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Novamente Geografando

Este blog recolhe e organiza informação relacionada com Geografia... e pode ajudar alunos que às vezes andam por aí "desesperados"!

Novamente Geografando

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As minas de carvão da bacia do Rio Amarelo

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Arte urbana em prol da proteção oceânica

Califórnia pode ser alimentada com 100% de energia renovável em 2050

Um novo estudo desenvolvido na Universidade de Standford apresenta um plano prático para converter todas as infraestruturas energéticas da Califórnia em fontes de energia renováveis até 2050.

Publicado na revista científica Energy, o estudo propõe vários passos para assegurar que o estado passe a ser alimentado a 100% com energia renovável até meio do século XXI, através de uma combinação de sistemas solares, eólicos e hídricos. O primeiro passo para concretizar este ambicioso projecto é que todas as infra-estruturas energéticas construídas na Califórnia a partir de 2020 sejam dedicadas às fontes renováveis.

O autor principal do estudo, Mark Z. Jacobson, delineou anteriormente propostas semelhantes, mas a nível global. Apesar de o estudo considerar apenas a tecnologia existente, indica que uma maior eficiência no consumo de energia ajudaria a atingir a meta de 100% de energia mais facilmente.

Os tipos de energias a utilizar no plano foram seleccionados para terem o menor impacto ao nível da poluição, saúde pública, aquecimento global e permitirem o máximo de segurança e eficiência energética. A conversão para os veículos elétricos também será necessária para a implementação bem sucedida do plano, refere o Inhabitat.

Fora do plano para tornar a Califórnia energeticamente sustentável estão os biocombustíveis, combustíveis fósseis e energia nuclear. O estudo propõe uma mistura de 55% de energia solar, 35% de energia eólica, 5% de energia geotérmica, 4% de energia hídrica e 1% de energia proveniente das ondas e marés.

Foto:   clarkmaxwell  / Creative Commons

Tempo extremo vai tornar-se mais frequente

Os padrões temporais extremos, como a seca que atinge atualmente a Califórnia ou as inundações que atingiram o Reino Unido no último Inverno, vão tornar-se cada vez mais extremos, de acordo com um novo estudo.

A investigação revela que os chamados “padrões de bloqueio”, quer sejam períodos de tempo quente ou molhado, vão permanecer na mesma região durante semanas, causando ondas de calor ou cheias. De acordo com o estudo, estes padrões de bloqueio têm vindo a tornar-se mais frequentes ao longo da última década.

O estudo foi elaborado por uma equipa de climatologistas alemães, que verificaram que desde 2000 tem havido um “número excepcional de Verões com tempo extremo, alguns causando mesmo grandes danos à sociedade”, cita o Guardian.

Os climatologistas estudaram os meandros das correntes de vento a altas altitudes, que dominam o tempo a latitudes médias, através da análise de 35 anos de dados sobre as correntes eólicas, registados por satélites, embarcações e estações meteorológicas. O estudo revelou que os padrões de bloqueio que ocorrem nestas correntes de vento têm-se tornado muito mais frequentes.

“Desde 2000, temos visto um aglomerado destes eventos. Quando estas ondas de alta-altitude tornam-se quase estáticas, verificamos condições meteorológicas mais extremas à superfície terrestre”, afirma Dim Coumou, no Potsdam Institute for Climate Impact Research. “Estas condições são mais extremas para os tempos quentes”, acrescenta o investigador.

Foto:   futurephonic  / Creative Commons

10 razões para ser optimista em relação às alterações climáticas

Embora as notícias sobre o aquecimento global estejam na ordem do dia e as negociações mundiais para um possível acordo para reduzir as emissões de gases com efeito estufa não decorram da melhor forma – as concentrações de dióxido de carbono na atmosfera atingiram nos meses passados níveis recorde nunca vistos nos últimos 800.000 anos –, já existem armas para combater e minimizar o impacto das alterações climáticas.

Num artigo, o Guardian elencou 10 razões pelas quais devemos estar optimistas em relação ao combate às alterações climáticas.

1.       Barack Obama e o seu plano histórico para combater as alterações climáticas

Depois de um impasse, o presidente norte-americano posicionou-se na linha da frente da agenda climática global. Em 2013, Barack Obama anunciou um plano para a redução dos gases com efeito de estufa e inviabilizou recentemente novos investimentos em termoeléctricas a carvão mineral.

2.       Encerramento de centrais de termoeléctricas na China

As notícias de crises de poluição na China já são frequentes. Sendo o maior emissor mundial de dióxido de carbono, a China anunciou no final de Julho o encerramento da primeira de quatro centrais de combustão de carvão perto de Pequim. Um plano para os próximos cinco anos prevê que a mesma medida seja tomada noutras províncias chinesas.

3.       Redução do custo da energia solar

Estima-se que, entre 2007 e 2012, os custos de produção de painéis fotovoltaicos diminuíram entre 70% a 80%.

4.       Investimentos nos combustíveis fósseis estão a diminuir

Ao lançar uma campanha para incentivar formas de energia alternativas e mais limpas, o Governo norte-americano conseguiu fazer com que muitas empresas e investidores retirassem dinheiro de investimentos com combustíveis fósseis. O movimento foi surpreendentemente mais rápido do que outras iniciativas empresariais, segundo revelou um estudo da Universidade de Oxford.

5.       Mulheres do Bangladesh trabalham como técnicas de energia solar

O Bangladesh é um país onde o crescimento no sector da energia solar é maior. São já dois milhões as casas que estão equipadas com painéis solares. As mulheres do Bangladesh, que sempre trabalharam em condições desumanas, são a grande força por trás deste sector e agora com um emprego digno.

6.       O momento das energias renováveis

Segundo a REN21, em 2013 o investimento em projectos renováveis foi de cerca de €200,5 mil milhões, cinco vezes mais que em 2004.

7.       Habitações europeias usam cada vez menos energia

Casas sustentáveis, materiais recicláveis e electrodomésticos mais eficientes que gastam cada vez menos energia e são mais amigos do ambiente têm sido grandes aliados na redução da pegada ecológica. Um estudo da Comissão Europeia revelou que o consumo residencial diminuiu 15% entre 2000 e 2011.

8.       Negócios menos poluentes

Para se tornarem sustentáveis, as empresas necessitam de investir em economia verde. Mas são ainda poucas as empresas que conseguiram reduzir a sua pegada ecológica. Pouco mais de metade das 100 maiores empresas norte-americanas conseguiram reduzir a sua pegada ecológica em 2012. Contudo, a redução feita ascendeu a 58 milhões de megatoneladas de dióxido de carbono.

9.       Escassez de petróleo

É cada vez mais difícil e caro encontrar e explorar petróleo. As grandes multinacionais petrolíferas têm investido quantidades exorbitantes para extrair combustíveis fósseis e, no futuro, pode ser economicamente inviável continuar a sua extracção.

10.   Mais carros eléctricos nas ruas

Embora a quantidade de carros eléctricos que circulam nas estradas mundiais seja ínfima por comparação com os carros convencionais, a venda destes veículos tem vindo a aumentar gradualmente ao longo dos anos. Existem cada vez mais marcas a desenvolver os seus modelos eléctricos e híbridos, o que permite a redução dos preços praticados no mercado, que ainda não são acessíveis a todas as carteiras. Ainda assim, as vendas de carros eléctricos apenas na União Europeia em 2013 aumentaram para o dobro dos veículos comercializados em 2012.

Foto:  Oooah!  / Creative Commons

Cientistas britânicos desenvolvem dispositivo para monitorizar a qualidade da água em países subdesenvolvidos

O acesso à água potável é uma questão essencial para muitos habitantes dos países em desenvolvimento. Contudo, os testes bacteriológicos à água envolvem a recolha de amostras nos locais e o transporte das mesmas para laboratório para serem analisadas. Ou seja, um processo demorado.

Outra solução, que recorre a tecnologias mais rápidas, é a espectrometria de massa – um processo bastante preciso que requer equipamento especializado e caro -, que permite detectar as toxinas existentes. Contudo, este método não pode ser utilizado para a monitorização constante da água e é demasiado complexo e caro para ser utilizado em países em desenvolvimento.

À procura de uma solução mais eficaz e barata para ser utilizada nestes países, os investigadores da Universidade de Bath, numa colaboração com o Laboratório de Robótica de Bristol e com a Universidade do Oeste da Inglaterra, criaram um sensor barato, através da impressão 3D, cuja energia provém das bactérias e que pode ser colocado diretamente nos rios e lagos para monitorizar constantemente a qualidade da água.

“O sensor contém bactérias que produzem uma pequena corrente eléctrica à medida que crescem e se alimentam. Os investigadores descobriram que quando as bactérias são perturbadas ao entrar em contacto com as toxinas da água, a corrente eléctrica diminui, alertando para a presença de poluentes na água”, explica a universidade no seu site.

“Percebemos que quando injectamos um poluente na água ocorre uma diminuição na corrente eléctrica produzida pelas bactérias. A queda é proporcional à quantidade de poluentes existentes e a corrente é restabelecida quando o nível das toxinas diminui”, indica Mirella Di Lorenzo, professora de engenharia química na Universidade de Bath.

Este sistema permite que a qualidade da água seja monitorizada em tempo real sem recurso a equipamentos especiais ou peritos para efetuar a análise da água, refere o Tree Hugger.

O dispositivo criado permite detectar mesmo quantidades pequenas de poluentes. Nos testes efetuados, os investigadores detectaram pequenas concentrações de cadmio nas águas testadas muito abaixo dos níveis de segurança aceitáveis.

Foto:   MPCA Photos  / Creative Commons

11 Nov, 2015

Água

3 DIAS - Isso é quanto tempo você pode sobreviver sem água! 

E em apenas algumas décadas, mais de metade de todas as pessoas enfrentarão escassez severa de água. Então, se a água pudesse falar, o que diria? 

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Como muitas cidades ao redor do mundo, Bogotá, Colômbia conta com as montanhas ao redor como uma fonte de água fresca. Muito acima da cidade, as plantas agem como esponjas, absorvendo água de chuva, neblina e nuvens e então lentamente canalizando-a através de rios e lagos e, finalmente, para os 8 milhões de pessoas que ali vivem.

Mas este sistema esponja está sendo derrubado para dar lugar a fazendas de batata e outras atividades agrícolas. Esta degradação combinada com mudança nos padrões climáticos levou a mais enchentes e deslizamentos, resultando em encostas erodidas e rios entupidos com sedimentos.

Conservation International está "a ouvir a água". Perto de Bogotá, está a restaurar a bacia danificada e a ensinar as comunidades e autoridades locais como cultivar e desenvolver as suas comunidades sem destruir a capacidade da natureza para apoiá-los.

A natureza está falando, e CI está a tomar medidas importantes para ajudar a proteger as fontes de água para algumas das maiores cidades do mundo. Você pode tomar medidas também, compartilhe a mensagem agora.

Alterações climáticas vão impulsionar a migração populacional

Num futuro a médio-prazo, as alterações climáticas vão desalojar milhões de pessoas. A comunidade científica alerta que os governos necessitam de planear e estar preparados para migrações populacionais em massa, consequência de desastres naturais e eventos meteorológicos extremos – que desalojam mais pessoas que as guerras.

Novas projecções, elaboradas pelas equipas científicas das instituições climatológicas mais conceituadas, indicam que o aumento do nível da água do mar, as ondas de calor, as secas e as inundações – eventos ligados às alterações climáticas – vão obrigar milhões de pessoas a abandonar os seus lares, sem possibilidade de nunca mais regressarem.

A problemática torna-se politicamente sensível numa altura em que a austeridade económica restringe a generosidade dos países e um sentimento anti-imigração se levanta em muitos países, especialmente na Europa.

“Os desastres naturais desalojam três a dez vezes mais população que todos os conflitos do mundo juntos”, afirmou Jan Egeland, director do Conselho para os Refugiados da Noruega, responsável pelo Internal Displacement Monitoring Centre (IDMC), em Genebra, cita o Guardian.

Os dados do IDMC revelam que 22 milhões de pessoas ficaram desalojadas em 2013 devido a eventos meteorológicos extremos, valor três vezes superior ao número de desalojados devido a conflitos bélicos. Em anos anteriores o rácio foi muito mais elevado.

No início dos anos 1970, o número total de pessoas desalojadas devido ao clima era de apenas 10 milhões. “Muitas mais pessoas, de uma população crescente, vivem expostas a meteorologia mais extrema”, indicou Egeland durante uma conferência sobre migração e alterações climáticas em Oslo.

Chaloka Beyani, relator especial das Nações Unidas para os direitos humanos das pessoas internamente deslocadas, indica que os governos devem começar a planear estas migrações. “No futuro, devemos olhar mais para as deslocalizações previstas das pessoas que são mais propensas aos riscos frequentes”, afirma o relator.

O aumento do nível da água do mar em 19 centímetros desde 1900 – provocada por factores que incluem o degelo de glaciares dos Andes, Alpes e manto de gelo da Gronelândia – veio agravar a formação de tempestades em muitas regiões costeiras, indica as Nações Unidas. As projecções da organização apontam para um aumento adicional entre 26 a 28 centímetros até ao final do século XXI, sendo as actividades humanas as principais causadoras.

Foto: adam wiseman / Creative Commons

Alterações climáticas: vila de Taro muda-se para a ilha vizinha

A pouco e pouco, milhares de pessoas deixam as suas ilhas de origem por locais mais abrigados da subida do nível médio do mar. Na semana passada, a Nova Zelândia anunciou ter aceite o pedido de refúgio de uma família do Tuvalu, grupo de nove atóis que está a ser afundado pelas alterações climáticas.

Hoje, a agência Reuters noticia que uma pequena cidade da Ilha de Taro, nas Ilhas Salomão, planeia relocalizar a sua população inteira para uma ilha vizinha. A Ilha de Taro encontra-se apenas dois metros acima do nível do mar, sendo que o Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas prevê que o mar suba 90 centímetros, até ao final do século, naquele local – uma estimativa conservadora.

Assim, e depois de consultar engenheiros, cientistas e planeadores urbanos, a ilha decidiu criar uma cidade de raiz, numa ilha vizinha, mudando a sua população – entre 500 a mil pessoas – em várias fases. O terreno custou €2,2 milhões e poderá albergar cerca de 5.000 habitantes, assim que esteja completa.

Algumas das infra-estruturas essenciais, como hospitais e uma escola secundária, serão construídas nos próximos cinco anos – todos as outras construções básicas, como estradas ou edifícios do Governo, terão também prioridade. Ainda assim, a mudança só ficará completa dentro de várias décadas.

“É uma cidade criada do nada”, explicou à Reuters Philip Haines, gestor de projecto da consultora BMT WBM, contratada para este efeito. “Temos de ser competentes e construir algo que dure para várias gerações. A relocalização é a única opção disponível para garantir a segurança da comunidade e permite crescimento futuro e prosperidade”.

O ciclone Ita provocou várias cheias nas Ilhas Salomão, matando 23 pessoas e afetando 50 mil. “Acabámos de ver o quão vulnerável é Taro aos desastres naturais”, explicou o responsável político da província de Choiseul, Jackson Kiloe. Na ilha vizinha, o cenário será ligeiramente melhor, mas o fantasma das alterações climáticas, ainda que mais afastado, continuará a pairar sobre a cabeça da população.

Como as plantas doentes podem ajudar a localizar minas terrestres escondidas

Uma equipa de investigadores da Virginia Commonwealth University, em Richmond, descobriu recentemente uma maneira de poupar milhares de vidas humanas que são ceifadas todos os anos pelas minas terrestres.

Segundo um estudo conduzido por esta equipa de cientistas, as minas terrestres não só explodem através do contacto como também libertam toxinas venenosas para o solo, afectando a vida vegetal nas imediações da sua localização.

O estudo foi feito num campo de minas experimental na Carolina do Sul e revelou que as toxinas libertadas pelos explosivos tinham um impacto notório na vida das plantas, afectando a sua saúde. A investigação revelou ainda que diferentes plantas eram afectadas de forma diferente por estes explosivos, nomeadamente o TNT e RDX.

À medida que os investigadores vão percebendo melhor os efeitos dos diferentes tipos de explosivos sobre os diferentes tipos de plantas esperam poder criar um Índice Específico de Explosivos. Este índice poderá ser utilizado para analisar o aspecto e saúde de uma área com vegetação densa onde as minas podem estar escondidas do olho humano. No futuro, os investigadores esperam desenvolver métodos para detectar a deterioração da saúde das plantas através de sensores em aviões ou até mesmo a partir de telemóveis, refere o Inhabitat.

Embora o número de vítimas provocadas pelas minas tenha vindo a diminuir ao longo dos anos, os explosivos deixados pelas várias guerras que ocorreram no planeta no último século continuam a matar milhares de pessoas todos os anos, principalmente crianças.

Foto: DFID – UK Department for International Development / Creative Commons