O QUE É CHUVA DE GRANIZO
O que determina o tamanho das pedras de granizo?
As pedras formam-se dentro de nuvens de tempestade chamadas cúmulos-nimbos. No interior dessas nuvens existem correntes de ar subindo e descendo com velocidades entre 30 e 80 quilómetros por hora. Nas correntes ascendentes formam-se gotículas de água que crescem por causa dos choques entre si. Essas correntes atingem a altura aproximada de 10 quilómetros ou mais, onde a temperatura é menos que zero graus. Então, as gotas congelam na forma de pequenas pedras, que tendem a cair. Mas só conseguem atingir o solo se a sua velocidade de queda for superior à velocidade da corrente de ar ascendente que as empurra para cima. Enquanto isso não acontece, elas continuam subindo até que os sucessivos choques com gotículas de água ou cristais de gelo aumentem seu tamanho e seu peso. “Assim, quanto maior a velocidade do ar que sobe, maior será o tamanho do granizo que chega ao chão. Se for muito pequeno, o granizo provavelmente vai derreter ao atingir as camadas menos frias da atmosfera e cairá em forma de chuva.
As nuvens de granizo precisam de calor e humidade para se formar.
Com tempo normal, o ar quente - mais leve que o frio - sobe e carrega o vapor de água da atmosfera. A 1 quilómetro do chão, o vapor arrefece e forma as finíssimas gotas que compõem uma nuvem. Nessas condições de tempo, a nuvem não cresce muito e provoca, no máximo, chuviscos. O oposto ocorre quando o tempo está bem quente e húmido, fazendo grandes massas de ar, cheias de vapor, subirem. Ao arrefecerem, elas dão origem a enormes nuvens de tempestade em forma de bigorna, chamadas cúmulos-nimbos, que atingem altitudes de até 15 quilómetros e podem trazer tempestades fortes, incluindo granizo
Quando o vento é intenso, apenas as nuvens de tempestades fortes sobrevivem. Sozinha, uma nuvem de tempestade não é garantia de granizo. Quando os ventos são fracos e sua velocidade não aumenta com a altitude, os cúmulos-nimbos não se desenvolvem por completo. Pode ocorrer chuva forte, mas raramente há destruição. Rajadas de vento de velocidade crescente nas altas altitudes desmancham as nuvens menores. Só sobrevivem os cúmulos-nimbos espessos. Formados por poderosas correntes de ar quente e húmido, eles trazem relâmpagos, granizo e até tornados.
Dentro da nuvem, a pedra de granizo vai ganhando peso até cair. As nuvens de tempestades fortes contêm em seu interior correntes de ar que sobem e descem. O ar quente empurra para cima as gotas de água que formam a nuvem. Quando elas atingem a altura de 5 quilómetros (onde a temperatura é inferior a 0ºC), congelam e viram pedras, que tendem a cair. Nesse sobe-e-desce, o granizo choca com outras gotas e cristais de gelo e vai aumentando de tamanho. Quando o seu peso é suficiente para vencer o ar quente que a sopra para cima, a pedra cai.
Granizo não é gelo puro. Enquanto ganha tamanho, a pedra atravessa várias vezes a barreira de 0ºC. Por mudar de estado, é formada por camadas intercaladas de água líquida e cristais de gelo.
Granizo é precipitação de gelo transparente ou translúcido, de tamanho igual ou inferior a 5 mm. Podem ser esféricos, irregulares e por vezes cónicos.
Por vezes podem ocorrer quedas significativas de granizo a ponto de acumular muitos centímetros e ser confundida com neve. Em Portugal temos uns exemplos notáveis como por exemplo as quedas de granizo (e saraiva) a 11 de Abril 2007 em Algueirão-Mem Martins e a 19 de Abril de 2007 em Oliveira de Frades
A Saraiva é precipitação sólida de gelo em forma esférica ou irregular, composta por várias camadas que se foram acumulando por por acreção. O tamanho oscila entre os 5 e os 150mm, sendo que estas últimas muito grandes se formam apenas em trovoadas excepcionalmente severas, raras em Portugal. Contudo nas grandes trovoadas de Primavera e Verão nalguns anos forma-se saraiva de tamanho assinalável, de 50 ou 60mm (6cm) ou mais, sobretudo em Trás-os-Montes. A maior pedra de Saraiva medida até hoje nos EUA tinha 178mm (17.8cm)