Parker Liautaud estabeleceu, em 2013 ,o recorde para a pessoa mais rápida a caminhar sem ajuda até ao Pólo Sul. O estudante de 19 anos, de ascendência francesa e americana, percorreu em 18 dias os cerca de 505 quilómetros que separam a costa da Antárctida do pólo, superando o anterior recorde alcançado pelos noruegueses Ottar Haldorsen e Jacob Melan em quase quatro dias.
Porém, este jovem explorador teve uma abordagem bastante diferente dos outros exploradores. Quando iniciou a sua jornada, um dos objectivos era recolher cerca de 2.500 amostras para que as alterações climáticas possam ser estudadas por instituições académicas, já que o objectivo primordial da sua aventura no Pólo Sul era alertar para as alterações climáticas.
Liautaud iniciou a sua jornada a 6 de Dezembro de 2013 em Ross Ice Shelf e alcançou o Pólo Sul na véspera de Natal. O jovem estudante da Universidade de Yale foi acompanhado por Doug Stoup. Os dois exploradores puxaram trenós de material com cerca de 80 quilos cada, enfrentando temperaturas de 50 graus Celsius negativos.
“O que quisemos fazer foi aproveitar uma história envolvente em que as pessoas poderiam ser uma parte de uma região que está a ser significativamente atingida pelas alterações climáticas”, afirmou o jovem à Reuters.
Liautaud espera que a expedição possa informar e convencer a população acerca dos perigos reais das mudanças climáticas. “Não há a consciência de que existe um consenso entre a comunidade científica acerca da existência do aquecimento global”, indica o explorador. “As pessoas não estão só divididas sobre a questão como não falam sobre o problema”, acrescenta.
Segundo o Huffington Post, as amostras recolhidas por Liautaud estão a ser analisadas por uma instituição de investigação na Nova Zelândia que está a estudar as mudanças na composição do solo e gelo que podem vir a esclarecer melhor as alterações do clima na região em questão