Fotos: Erik Cleves Kristensen / Tadashi Okoshi / George Amaro / Creative Commons
Descoberto no século XIX, o monte Roraima, na fronteira entre o Brasil e a Venezuela, deixou os exploradores de então perplexos com a sua beleza. E a razão não é para menos. O local tem uma mística impressionante ao ponto de ter inspirar sir Arthur Conan Doyle a escrever “O Mundo Perdido”, obra lançada em 1912.
Em tempos, o monte era completamente inacessível. Hoje, porém, alguns milhares de montanhistas são autorizados a fazer o caminho de três dias pela savana, rios e cascatas, até aos penhascos escaláveis do Roraima.
A geografia e geologia do Roraima acabou por ser um forte aliado na manutenção milenar do local – ele pouco mudou desde a pré-história, apesar da descoberta humana. Com 2.800 metros de altitude, o Roraima é um dos símbolos da Venezuela e um local sagrado para a tribo Pemon.
“Era um sítio solitário e inabitável. Ainda gosto deles, mas agora está demasiado comercial”, explicou Felix Medina, um guia de 59 anos que há mais de uma década leva turistas até ao penhasco. “Por vezes é caótico”.
Hoje, cerca de 3.000 a 4.000 pessoas escalam o monte por ano – ainda há poucos anos eram apenas algumas centenas a fazê-lo. Por outro lado, existem hoje helicópteros que trazem visitantes mais ricos, sobretudo de países como o Japão.
Veja algumas fotos do Roraima – enquanto ele não fica alterado, infelizmente, pelo excesso de visitantes.