A ilha superpopulada
Santa Cruz del Islote fica a duas horas de Cartagena, na Colômbia, e tem uma população de 1.200 pessoas. Até aqui, nada de anormal. Mas quando dissermos que esta ilha tem apenas 10.000 metros quadrados – pouco mais do que um campo de futebol – mudará certamente de ideias.
Na verdade, Santa Cruz del Islote já não pode crescer em população. São 90 casas, duas lojas, um restaurante, uma discoteca e uma escola num espaço inimaginável. O local é tão pequeno, explica o Condé Nast, que a igreja, o cemitério e o campo de futebol ficam, inclusive, numa ilha vizinha.
Contas feitas, Santa Cruz del Islote tem uma densidade populacional de 125.000 pessoas por quilómetro quadrado, quatro vezes mais que Manhattan, por exemplo. No entanto, segundo o Condé Nast, vive-se uma paz imensa na ilha.
A ilha foi descoberta há 150 anos por pescadores de Barú, na costa da Colômbia, que rapidamente repararam no facto misterioso de não existirem mosquitos no local – uma raridade nas Caraíbas. Assim, eles montaram um acampamento e passaram uma noite tão calma que decidiram colonizar o espaço.
Hoje, os seus descendentes vivem em 90 casas, num dos locais mais inacreditáveis do mundo – sem médicos, com poucas horas de electricidade por dia, devido a um único gerador, sem água potável ou sistema de esgotos. A situação é tão surreal que a marinha colombiana traz uma quantidade limitada de água fresca a cada três semanas. Mas os habitantes, segundo o Condé Nast, são felizes – e é isso que, na verdade, realmente importa.
Foto: Angélica Montes Arango / Condé Nast