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Breathing Other World from Carlos Dias | photography on Vimeo.
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No último ano, Chris Hadfield tornou-se o mais famoso astronauta do mundo. A história já foi contada aqui, mas podemos repeti-la. Durante o seu trabalho diário na Estação Espacial Internacional, o canadiado falava com o filho através do email – na verdade, o filho ajudava-o na gestão das suas redes sociais.
Um dia, Hadfield júnior deu uma ideia ao pai: por que não perguntar aos seus seguidores que tipo de imagens gostariam de ver? “A resposta foi: ‘quero uma imagem da minha cidade Natal, do local onde nasci’”, explicou Hadfield ao Quartz.
Em pouco tempo, Hadfield chegou à fama mundial – a sua conta de Twitter tem já 1,1 milhões de seguidores e a do Facebook cerca de 700 mil. “Foi fantástico. No início, pensei que era um pouco narcisístico”, gracejou Hadfield, que acabou de lançar o livro “You Are Here: Around the World in 92 Minutes”, uma compilação de 192 das mais icónicas fotos que o comandante tirou do espaço.
No total, Hadfield tirou cerca de 45 imagens do Planeta Terra, a maioria transmitidas directamente para a NASA e armazenadas. “Nunca cheguei a ver muitas delas”, confessa.
“Há uma noção de que as fronteiras são construídas pelo homem mas não as podemos ver do espaço. Mas podemos, por causa dos espaços agrícolas, padrões municipais e até parques naturais”, continuou Hadfield.
Para o comandante, mais do que um livro sobre a natureza, este é um volume ilustrado sobre a civilização. Veja algumas das fotos incluídas no livro, que pode ser adquirido aqui.
«Eu sou o Oceano Sou água, Sou a maior parte deste planeta, Eu moldei isto. Cada corrente, cada nuvem, E cada gota de chuva, Todos voltam para mim. De uma maneira ou de outra, Cada ser vivo aqui, Precisa de mim. Sou a fonte, Sou de onde eles rastejaram para fora. Os humanos, não são diferentes. Não lhes devo nada, Eu dou, eles recebem, Mas eu posso sempre receber de volta. Sempre assim foi. De qualquer modo, não é o planeta deles, Nunca foi, nunca será. Mas os humanos, levam mais que a sua parte, Envevenam-me e esperam que os alimente. Mas não funciona assim. Se os humanos quiserem existir na natureza comigo, E fora de mim. Sugiro que ouçam com atenção, Pois só vou dizer dizer isto uma vez: Se a natureza não for mantida saudável, Os humanos não sobreviverão. Tão simples como isso. A mim tanto me faz, Com ou sem humanos, Eu sou o Oceano. Já cobri todo este planeta uma vez, E posso sempre voltar a cobrir. É tudo o que tenho a dizer.» Um vídeo de Conservation International com locução de Harrison Ford. |
As beatas dos cigarros são quase como uma praga nas ruas das cidades. Mas um grupo de cientistas desenvolveu uma maneira de acabar com esta fonte poluição urbana e proteger o ambiente.
Investigadores da Coreia do Sul acreditam que podem converter os filtros dos cigarros num material que pode ser utilizado por computadores, veículos elétricos e torres eólicas para armazenar energia. Segundo os cientistas, o material dos filtros dos cigarros pode ser utilizado para revestir os eléctrodos dos supercapacitadores, que são os componentes que conseguem armazenar grandes quantidades de energia elétrica.
Os cientistas defendem que o desempenho dos filtros de cigarro é ainda melhor que o carbono comercialmente disponível, que o grafeno ou os nanotubos de carbono utilizados atualmente. Todos os anos, cerca de 5,6 triliões de cigarros utilizados, o que equivale a 766.571 toneladas, são atirados para as ruas.
“O nosso estudo demonstra que os filtros dos cigarros utilizados podem ser transformados num material de alta performance à base de carbono, utilizando um simples processo, que ao mesmo tempo oferece uma solução verde para satisfazer as necessidades energéticas da sociedade”, afirma Jongheop Yi, co-autor do estudo e professor na Universidade Nacional de Seoul, cita o Daily Mail.
Os supercapacitadores são compostos principalmente por carbono, devido ao seu baixo custo, grande área superficial, boa condutividade elétrica e grande estabilidade. Um pouco por todo o mundo, os cientistas estão a estudar maneiras de melhorar as características dos supercapacitadores, como a densidade energética, a densidade de potência e a estabilidade de ciclo, ao mesmo tempo que tentam reduzir os custos de produção.
No estudo, os investigadores coreanos descobriram que as fibras de acetato de celulose de que os filtros dos cigarros são feitos podem ser transformadas em material à base de carbono através de uma técnica de combustão chamada pirólise. O material resultante contém um número considerável de pequenos poros, que aumenta a sua performance como um material supercapacitador.
Foto: Axolot / Creative Commons
Ter acesso a eletricidade é cada vez menos uma excentricidade do primeiro mundo, e numa altura em que cada vez mais comunidades, em pontos mais diversos do mundo, têm acesso a este bem, há quem prefira desligar-se completamente da vida moderna, deixando para trás a luz, água potável e outras comodidades.
É o caso de comunidades que vivem nos Cárpatos ou Pirinéus, que fazem questão de não viver com nenhumas das comodidades do século XXI – ou XX. Eles preferem a natureza crua de viver em comunhão com o natural e mais simples.
Durante anos, o fotógrafo francês Antoine Bruy investigou estas comunidades e, em 2010, juntou-se voluntariamente a uma comunidade de agricultores orgânicos, ficando lá durante, por vezes, meses. “Desde 2010 que tenho viajado pela Europa para conhecer os homens e mulheres que tomaram a escolha radical de viver longe das cidades, abandonando o seu estilo de vida baseado na eficiência, consumo e performance”, explicou o fotógrafo.
Bruy, que aproveitou para fazer uma série de fotografias sobre este fenómeno, diz que estas fotos não devem ser vistas do ponto de vista político, mas como experiências diárias e imediatas. “Muitas vezes, estas são respostas espontâneas às sociedades que les deixaram para trás.
Veja algumas destas fotos.
Como consumidores tendemos a pensar que tudo começa e termina quando abrimos a torneira do nosso lava loiças ou lavatório ou puxamos o autoclismo. No entanto, por trás de ações simples, e replicadas tantas vezes por dia, está um complexo esquema de processos e infraestruturas geridos por várias entidades.
A água que chega às nossas casas começa por ser captada em meio hídrico – pode ser captada à superfície, em rios e albufeiras, ou no subsolo em lençóis de água, através de furos ou poços.
O próximo passo é levar a água para as Estações de Tratamento de Água ( ETA) onde ela é tornada adequada para consumo. É aqui que é feita a correção das características físicas, químicas e bacteriológicas da água.
Depois de tratada, ela é transportada das zonas de captação e tratamento para as zonas de consumo, ficando armazenada em reservatórios que asseguram a continuidade do abastecimento. Por vezes, no processo de encaminhamento da água até ao reservatório, é necessário levá-la de pontos baixos para altos, recorrendo-se à atividade de elevação, através de processos de bombagem.
Segundo explica a Águas de Portugal, o grupo empresarial que é responsável por captar, tratar e distribuir água para consumo a cerca de 80% dos municípios portugueses, existem seis processos durante este caminho. A primeira etapa é da gradagem, que consiste em remover as impurezas, como folhas de árvores, ramos e outros materiais grosseiros que possam existir na água que chega à ETA, à qual se seguem outras etapas destinadas a eliminar as restantes partículas, nomeadamente o arejamento e a coagulação, floculação e decantação. “A água captada contém normalmente diversas impurezas que são retiradas por processos físicos e químicos. Por exemplo, o processo de coagulação e floculação, que consiste na adição de um reagente à água que promove a aglutinação de partículas em suspensão e a formação de flocos que possam ser sedimentáveis”, explica a Águas de Portugal.
Estes flocos depositam-se no fundo dos tanques, por acção da gravidade, ocorrendo então a decantação. A água clarificada sobrenadante é transferida então para a etapa de tratamento seguinte, a filtração, que tem como objectivo a remoção de partículas que ainda possam existir em suspensão por passagem da água através de um meio poroso – de areia, carvão ou outro material poroso – e através do qual também é reduzido o número de microrganismos e removido o cheiro, sabor e cor.
A última etapa do processo de tratamento é muito importante para a saúde humana. Trata-se da desinfeção, através da qual, com recurso ao cloro, ozono ou por radiação ultravioleta, se eliminam micro-organismos nocivos.
Em complemento ao tratamento da água, é também feito o tratamento de lamas constituídas pelos sólidos removidos na etapa da decantação, nomeadamente através de processos de espessamento e desidratação antes da sua deposição em aterro.
Consumo e rejeição
Em cada zona de consumo é feita a distribuição da água até às torneiras dos consumidores, através de uma rede complexa de tubagens e válvulas. Esta rede deve garantir que a água é distribuída em quantidade e com a pressão e qualidade adequadas para o consumo humano. “Hoje, praticamente 100% da água que chega a casa das pessoas é controlada positivamente, contra [apenas] 50% há 20 anos”, revelou o presidente da Águas de Portugal, Afonso Lobato Faria.
O controlo da qualidade da água para consumo humano é feito através de um conjunto rigoroso de análises a diversos parâmetros e complementado pela verificação da qualidade em diversos pontos, desde as origens de água, no sistema de adução/transporte, nos pontos de entrega às entidades responsáveis pela distribuição domiciliárias e ainda nas torneiras dos consumidores.
Depois de usada pelas populações e aettividades produtivas, a água (a que se chama água residual) é recolhida e encaminhada para as ETAR (Estações de Tratamento de Águas Residuais), onde é tratada de forma a poder ser devolvida à natureza em condições ambientalmente seguras.
As ETAR
Tal como acontece no processo de tratamento da água para consumo, também as águas residuais são sujeitas a diferentes tipos de tratamento – primário, secundário e terciário – consoante as exigências e usos dos meios receptores. Em situações particulares de maior exigência, as águas residuais são adicionalmente desinfetadas.
A primeira etapa na ETAR é o tratamento preliminar (gradagem), onde é feita a remoção dos sólidos de maiores dimensões existentes nas águas residuais que chegam à ETAR – papel higiénico, cotonetes, algodão e restos de comida, entre outros.
Segue-se o tratamento primário, onde é feita a separação sólido-líquida que permite remover uma quantidade considerável dos sólidos suspensos que se encontra na água residual – os sólidos sedimentados no interior do decantador primário, designados por lamas primárias, são retirados e encaminhados para a linha de tratamento de lamas.
No tratamento secundário, as águas residuais são sujeitas a um tratamento biológico com bactérias que digerem a matéria orgânica existente. As lamas formadas neste processo depositam-se no fundo dos tanques – formando lamas biológicas – ficando a água limpa à superfície. As lamas biológicas que sedimentam no interior do decantador secundário são posteriormente encaminhadas para a linha de tratamento de lamas.
Segue-se o tratamento terciário, onde as águas residuais são submetidas a uma desinfecção, processo que remove as bactérias, os sólidos em suspensão, os nutrientes em excesso e os compostos tóxicos específicos. Depois de passar por este tratamento, a água pode ser usada na agricultura, na rega de espaços verdes, lavagem de pavimentos ou veículos.
Finalmente, as águas residuais tratadas são devolvidas aos meios hídricos. As lamas resultantes do processo de tratamento são também enviadas para o destino final ou para valorização energética ou orgânica (combustível ou fertilizante).
Foto: Gabriel Rocha / Creative Commons
Este artigo faz parte de um trabalho especial sobre Água, publicado durante o mês de Julho e promovido pelaÁguas de Portugal.