No início de Dezembro do ano passado uma rotura no oleoduto de Eliat-Askeon, em Israel, provocou um derrame de petróleo para a Reserva Desértica de Evrona, perto do Mar Vermelho. Consequentemente, três a cinco milhões de litros de petróleo espalharam-se por cerca de 81 hectares da reserva.
O petróleo tem-se acumulado em ravinas, mas se não houver chuvas fortes pode ser possível que o crude não atinja o mar. Porém, os ecologistas do Governo israelita indicam que o derrame demorará anos a ser limpo. OInhabitat escreve que os trabalhos de limpeza começaram já, com equipas a aspirar o petróleo e a construir barreiras para impedir que o petróleo se espalhe mais.
“Como é que se cuida de um veado que está a correr e a mancar por causa do petróleo? Como é que se limpa a vegetação? Isto é um assunto muito complicado”, afirma o ecologista da Autoridade da Natureza e dos Parques, Roey Talbi. “Não temos experiência para lidar com um desastre desta escala. A limpeza pode demorar na melhor das hipóteses meses e na pior anos”, acrescenta.
O derrame ocorreu enquanto uma secção do oleoduto estava a sofrer manutenção de rotina. A secção fica entre a cidade de Eliat, na costa do Mar Vermelho, e a cidade de Ashkelon, na costa mediterrânica, perto da fronteira com Jerusalém. Os trabalhos de limpeza permitiram já a remoção de dois milhões de litros de petróleo e 20.000 toneladas de solo contaminado. A limpeza está a ser financiada pela Eliat Asheklon Pipeline Company, que é detida pelo Estado israelita.