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Novamente Geografando

Este blog recolhe e organiza informação relacionada com Geografia... e pode ajudar alunos que às vezes andam por aí "desesperados"!

Novamente Geografando

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arvores_SAPO

Sequóias gigantes com mais de 50 metros no futuro? Não, não será possível. De acordo com um novo estudo, as florestas mundiais vão ser deixar de ser tão imponentes no futuro devido às alterações climáticas.

O estudo, publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences, indica que as próximas gerações de árvores de grande porte não vão conseguir atingir as proporções das congéneres actuais. De acordo com a investigação, escreve o Inhabitat, a diminuição da neve que cai durante o inverno e as temperaturas mais quentes – que diminuem os recursos de água disponíveis durante o verão – estão entre as principais causas que vão influenciar o crescimento das árvores.

Paras o estudo, os investigadores analisaram cerca de 11.900.000 quilómetros quadrados de floresta californiana – um dos locais com as árvores de maior porte do planeta. Para estimar o stress hídrico, os investigadores recorreram a modelos computacionais para calcular a quantidade de água que as árvores estavam a receber e quantidade real que necessitavam, tendo em conta factores como a precipitação, temperatura do ar, humidade do solo e derretimento da neve.

Entre outros fatores que vão contribuir para um crescimento mais pequeno das árvores está o abate das atuais árvores de grande porte, a desflorestação e os esforços de supressão dos fogos.

Foto: Repp1 / Creative Commons

Vincent Laforet é um premiado fotógrafo norte americano, conhecido entre os principais meios de comunicação dos Estados Unidos e dos amantes de fotografia. Embora trabalhe habitualmente para órgãos de comunicação – em 2002 partilhou um Pulitzer na categoria de fotografia com dois colegas do New York Times com um trabalho sobre os eventos subsequentes ao 11 de Setembro feito no Paquistão e Afeganistão -, ocasionalmente gosta de fotografar cidades à noite vistas de cima.

Uma destas cidades foi Nova Iorque, mas o seu trabalho mais recente é relativo a Las vegas. Laforet subiu a 3.300 metros de altitude e fotografou a Cidade do Pecado, transformando-a numa metrópole néon rodeada pela escuridão do deserto.

Com o equipamento adequado, Larofet – que há muito queria fotografar Las Vegas, escreve o Bored Panda – conseguiu transformar Las Vegas numa ilha luminosa.

 

Veja algumas das fotos.

Fotos: Vincent Laforet

 

islandia_SAPO

É sabido que o aquecimento global está a provocar o degelo dos glaciares, que por sua vez aumentam o nível da água do mar e, consequentemente, as terras mais baixas vão ficando submersas. Porém, na Islândia está a acontecer um fenómeno inverso.

A ilha está a elevar-se cada vez mais devido às alterações climáticas, com a terra libertada pelo derretimento do gelo a provocar uma elevação de cerca de 3,5 centímetros por ano.

Aparentemente, o fenómeno seria benéfico para os habitantes que ao longo do tempo ficariam com mais território disponível. Mas os cientistas acreditam que a elevação extra pode provocar um aumento da actividade vulcânica – exemplo disso são as três erupções ocorridas nos últimos cinco anos que obrigaram a fechar grande parte do espaço aéreo europeu devido às grandes quantidades de cinzas expelidas.

Numa nova investigação, publicada na revista científica Geophysical Research Letters, cientistas da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, e da Universidade da Islândia descobriram que a crosta terrestre na região da ilha está a aumentar a um ritmo mais rápido na sequência do maior aquecimento sentido nos últimos 30 anos.

Há algum tempo que os investigadores sabem que a terra libertada do peso das camadas de gelo tende a elevar-se. Mas o que os cientistas não anteciparam foi a rapidez com que a crosta terrestre estava a elevar-se na Islândia. “É semelhante a colocar pesos num trampolim. Quando se retira os pesos a tela elástica do trampolim ressalta para a sua forma original”, explica Richard Bennet, geólogo da Universidade do Arizona e autor do estudo, ao Guardian.

O maior ressalto da crosta terrestre deve-se a um aumento do aquecimento do planeta ao longo dos últimos 30 anos. “O que descobrimos é que a elevação está a aumentar. É mais rápida em todos os locais devido à perda acelerada da massa de gelo”, indica o investigador.

A investigação baseou-se em 62 dispositivos GPS que foram colocados por toda a ilha para registarem as alterações de posição. Alguns dos dispositivos estão colocados desde 1995.

A reacção em cadeia do degelo dos glaciares, aumento da crosta vulcânica e actividade vulcânica não é compreendida inteiramente pelos cientistas. Mas uma coisa é certa: à medida que a crosta terrestre se eleva também os materiais das profundezas libertados da pressão do gelo ascendem. “Estes materiais transportam o calor tal como uma bata ta quente à medida que se movem de pressões mais elevadas para pressões menores e encontram condições que promovam o derretimento”, explica Bennet. Estas condições são bastante favoráveis à ocorrência de erupções.

Foto: raudkollur / Creative Commons

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Kiribati, bela e ameaçada

Fotos: DFAT photo libraryKevGuy4101 / Creative Commons

Noruega é o país mais bem preparado para resistir às alterações climáticas

Todos os anos, a Universidade de Notre Dame publica a actualização do Global Adaptation Index, uma lista onde indica as nações mais bem preparadas para enfrentar as alterações climáticas e as que menos preparadas.

No topo do ranking deste ano está a Noruega como o país mais bem preparado para enfrentar as alterações climáticas. Seguem-se a Nova Zelândia, Suécia, Finlândia e a Dinamarca fecha o pódio dos primeiros cinco lugares. Portugal surge no 29º lugar, posição que mantém desde 2012.

O índice avalia a resiliência nacional de 175 países, baseada na respectiva vulnerabilidade às alterações climáticas e na sua rapidez de adaptação a inundações, tempestades e desastres naturais consequentes das alterações do clima, refere o Motherboard.

As classificações de 2014 surgem com poucas surpresas. As nações mais bem preparadas para responder às consequências das alterações climáticas são maioritariamente países desenvolvidos, tecnologicamente avançados e com maior igualdade social. Os países subdesenvolvidos são os que se encontram no fundo da lista, apresentando pouco acesso a recursos essenciais, pouco avanço tecnológico e políticas económicas quase inexistentes.

Foto: Florian Seiffert (F*) / Creative Commons

Semáforos do futuro vão prever e reagir ao tráfego em tempo real

Os semáforos não têm mudado muito ao longo dos anos: foram-lhes adicionados câmaras de vigilância e sensores de velocidade, mas o conceito básico continua a ser o mesmo. Contudo, engenheiros norte-americanos estão a desenvolver nova tecnologia para os semáforos que poderá mudar no futuro a maneira como conduzimos.

Num futuro não muito distante, os semáforos vão conseguir gerir o trânsito através da previsão do comportamento do condutor e da reacção instantânea aos padrões de trânsito, fazendo com que o tráfego seja mais fluído e as emissões de CO2 possam ser reduzidas.

No Utah, Estados Unidos, por exemplo, os gestores de tráfego conseguem já ajustar os semáforos em tempo real devido a um sistema composto por uma rede de câmaras de circuito fechado ligada a uma rede de fibra óptica. Este sistema permite aos gestores ajustar os sinais luminosos em menos de 30 segundos para que possam reagir às necessidades do trânsito.

De acordo com várias estatísticas, o retorno do investimento em sinalização luminosa é pago numa proporção de 40 para 1, algo que não se verifica em outras estratégias de gestão de tráfego, como a construção de novas estradas, escreve o Inhabitat.

Investigadores da Carnegie Mellon University, em Nova Jérsia, estão a desenvolver um sistema de gestão de tráfego semelhante ao já existente no Utah, mas mais barato e simples. A equipa de engenheiros encarregue pelo desenvolvimento do novo sistema tem estado a testar nova tecnologia nos últimos anos e concluíram que com o novo sistema, os tempos de viajem demoram menos 25% e o período em que os carros estão parados no trânsito diminuiu 40%. Tal, alia-se a uma redução de 20% das emissões dos gases com efeito estufa.

No MIT, uma outra equipa está a investigar um outro sistema que consegue prever como os condutores reagem durante o trânsito e permite às cidades priorizarem o trânsito consoante as diferentes necessidades.

Foto: Horia Varlan / Creative Commons

Camada de ozono aumenta pela primeira vez em 35 anos

Um novo relatório das Nações Unidas revela que a camada de ozono da Terra aumentou pela primeira vez nos últimos 35 anos. De acordo com o documento, a recuperação – que é um processo lento – deve-se à proibição do de clorofluorcarbonetos (CFC), com implementação do Montreal Protocolo on Substances  that Deplete the Ozone Layer, em 1987.

A principal conclusão do relatório da Organização Meteorológica Mundial e do Programa das Nações Unidas para o Ambiente é a de que o buraco surgido no final dos anos 1970, devido à utilização de CFC que eram incorporados em aerossóis, frigoríficos, extintores e outros objectos e produtos, está a fechar.

Durante as décadas de 1980 e 1990, a concentração do ozono diminuiu cerca de 2,5%, em média, aumentando o risco de doenças como o cancro da pele e problemas de visão. O buraco foi detectado inicialmente nos pólos e é lá que permanece o maior problema, já que a rarefacção do ozono é mais expressiva.

“É uma vitória para a diplomacia e para a ciência, mas também para o facto de termos conseguido trabalhar juntos”, afirma Mario Molina, Prémio Nobel da Química pela investigação sobre a camada de ozono terrestre, cita o Inhabitat.

O documento das Nações Unidas sublinha ainda que, apesar da recuperação feita, a camada de ozono é ainda 6% mais fina que os níveis anteriores à descoberta e aumento do buraco e deverá demorar até 2050 para que a saúde da camada esteja totalmente restabelecida. Contudo, só apenas em 2075 é que as regiões dos pólos vão estar totalmente recuperadas.

“Existem indicadores positivos que apontam para a recuperação progressiva da camada do ozono, que deverá estar concluída a meio do século. O Protocolo de Montreal – um dos tratados ambientais mais bem-sucedidos do mundo – tem protegido a camada de ozono estratosférica e evitado que os raios solares prejudiciais atinjam a superfície terrestre”, indicou o vice-Secretário Geral das Nações Unidas, Achim Steiner.

Podem as bactérias ajudar a acabar com o lixo nuclear?

Um tipo de bactérias que se alimenta de lixo radioativo foi descoberto na região inglesa de Peak District, e podem agora ser utilizadas para ajudar a acabar com o lixo radioactivo.

Cientistas da Universidade de Manchester indicam ter descoberto uma bactéria extremófila que consegue sobreviver às condições adversas dos aterros de lixo radioativo. A descoberta, publicada na revista científica Multidisciplinary Journal of Microbial Ecology, refere ainda que os pequenos organismos decompositores de lixo radioactivo podem ser uma solução para o problema crescente da radioatividade.

Esta é a primeira vez que microorganismos deste tipo foram encontrados. A equipa de cientistas descobriu-os num solo contaminado de um forno de cal. Uma das soluções actuais para o lixo radioactivo é juntá-lo a betão antes de ser armazenado em cofres subterrâneos durante milhares de anos. Contudo, esta solução acarreta riscos para a saúde pública.

Quando a água da superfície se infiltrar no solo e encontrar os cofres vai reagir com o betão e tornar-se extremamente alcalina. Ao tornar-se alcalina, a água desencadeia uma reacção química que dá origem a ácido isosacarínico, que por sua vez reage com os elementos tóxicos que compõem os elementos radioativos do lixo nuclear. Caso o ácido se ligue com os radionuclídeos, tais como o urânio, estes tornam-se solúveis. Tal significa que a probabilidade de vazarem dos cofres é maior e podem mesmo infiltrar-se nos reservatórios subterrâneos de água e entrar na cadeia alimentar, escreve o Daily Mail.

Os investigadores indicam que estas bactérias podem utilizar o ácido isosacarínico como fonte de alimento em condições que imitam as encontradas nos locais de armazenamento do lixo nuclear. O próximo passo do estudo é analisar o processo que suporta a vida destas bactérias e perceber exactamente qual o efeito que as bactérias têm no lixo radioativo.

Foto: karin.noso / Creative Commons

Alterações climáticas deverão aumentar vulnerabilidade da água que abastece Lisboa

Os estudos climáticos feitos até à data apontam para vários cenários futuros, mas o consenso será para um planeta com temperaturas mais elevadas, secais e inundações mais severas e abundantes, aumento do nível da água do mar, entre muitas outras consequências. Aliado aos efeitos do aquecimento global está ainda o aumento da população, que não deverá parar de aumentar até ao final do século. Perante estes cenários climáticos e demográficos, os recursos hídricos estarão cada vez mais vulneráveis e sobre um maior stress.

Foram estas vulnerabilidades que a Empresa Pública das Águas Livres (EPAL) quis perceber, nomeadamente no que toca aos reservatórios utilizados para abastecer a região metropolitana de Lisboa. Para tal promoveu o desenvolvimento do projecto Adaptaclima-EPAL que, através da colaboração com universidades portuguesas, conseguiu identificar as vulnerabilidades nos reservatórios de água consequentes das alterações climáticas que irão ocorrer até ao final do século.

O resultado do estudo – com a coordenação científica de Filipe Duarte Santos e Maria João Cruz, contando ainda com a colaboração de vários académicos de diferentes universidades – é o livro “Contribuição para o Estudo das Alterações Climáticas e Adaptação do Ciclo Urbano da Água”. A obra foi apresentada esta segunda-feira durante o Congresso Mundial da Água, que junta mais de 5.000 especialistas e profissionais do sector em Lisboa até ao dia 26 de Setembro. O evento é organizado pela Associação Internacional da Água a cada dois anos.

A principal conclusão do estudo, baseado em modelos demográficos, uso dos solos e alterações climáticas, aponta para um “aumento da vulnerabilidade das diversas origens do sistema” de abastecimento de água da EPAL até ao final do século. Contudo, o estudo refere ainda que o sistema de abastecimento da EPAL evidencia, actualmente, uma elevada resiliência a eventos climáticos. “A vulnerabilidade actual das diversas origens do sistema em termos de qualidade ou quantidade da água fornecida é, na generalidade dos casos, baixa, para ocorrências de eventos como secas, cheias, incêndios florestais ou intrusão salina”, lê-se no livro.

As soluções destacadas pelo estudo para que a EPAL possa assegurar um normal abastecimento de água aos consumidores terá de passar futuramente por uma alteração da oferta de água, alteração da procura de água, reforço dos processos e competências internas, alteração das relações institucionais com outros agentes ao mesmo tempo que são garantidas a qualidade da água e a protecção das captações e demais infra-estruturas.

Foto: juniordiviroydi / Creative Commons

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