Fotos: Rob Bulmahn / Danumurthi Mahendra / larsjuh / Eden, Janine and Jim / Chris Williamson / emily_hammie / Jay Shouldol / Yusuke Kawasaki / Yashvardhan Verma / Creative Commons
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Este post surge a propósito de um dos temas que os meus alunos andam a trabalhar num projeto de investigação: As alterações climáticas e a expansão de algumas espécies de insetos.
Franck Courchamp – CNRS e Université Paris-Sud-Orsay – participou conferência ‘Alterações Climáticas: por onde passa o futuro próximo?’, que teve lugar no Museu Nacional de História Natural e da Ciência (MNHNC) e trouxe à discussão uma das maiores ameaças que o aquecimento global representa para o futuro da economia global e das sociedades humanas: a expansão de espécies invasoras de insetos.
Com o aumento da mobilidade de pessoas e mercadorias por todo o mundo, tem disparado o número de espécies invasoras na Europa. O aumento da temperatura cria condições ideais para a proliferação destes insetos em regiões onde antes estes teriam dificuldade em sobreviver. Entre mais de 200 espécies invasoras que atualmente se encontram na Europa, a vespa asiática é a que se tem expandido com maior rapidez, pondo em causa as espécies de abelhas autóctones, essenciais à agricultura (80% das culturas requerem polinização animal).
Este fenómeno é exemplo das consequências que os insetos invasores podem ter para a biodiversidade, os ecossistemas, a produção de alimentos e a saúde humana.
Perante estes desafios, cientistas e audiência debateram a necessidade de criar uma verdadeira agenda social para as alterações climáticas, bem como outros aspetos cruciais para enfrentar este desafio global, entre eles melhorar a articulação entre os cientistas e a comunicação social.
A tecnologia, só por si, não será nunca suficiente para descarbonizar a economia. Há fatores determinantes, como o custo das tecnologias e a disponibilidade dos cidadãos para mudarem práticas e estilos de vida, ressalvou Júlia Seixas, lançando para o debate a falta de uma agenda social para as alterações climáticas em Portugal.
Fonte:https://ambienteterritoriosociedade-ics.org/2016/12/07/uma-agenda-social-para-as-alteracoes-climaticas-clima-expo-360-e-conferencia-no-muhnac/
A CLIMA EXPO 360, uma criação original do Universcience – Science Actualités, foi concebida originalmente para a COP21 (Paris, 2015), em parceria com a AJSPI (Associação de Jornalistas de Ciência de França), e tem percorrido diversos países do mundo. Chega agora a Portugal, em versão bilíngue português-francês. Através de uma série de painéis temáticos e de vídeos, a mostra pretende dar uma visão panorâmica, a 360 graus, sobre o que as alterações climáticas representam, atualmente, para a Humanidade e o planeta Terra.
A exposição multimédia, que inclui também informação específica sobre o caso português, está organizada em torno de quatro vertentes: o aquecimento global – diagnóstico e impactos; as causas do aquecimento global e a responsabilidade humana; os cenários de emissões de gases com efeito de estufa e a evolução do clima; o planeta à procura de soluções para o desafio climático.
As observações obtidas através de um conjunto diversificado de meios tecnológicos permitem-nos perceber o impacto que a intervenção humana – sobretudo a indústria, os transportes e a desflorestação – têm tido na perturbação do sistema climático. Com recurso a fotografia aérea e a imagens históricas, esta exposição torna visível a evolução do degelo das calotes polares, as mudanças que têm vindo a ocorrer nos ecossistemas e o aumento da frequência e intensidade dos fenómenos extremos.
Revela também os cenários mais prováveis num futuro próximo, a manter-se a atual trajetória de aumento de população, consumo de energia e emissão de gases com efeito de estufa. Os modelos desenvolvidos preveem que o planeta aqueça quatro vezes mais rápido durante este século, em relação ao anterior. Quanto à subida do nível do mar, deverá acelerar três a cinco vezes, o que terá como resultado o desaparecimento das regiões costeiras mais baixas e mesmo de alguns pequenos países insulares.
As soluções tecnológicas, por si só, não serão suficientes para dar resposta ao fenómeno das alterações climáticas. Enfrentar este desafio sem precedentes requer uma mudança de paradigma económico e social. A CLIMA 360 dá algumas pistas sobre o tipo de estratégias que nos podem ajudar a reduzir emissões, de forma a mitigar os riscos, bem como a adaptar-nos aos impactos que são já irreversíveis.
A tartaruga nariz de porco tem características únicas e são uma verdadeira Torre de Babel evolutiva: narinas de porco, casca mole e longas membranas para nadar, o que não é normal nas tartarugas de água doce.
Mas a beleza deste animal que foge às regras da natureza acaba por ser, sarcasticamente, a sua ruína. Assim, as tartarugas de nariz de porco são répteis vulneráveis e que acabam por se encontrar no meio de uma teia de tráfico ilegal de vida selvagem.
A procura deste animal para fins medicinais está a reduzir drasticamente a sua população em lugares como a Papua Nova Guiné e Indonésia. Segundo o grupo de monitorização de vida selvagem TRAFFIC, a população destes dois locais recolhe até 2 milhões de ovos de tartarugas por ano – ilegalmente – e vende as crias, uma vez que dificilmente as tartarugas se reproduzem em cativeiro.
Em tempos, as tartarugas nariz de porco eram comidas por estes grupos locais, mas ultimamente estes optam por vender as tartarugas mais jovens.
Nos últimos anos, as autoridades já recuperaram cerca de 80.000 tartarugas nariz de porco, em rota para vários destinos, incluindo para os Estados Unidos – numa única rusga foram recuperadas 12.247 tartarugas.
Vejas algumas fotos desta tartaruga incomum, vítima da sua beleza e da incrível criatividade de uma natureza em plena evolução.
Fotos: Rob Bulmahn / Danumurthi Mahendra / larsjuh / Eden, Janine and Jim / Chris Williamson / emily_hammie / Jay Shouldol / Yusuke Kawasaki / Yashvardhan Verma / Creative Commons
Fotos: Colin Mackenzie
A história da União Europeia
Em 1957 foi assinado o Tratado de Roma que instituiu a CEE (Comunidade Económica Europeia). A CEE tinha como principais objetivos a criação de uma união aduaneira, um mercado comum e a adoção de políticas comuns.
Em 1992 foi assinado o Tratado de Maastricht, também conhecido como Tratado da União Europeia. Foi o tratado que instituiu a União Europeia. Este tratado, pela primeira vez, ultrapassa o objetivo económico inicial da Comunidade de constituir um mercado comum e vai mais longe, com a criação de uma união política e social.
Instituições | Funções |
Comissão Europeia | É a representante da União Europeia a nível internacional e defende os seus interesses. É composta por um membro por país. Prepara os projetos de legislação europeia e assegura a execução das políticas e dos fundos da UE. |
Parlamento Europeu | Representa os cidadãos da União Europeia e é uma das principais instituições da UE com poderes legislativos: exerce um controlo sobre outras instituições da UE e debate e aprova o orçamento e a legislação da UE (juntamente com o Conselho). |
Conselho da União Europeia | Representa os interesses dos diversos governos dos estados-membros da União, que se reúnem para adotarem legislação e assegurarem a coordenação das políticas da UE. |
Tribunal de Justiça | Assegura o cumprimento da legislação europeia. É composto por um juiz por estado-membro, que decide de forma independente com base no Direito europeu. |
Tribunal de Contas | Controla a aplicação dos fundos da União Europeia, zelando por uma gestão financeira eficiente. Cada estado-membro nomeia um representante para este órgão. |
Os sucessivos alargamentos da União Europeia
A União Europeia, atualmente composta por 28 membros, foi fundada por seis países, mas sempre se manteve aberta a novos estados-membros, desde que estes possuam uma economia de mercado em funcionamento, garantam a democracia, o Estado de direito, o respeito pelos direitos humanos, a proteção das minorias e tenham capacidade para assumir as obrigações decorrentes da adesão.
Data de adesão | Países aderentes |
1957 | Bélgica, França, Alemanha, Itália, Luxemburgo e Holanda. |
1973 | Dinamarca, Irlanda e Reino Unido. |
1981 | Grécia. |
1986 | Portugal e Espanha. |
1995 | Áustria, Finlândia e Suécia. |
2004 | Estónia, Letónia, Lituânia, Polónia, República Checa, Eslováquia, Hungria, Eslovénia, Malta e Chipre. |
2007 | Roménia e Bulgária. |
2013 | Croácia |
Os objetivos da União Europeia
Os direitos e deveres dos cidadãos da União Europeia
Os direitos dos cidadãos da União Europeia mais importantes são: Livre circulação de pessoas; Capacidade eleitoral; Direito à proteção diplomática; Direito de petição; Acesso ao Provedor de justiça; Direito à transparência; Proteção dos dados e Direito dos consumidores.
Os deveres passam por assumir a identidade europeia, aplicar na prática os valores europeus e reclamar o direito à justiça.