Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Novamente Geografando

Este blog recolhe e organiza informação relacionada com Geografia... e pode ajudar alunos que às vezes andam por aí "desesperados"!

Novamente Geografando

Este blog recolhe e organiza informação relacionada com Geografia... e pode ajudar alunos que às vezes andam por aí "desesperados"!

«Famílias afetadas pelas alterações climáticas exigem que as alterações climáticas sejam a prioridade sobre o futuro da Europa, a discutir na Cimeira de Sibiu, Roménia a 9 de maio.

A Cimeira de Sibiu, que se realiza no próximo dia 9 de maio, na Roménia, é mais uma oportunidade para os Chefes de Estado e de governo da União Europeia (UE) assumirem a ação climática como uma das prioridades na discussão sobre o futuro da Europa, reforçando a sua liderança para intensificar a ação climática  em antecipação à Cimeira organizada pelo Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) que irá decorrer em setembro.


As famílias envolvidas na ação judicial “Pessoas pelo Clima” (People´s Climate Case, em inglês), incluindo três portuguesas, reforçam os argumentos de que as alterações climáticas já estão a afetar hoje os cidadãos europeus, pelo que urge aumentar a ação climática.»
Fonte:  ZERO 
 

«Carta dos demandantes do caso legal “Pessoas pelo Clima” aos decisores políticos da União Europeia

Donald Tusk, presidente do Conselho Europeu
Antonio Tajani, presidente do Parlamento Europeu
Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia
António Costa, primeiro-ministro de Portugal

Exmos. Senhores presidentes da União Europeia,
Exmo. Senhor primeiro-ministro de Portugal,

Lisboa, 23 de abril de 2019

Estamos a escrever esta carta em nome de todos os europeus afetados pelas alterações climáticas. Somos agricultores, pastores, silvicultores, proprietários de hotéis e restaurantes e estudantes. Somos provenientes de diferentes países da Europa: Suécia, Portugal, França, Itália, Alemanha e Roménia. A única coisa que nos une é a nossa vulnerabilidade às alterações climáticas.

Armando viu parte significativa da floresta das suas propriedades ser destruída nos incêndios florestais que ocorreram em Portugal, em 2017. Ele dedicou mais de 20 anos da sua vida à gestão e proteção de uma floresta biodiversa.

Alfredo gere uma cooperativa agrícola, onde conjuntamente com 35 famílias, uma das quais a de Joaquim, praticam agricultura em modo de produção biológico. Eles sabem que, num cenário de alterações climáticas acima do limiar de 1,5º C, poderão ter de abandonar esta atividade, por incapacidade do sistema agroflorestal se adaptar ao aumento de temperatura e aos períodos de seca.

Sanna é uma jovem sueca de 23 anos, herdeira das renas de Saami e representa a Associação Juvenil Saami. Devido às alterações imprevistas no clima da região, a sua comunidade deixou de poder contar com o conhecimento indígena tradicional. O stress mental causado pela imprevisibilidade climática que afeta o seu modo de vida e a subsistência da comunidade resultou em elevadas taxas de suicídio entre os mais jovens.

Maurice, um agricultor especializado no cultivo de lavanda, perdeu 44% do seu rendimento nos últimos seis anos devido a períodos de seca consecutivos no sul de França.

Maike and Michael trabalharam ao longo de 20 anos para construir, a partir do zero, um negócio familiar com um hotel e restaurante na sua cidade natal de Langeoog, na Alemanha, e correm agora o risco de perder tudo devido ao aumento do nível do Mar do Norte.

Petru é agricultor nas montanhas dos Cárpatos na Roménia e testemunha como as alterações climáticas estão a afetar os recursos hídricos na sua região. Ele enfrenta um sério risco de perder as terras agrícolas da família devido aos períodos de seca e falta de água na região.

A família de Ildebrando está no negócio da apicultura em Portugal há décadas. As alterações na estação de floração e o clima cada vez mais quente começaram a dizimar as colmeias e a sua família perdeu 60% da sua produção em 2017.

A família de Giorgio produz localmente produtos biológicos e administra uma pequena pousada nos Alpes italianos que depende das famosas condições de escalada nas montanhas existentes na região. As alterações na temperatura estão a tornar a escalada cada vez mais perigosa e a afetar a receita das famílias daquela região alpina.

Em maio de 2018, juntamente com os nossos filhos e a Associação de Jovens Saami na Suécia, iniciámos uma ação judicial contra a União Europeia (UE) no Tribunal Europeu de Justiça devido à inadequada meta climática da UE para 2030. Defendemos que a atual meta climática da UE para 2030 – que visa reduzir as emissões de gases com efeito de estufa (GEE) em pelo menos 40%, por comparação com os níveis de 1990 – é inadequada em relação à necessidade real de prevenir as consequências resultantes das alterações climáticas, e longe do necessário para proteger os nossos direitos fundamentais de vida, saúde, ocupação e propriedade.

Desde então, as instituições europeias concordaram repetidamente com a nossa reivindicação. O Parlamento Europeu votou duas resoluções, apelando para um aumento da meta climática da UE para 2030, de 40% para 55%. A estratégia de longo prazo apresentada pela Comissão Europeia reconheceu que o atual objetivo climático da UE não está em conformidade com o objetivo do Acordo de Paris de limitar o aumento da temperatura em 1,5ºC. Estes sucessivos reconhecimentos da falta de ambição climática para 2030 provam que estamos certos em exigir metas climáticas mais ambiciosas dos políticos europeus. Melhores políticas e mais ação climática são a única forma de proteger os nossos direitos e criar um futuro melhor para todos nós.

A 9 de maio, V. Exas. irão reunir com os Chefes de Estado e de Governo dos 28 Estados-membros da UE para discutir o futuro da Europa.

Vimos apelar a V. Exas. e aos Chefes de Estado e de Governo que coloquem a ação climática no centro deste debate e o compromisso de limitar o aumento global da temperatura do planeta em 1,5ºC.

Enquanto cidadãos Europeus, o nosso futuro depende do futuro da Europa.

Alfredo Sendim, agricultor, Portugal
Armando Carvalho, proprietário de terrenos florestais, Portugal
Giorgio Elter, agricultor e proprietário de uma pousada, Itália
Ildebrando Conceição, apicultor, Portugal
Joaquim Caixeiro, agricultor, Portugal
Maike e Michael Recktenwald, proprietários de hotel e restaurante, Alemanha
Maurice e Renaud Feschet, agricultores, França
Sanna Vannar, presidente de Sáminuorra, Suécia (em nome da juventude Saami)
Vlad Petru, agricultor e pastor, Roménia»

Fonte:  ZERO / Carta integral em:  https://bit.ly/2DqrPfo  (e Público)

O meu nome é Greta Thunberg, venho da Suécia e quero que entrem em pânico. Quero que ajam como se a casa estivesse a arder.

...
Ontem o mundo assistiu, com desespero e grande tristeza, a Notre Dame a arder em Paris.Alguns edifícios são mais que edifícios. Mas Notre Dame será reconstruída.
...
A nossa casa está se desmoronando e os nossos líderes precisam começar a agir de acordo. Porque no momento, eles não estão!
...
As eleições da UE estão a chegar.

E muitos de nós que serão mais afetados por esta crise, pessoas como eu, não têm direito a votar.
..
E é por isso que milhões de crianças estão nas ruas com a greve à escola para chamar a atenção para a crise climática.

Vocês precisam nos ouvir, nós que não podemos votar.

Vocês precisam votar por  nós, pelos seus filhos e netos.

O que estamos a fazer agora em breve não poderá mais ser desfeito.

Nesta eleição vocês votam para as futuras condições de vida para a humanidade.
...
Nossa casa está a cair aos pedaços.
O futuro, assim como o que conquistamos no passado, está literalmente em vossas mãos agora.
Mas ainda não é tarde para agir.
Será necessária uma visão de longo alcance.
Será preciso coragem.
Será preciso determinação feroz para agir agora, para estabelecer as fundações quando ainda  não sabemos como vai ser o telhado.

Por outras palavras, será necessário pensamento “catedral”.

Peço que vocês, por favor, acordem e façam as mudanças necessárias.
Fazer o vosso melhor já não é o suficiente.
Todos nós devemos fazer o que parece impossível.
E tudo bem se você se recusar a me ouvir.
Afinal, eu sou apenas uma estudante de 16 anos da Suécia.
Mas vocês não podem ignorar os cientistas ou a ciência.
Ou os milhões de crianças em greve que estão clamando pelo direito a um futuro.
Eu imploro, por favor, não falhem nisto.»

Palavras de Greta Thunberg (16 anos) dirigidas ao Parlamento Europeu, no dia 16 de abril de 2019, conforme vídeo abaixo.




«Greta Thunberg, ativista climática sueca de 16 anos, fez um apelo apaixonado ao planeta no Parlamento Europeu na terça-feira (16 de abril), exortando os deputados a "começarem a entrar em pânico com a mudança climática" em vez de "perder tempo discutindo Brexit" .

Noutro discurso impressionante, aos membros da UE, desta vez em frente à comissão de meio ambiente do Parlamento, Thunberg disse aos deputados que “eu quero que vocês ajam como se a vossa casa estivesse em chamas. Eu quero que entrem em pânico".

A ativista reconheceu que: "algumas fações não me querem aqui hoje porque elas não querem falar sobre o colapso climático", mas reiterou que "está tudo bem se me ignorarem, mas não podem ignorar a ciência".

Traçando paralelos com o trágico inferno da noite de segunda-feira que varreu o telhado da catedral de Notre-Dame, em Paris, Thunberg esperava que "as fundações de nossa civilização fossem ainda mais fortes que as de Notre-Dame. Temo que não sejam."

Ela acrescentou que "se a casa estivesse a desmoronar-se, vocês não perderiam tempo discutindo sobre o Brexit" e que "mudanças permanentes e sem precedentes" são necessárias, incluindo garantir que as emissões sejam cortadas em pelo menos 50% até 2030. A meta atual é 40%.»

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=14w8WC1I3S4

A marca começou a fabricar modelos com este tipo de material em 2017 mas agora pretende duplicar a produção.
Desde 2017 que vende sapatilhas com plástico reciclado.

Desde 2017 que a Adidas se virou para a moda sustentável com a criação de modelos de sapatilhas feitos a partir de plástico com origem nos oceanos. Esta semana, a marca alemã anunciou que quer duplicar essa produção e tem a meta de conseguir 11 milhões de pares durante 2019.

Segundo o “Diário de Notícias”, Eric Liedtke, membro do conselho executivo da Adidas, revelou que esta é uma medida que vai de encontro aos consumidores que se mostram mais preocupados com as questões ambientais e com o que compram.

Nos últimos dois anos, a Adidas vendeu seis milhões de sapatilhas produzidas a partir de plástico. Desde 2016 que a marca trabalha em colaboração com a Parley for the Oceans, uma organização ambientalista não governamental e sem fins lucrativos.

Há mesmo uma linha da marca criada com este movimento. Aqui encontra T-shirts a partir de 24,95€, fatos de banho desde 34,95€ ou sapatilhas a partir de 111,95€.

Outro dos objetivos é que até 2024 todo o plástico usado nos seus produtos provenha da reciclagem. Cada sapatilha chega a precisar de, por exemplo, 11 garrafas para estar concluída.

Atualmente, a Adidas tem mais de 800 sapatilhas a partir de 27,48€.

 

Via: nit.pt