais com capacidade para produzir 900 megawatts nas suas instalações de Opale. O investimento está estimado em €2,21 mil milhões (R$6,84 mil milhões). Inicialmente, a empresa não queria avançar com a construção, mas o Governo pressionou para que o projecto avançasse, argumentando que era essencial para a segurança energética. Segundo a PGE, o projecto pode ser economicamente inviável, devido aos baixos preços da electricidade, que diminuíram 20% nos últimos dois anos. Também o consumo de energia caiu – 0,6% em 2012.

A verdade é que a Polónia terá que requalificar ou construir novas centrais termonucleares para responder à procura energética. Os operadores estimam que em 2016/2017 pode haver falta de energia nos picos de maior procura, porque as centrais que estão a ser desactivadas, devido à idade, não estão a ser substituídas.

Empresa norte-americana projecta mega cidade flutuante (com FOTOS)

 

Uma empresa da Florida, nos Estados Unidos, projectou uma cidade flutuante que passaria todo o seu tempo no mar. A Freedom Ship, como foi chamada, mede cerca de 1,6 quilómetros e pesa 2,7 milhões de toneladas. Com 25 andares, esta cidade flutuante tem capacidade para 50 mil residentes permanentes e espaço adicional para receber 30 visitantes diários e alojar 20 mil elementos da tripulação.

Tal como uma cidade convencional, a Freedom Ship alberga escolas, hospitais, espaços de lazer, espaços comerciais, um casino, parques, um aeroporto e um porto. Dadas as dimensões desta cidade navio, seria impossível atracar em qualquer porto mundial.

Caso fosse construída, o projecto custaria cerca de €7,4 mil milhões (R$23,1 mil milhões). A Freedom Ship foi concebida para uma rota mundial, com a duração de dois anos cada. A passagem por Portugal seria do mês de Outubro a cada dois anos. O local de início da rota seria na costa leste dos Estados Unidos.

“O Freedom Ship seria o maior veículo jamais construído e seria a primeira cidade flutuante”, afirma Roger Gooch, vice-presidente da Freedom Ship Internacional, empresa que concebeu o projecto. “Este seria um projecto bastante capitalizado e a economia mundial dos últimos anos não tem sido muito convidativa para projectos hipotéticos como o nosso”, explica.

Este projecto é realizável? E qual o seu impacto no ambiente e forma como planeamos as nossas cidades do futuro?

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