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Novamente Geografando

Este blog recolhe e organiza informação relacionada com Geografia... e pode ajudar alunos que às vezes andam por aí "desesperados"!

Novamente Geografando

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Explosão africana levará população mundial aos 10,9 mil milhões em 2100

A população global vai crescer mais do que se julgava, de acordo com uma nova projecção das Nações Unidas que “culpa” a explosão populacional africana para a nova tabela. Há poucos anos, os investigadores acreditavam que a população global atingiria o seu pico em 2070, com 9,6 mil milhões de pessoas, descendo depois até às 8,4 mil milhões em 2100.

No entanto, novos números dizem que a descida não ocorrerá: a população crescerá até aos 9,6 mil milhões em 2050 e continuará a crescer até aos 10,9 mil milhões em 2100. A revisão das projecções iniciais está ligada ao continente africano.

Os modelos anteriores tinham antecipado que as taxas de fertilidade em África “iriam descer rapidamente”, explicou ao Scientific American o estatístico Adrian Raftery, da Universidade de Washington, Estados Unidos. No entanto, tal não aconteceu.

Recorde-se que o habitante 7 mil milhões terá nascido a 31 de Outubro de 2011 – hoje, cerca de três anos depois, o mundo já tem 7,2 mil milhões de habitantes.

Como irá o mundo alimentar tanta gente? A resposta é uma incógnita e continuará a sê-lo, provavelmente, até chegarmos a essa altura.

Foto: Matthew Hogan / Creative Commons

agricultura_SAPO

Um novo estudo revela que as quintas que praticam agricultura biológica promovem a biodiversidade de plantas selvagens nos terrenos envolventes, o que se traduz em vantagens para a vida selvagem.

A investigação – elaborada por cientistas da Universidade de Swansea, no Reino Unido, e institutos franceses, que analisaram campos semeados com trigo de inverno na região de Poitou-Charente – concluiu que embora a agricultura orgânica seja menos rentável que a agricultura convencional, consegue albergar mais biodiversidade nos seus campos e terrenos adjacentes ao cultivo.

“As plantas selvagens são importantes para os pássaros, abelhas e outras espécies que costumam frequentar os campos agrícolas”, indica Luca Borger, investigador do Departamento de Biociências da Universidade de Swansea, cita a BBC. “A agricultura biológica tem vantagens em manter este tipo de prática, mas mesmo uma mistura de práticas biológicas e não biológicas pode ajudar a manter a biodiversidade na área”, acrescenta o investigador.

Os terrenos agrícolas fornecem habitat essencial para muitas espécies de animais, mas a intensificação da agricultura tem conduzido a uma perda de biodiversidade. Defensores da agricultura biológica indicam que este método agrícola pode ser um compromisso importante para assegurar as necessidades alimentares da população humana e o habitat de abelhas, pássaros e outros animais.

O estudo foi publicado na revista científica Proceedings of the Royal Society of London B – Biological Sciences.

Foto: Treebeard / Creative Commons

Neste espaço (http://www.poodwaddle.com/clocks2pw.htm) há estimativas diversas em tempo real: estatísticas de nascimentos, óbitos, população... 

Os dados são compilados de  bancos de dados da ONU e outras organizações mundiais. As atualizações em tempo real são estimativas projetadas por algoritmos matemáticos.

 

Para veres o relógio a funcionar, clica na imagem.

relógio mundial.jpg

 

Fonte: poodwaddle

piscicultura_SAPO

Uma equipa de investigadores do Departamento de Biologia e Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM) da Universidade de Aveiro (UA) desenvolveu uma terapia amiga do ambiente que permite descontaminar as águas provenientes das pisciculturas, o que futuramente poderá eliminar a necessidade de utilizar vacinas e antibióticos, o que melhora a qualidade dos peixes de viveiro.

A técnica, denominada “terapia fágica”, elimina as bactérias patogénicas através da acção de vírus que as infectam e eliminam, o que constitui uma alternativa inovadora e revolucionária aos métodos habitualmente utilizados. A terapia fágica – assim se chama por utilizar fagos, vírus que destroem apenas as bactérias e são inócuos para a saúde humana – reduz substancialmente o impacto ambiental e os riscos para a saúde pública da utilização massiva de outros descontaminastes.

De acordo com Adelaide Almeida, investigadora do CESAM e coordenadora do estudo, a vacinação é o método ideal para impedir as infecções mas “ as vacinas disponíveis são ainda limitadas e podem ainda ser pouco activas nas primeiras fases de vida dos peixes, quando o sistema imunitário ainda não está totalmente desenvolvido”, cita o jornal online da UA.

Por outro lado, indica a bióloga, a administração de antibióticos “apesar de ser geralmente eficaz, constituindo actualmente a primeira opção no tratamento destas infecções bacterianas, pode levar, através do seu uso frequente ao desenvolvimento de resistências, que fatalmente acabam por se transmitir aos microorganismos que infectam os seres humanos”.

Além da resistência aos antibióticos ser dispendiosa para o sector da aquacultura é também um problema para a saúde pública. “Há uma necessidade urgente de desenvolvimento de medidas inovadoras, eficazes e de baixo custo para combater estas infecções antimicrobianas refractárias ao tratamento convencional e limitar o desenvolvimento e disseminação de microrganismos resistentes aos antimicrobianos, sendo vital procurar métodos menos lesivos em termos ambientais, como é o caso da terapia fágica”, explica Adelaide Almeida.

O trabalho, intitulado “Terapia Fágica como alternativa de baixo impacto ambiental para inactivar bactérias patogénicas em pisciculturas”, foi um dos finalistas do Green Project Awards 2014.

Foto:  EPAMIG / Creative Commons

Pesca artesanal portuguesa é um exemplo a seguir em toda a europa (com VÍDEO)

Portugal é um bom exemplo de como a pesca pode ser mais sustentável. Desde Junho deste ano que o Governo decretou a proibição da pesca de arrasto e com redes de emalhar de fundo numa área superior a dois milhões de quilómetros quadrados.

Se a pesca de arrasto é uma técnica recente, a pesca artesanal – bem mais sustentável – é uma arte de gerações que dá emprego e rendimento a muitas comunidades costeiras portuguesas. Este tipo de pesca é praticado em toda a costa lusitana e a sua arte e segredos são passados de pais para filhos, como é o caso de José Sanches, mestre da embarcação Nosso Ideal. O mestre José é pescador porque desde os avós paternos e maternos que o destino foi igual para todos os homens da família – o do mar ao largo de Sesimbra.

Em época de inverno um mar mais calmo é o que pede o mestre José e mesmo perante alertas amarelos emitidos pela Protecção Civil, o pescador reúne a equipa e parte para o mar porque há contas para pagar e à que pôr comida na mesa. “Trabalha-se todo o ano mas só em dois ou três meses é que se ganha alguma coisa, porque de resto é trabalhar para aquecer”, conta o mestre do Nosso Ideal ao Economia Verde.

Muitas das vezes, o peixe pescado dá apenas para pagar o gasóleo da embarcação. “Isto já foi mais rentável porque agora a exploração é muita. Há poluição e outras condicionantes. Antes eram só meia dúzia de pescadores. Agora, todos os dias há gente a pescar, sejam profissionais ou amadores”, explica José Sanches.

O mestre Sanches queixa-se, como muitos outros pescadores, da pesca lúdica e da fraca fiscalização, mas também da falta de apoio à pesca tradicional. Neste ofício não há férias nem subsídios por falta de emprego. Há apenas dias maus sem idas ao mar. Agora, só talvez no início do próximo ano, é que as idas ao mar do mestre Sanches vão trazer um barco cheio de peixe.

Numa altura em que a sobreexploração dos recursos marinhos e a prática da pesca de arrasto estão na ordem da agenda europeia, ao longo da costa nacional é praticada esta pesca tradicional, com menos impacto no meio marinho. Portugal decretou em Junho deste ano a proibição da pesca de arrasto, mas a nível comunitário, a legislação restritiva a este tipo de pesca com um enorme impacto ambiental só agora começou a ser discutida.

Gonçalo Carvalho, presidente da Sciaena – Associação de Ciências Marinhas e Cooperação – garante que Portugal é um exemplo que a Europa deve seguir no que concerne a este tipo de pesca. “Neste caso, Portugal pesca de uma forma que é mais eficiente e que tem menos impacto ambiental. O arrasto passa e varre tudo e estamos a falar de comunidades marinhas como os corais ou esponjas, que demoraram, em alguns casos, milhares de anos a desenvolver-se”, explica Gonçalo Carvalho.

A pesca artesanal é praticada ao largo de toda a costa e é um sector que representa apenas 0,33% do PIB nacional. Contudo, este tipo de pesca assume em Portugal uma relevância maior daquela que é expressa pelos números, pois esta arte fica em algumas regiões, como é o caso de Sesimbra, comunidades que só no mar conseguem profissão e rendimento.

O Economia Verde foi conhecer melhor esta arte de pesca. Veja o episódio 336 aqui.

Foto: Morsar/ Creative Commons

6 factos chocantes sobre a indústria pesqueira

Longe vão os dias em que se lançava o isco à água e se esperava que o peixe mordesse. Às vezes, o que o mar dava nem para uma refeição chegava. Contudo, o crescimento da indústria pesqueira trouxe uma nova realidade – viciosa e brutal, tanto para os animais como para os humanos.

Os peixes criados em aquaculturas são sujeitos a vidas pouco agradáveis e os peixes que vivem em liberdade são pescados em quantidades exorbitantes e enfrentam mortes inumanas. Até os humanos são escravizados para lhe pôr o camarão na mesa de jantar, refere o Tree Hugger. Conheça alguns dos factos chocantes sobre a indústria pesqueira.

1.       Os navios pesqueiros são essencialmente navios de guerra

Os navios de pesca estão actualmente equipados com radares, ecolocalizadores, GPS, sistemas de navegação electrónicos e imagens satélites da temperatura dos oceanos para identificar os cardumes de peixe. Com estes equipamentos de navio de guerra, os peixes não têm qualquer hipótese de sobreviver.

2.       A quantidade de peixe pescado em excesso é assustadora

Por cada quilo de camarão pescado, 25 quilos de outros animais são pescados desnecessariamente para que o camarão possa ser retirado das águas. Para pescar um animal marinho específico, é quase sempre obrigatório pescar outros animais, que vêm presos nas redes. Assim, a quantidade de peixe pescado em excesso é exorbitante. A pesca de camarão é das piores práticas, já que 80 a 90% do que vem nas redes não é camarão. Apesar de este tipo de marisco contabilizar apenas 2% do total da indústria por peso, a sua pesca é responsável por 33% da pesca global em excesso.

3.       Se comprar camarão da Tailândia está a suportar o trabalho escravo

Um relatório publicado recentemente no jornal britânico Guardian revela a extensão chocante do trabalho utilizado na produção de camarão tailandês. Seres humanos são comprados e vendidos, e mantidos em embarcações durante meses. Os relatos falam em turnos de 20 horas, torturas, espancamentos, mortes em estilo de execução e na ingestão forçada de metanfetaminas para combater o cansaço. Estes navios produzem refeições de peixe feitas de sobras, de peixes juvenis ou peixes não comestíveis, que são utilizados para alimentar os camarões de viveiro. Estes, posteriormente, são vendidos nas superfícies comerciais de todo o mundo.

4.       O atum é pescado através dos muito controversos “dispositivos flutuantes de agregação”

O atum vive em águas livres e, como tal, é atraído por grandes dispositivos flutuantes, já que os animais pensam que se trata de uma possível fonte de alimento. Contudo, estes dispositivos são utilizados pelas embarcações para atrair o atum e facilitar a sua pesca.

5.       Do oceano ou de viveiro? Nenhuma opção é a melhor

Os peixes de viveiro estão sujeitos a viver em águas poluídas, amontoados ao ponto da canibalização, a deficiências nutricionais e a piolhos do mar. Actualmente, não existem requisitos legais para o abate de peixe. Os peixes que vivem no alto mar são pescados com redes que podem ter quilómetros de extensão e onde ficam sempre presas outras espécies, além das pretendidas. A pesca de arrasto é o equivalente à desflorestação e as redes de cerco, que encurralam cardumes inteiros de peixe, estripam muitos no processo.

6.       A população de cavalos-marinhos diminuiu 50% em cinco anos

Os cavalos-marinhos são uma espécie de animal marinho que serve de indicador, representando a saúde geral dos ecossistemas dos oceanos. Contudo, a sua população foi reduzida a metade nos últimos cinco anos. Embora não sirvam de alimento para a maior parte dos países, os cavalos-marinhos ficam presos nas redes de arrastos e são assim pescados. Todos os anos, 150 milhões de cavalos-marinhos são pescados para serem utilizados na medicina tradicional chinesa. Outro milhão adicional é pescado e seco para servir de decoração. Outro milhão é ainda pescado para aquários, apesar da sua baixa taxa de sobrevivência – menos de 0,1% sobrevive às primeiras seis semanas de vida.

Foto: flora h / Creative Commons

 

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