Os dois países com maior população do mundo – Índia e China – e outros como o Japão, Alemanha, Espanha, Holanda, México e Brasil já geram mais eletricidade a partir de fontes renováveis – e não-hídrica – do que do nuclear, de acordo com um relatório da indústria nuclear (abre PDF).
Desta maneira, cerca de 45% da população global já depende mais da energia eólica ou solar do que dos átomos radioactivos, confirma o Quartz.
Entre 1997 e 2014, o globo acrescentou uma média de 879 terawatt/hora de energia eólica e solar por dia, contra apenas 147 do nuclear.
Segundo o Quartz, estes números são interessantes mas não significam que o nuclear estará completamente afastado do mix energético nos próximos e décadas. Até porque ele pode gerar electricidade de uma forma expectável, enquanto solar e eólico dependem, em parte, das condições meteorológicas – ainda que eles se completem.
O relatório indica ainda que a tendência de crescimento das renováveis vai continuar durante algum tempo. Em primeiro lugar, a opinião dos governantes em relação ao nuclear mudou muito depois do desastre de Fukushima. Depois, países como a China, que precisam de grandes quantidades de energia, demoram bastante a aprovar novas instalações nucleares, devido a preocupações com a segurança. Sendo assim, acabam por investir mais em renováveis – hídricas e não-hídricas, neste caso.
Foto: Justin Elliott / Creative Commons